quinta-feira, 31 de julho de 2008

Montando posição

Conforme venho falando, hoje comecei a montagem de uma nova posição, agora com vistas ao longo prazo, final do ano, por aí. O jogo é em Petr4.

Cenário Bovespa: No momento eu acho que chegamos ao final da queda. Claro que é possível que caia mais, até o suporte em 56 mil, ou 53 mil pontos, mas a força vendedora já não é mais a mesma. O cenário externo continua conturbado, muito afetado por qualquer notícia, seja boa ou ruim, o que pode levar a bolsa tanto acima quanto abaixo. Mas não me parece mais que estejamos num canal de baixa persistente, a mim parece que esta é uma queda localizada como foram as de ago/2007 e jan/08.

Cenário Petrobras: O papel deu sinal de fundo, disseram os analistas da corretora. Ontem subiu forte, mas não está assim tão confiável em sua força de alta. Hoje abriu em leve queda, o que era esperado. No médio prazo, vem a divulgação de resultados trimestrais da empresa, que acredito que seja extremamente positiva, como foram os do 1o trimestre. Esses dados devem impulsionar o papel para cima. Ontem também foi divulgado recomendação de compra da Merrill Lynch, o que é outro fator positivo. Eu acredito que sejá possível retomar os patamares históricos ao longo do ano.

Estratégia: Pretendo comprar lotes ao longo do tempo. Caso o papel suba, compro a cada resitência rompida. Caso caia, no próximo suporte. Como não tenho lá tanto dinheiro assim para investir, o total da aposta deve bater num máximo de 500 ações, chutando por alto. O horizonte, como já falei, é de longo prazo. No mínimo até o final do ano. É position trade, desta vez. Stops serão configurados abaixo dos suportes mais importantes, não necessariamente dos mais próximos.

Analisando a análise técnica do bovespa - 3 dias

Na esteira dessa conversa que aconteceu alguns posts para trás sobre a importância de notícias e indicadores fundamentalistas para a tomada de decisão, eu resolvi fazer um pequeno estudo pelo outro lado, ou seja, verificando o quanto as análises técnicas do Bovespa que a corretora faz todos os dias após o pregão realmente servem de indicador para uma boa decisão.

Para começar, a análise do dia 28/07, um dia de quedas:

O Ibovespa soltou mais um candle de dúvida no gráfico diário, mas que deixa os indicadores do mesmo jeito que estavam: vendidos. A tendência de venda continua e as Bandas de Bollinger sinalizam que estamos no meio de um movimento de venda. Abaixo de 56400, o mercado perde a linha de tendência de alta do gráfico semanal e busca os 56000 e 55600, mas só tem suporte forte em 53000.
Do outro lado, temos a linha de tendência de alta do gráfico semanal ainda resistindo e o Trix do gráfico de 60 minutos comprado. Acima de 57700, o mercado perde a tendência no intraday e só começa a mostrar alguma força acima de 58400. Outras resistências em 59500 e 60000, linha de tendência de baixa do gráfico de 60 minutos.


Como sempre, mostram os dois lados, indicadores apontando baixa, e outros indicando alta. Mas a tendência identificada é venda, inclusive falam que "estamos no meio de um movimento de venda". Bom, no meu dicionário estar no meio significa que outra metade do caminho, na mesma direção está por vir. Não foi o que aconteceu.

Análise do dia 29/07, primeiro dia de alta:

O Ibovespa soltou um candle positivo, mas ainda dentro dos limites do dia anterior. O Movimento Direcional ainda mostra tendência de venda, temos o Trix vendido e as médias móveis apontando para a venda no gráfico diário. Abaixo de 56800, o mercado testa o suporte de curto em 56400, aonde o Ibovespa perde a linha de tendência de alta do gráfico semanal e fica liberado para buscar os 56000 e 55600. Suporte forte só na faixa de 53000.
Do outro lado, temos as Bandas de Bollinger ameaçando fechar para sinalizar o fim do rali de baixa no gráfico diário e o gráfico de 60 minutos sem tendência, mas com os indicadores comprados. Acima de 58400, o índice rompe a linha de tendência de baixa do gráfico de 60 minutos e repica para 59000 e 59600, linha de tendência de baixa do gráfico diário. Outras resistências em 60000 e 61300.


O que era meio do movimento já não parece tão certo, mas a corretora ainda parece apostar na baixa. Nada no texto permitia antever o movimentão de alta que haveria no dia seguinte, não é mesmo?

Aí veio o dia de ontem, e mudou o panorama, ao menos por enquanto... (vai saber o que hoje nos reserva!). Análise do dia 30/07:

O Ibovespa soltou “Marubozo” no gráfico diário, candle que mostra força de alta e fecha as Bandas de Bollinger, sinalizando o fim do rali de venda. O ADX do Movimento Direcional passou a cair, o que também sinaliza um fundo e faz o mercado perder a tendência de venda. O dia terminou com todos os indicadores comprados no gráfico de 60 minutos e com a linha de tendência de baixa rompida, dando o primeiro ponto de compra. Acima de 60200, o mercado segue para 60800 e 61300, resistência da banda superior do Bollinger do gráfico diário e próximo ponto a ser rompido. Outras resistências em 62100 e 62600, principal resistência do gráfico diário.
Do outro lado, ainda temos tendência de venda no gráfico semanal e um “Eight to ten new price high” no gráfico de 60 minutos, padrão de reversão, mas que ainda precisa de um candle negativo na primeira hora do dia para confirmar. Abaixo de 59200, o mercado fica perdido também no intraday com pontos em 58200, 57500, 56900 e o atual suporte em 56400/56000.


Agora a corretora viu fim do rali de baixa, fundo confirmado e fim da tendência de venda. Indicadores comprados e ponto de compra sinalizado. Mas ainda é possível encontrar indicadores apontando o contrário, com um padrão de reversão no gráfico de 60 minutos esperando por confirmação na abertura de hoje.

Conclusões:

Se as notícias vem depois do fato, também dá para dizer que a análise técnica tampouco serve de preditor acurado do comportamento do IBOV. As explicações aparecem com clareza depois do acontecido, mas antes, pouco há indicando o que vai acontecer.

Consequências para a tomada de decisão - não dá para confiar em indicador algum, nem em um tipo apenas de análise. Há um conjunto de fatores que influenciam o mercado, todos ao mesmo tempo, e frequentemente em sentido contrário. Qual deles vai ganhar nunca se sabe. Todo o estudo e atenção às notícias servem para tentar diminuir um pouco a incerteza nas apostas, mas no final das contas, o risco sistêmico, aquele que não dá para mitigar, ainda é enorme.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Análises técnicas sobre a PETR4

Juntando comentários no fórum de análise técnica, com os relatórios diários da corretora, tirei o seguinte sobre a Petr4:

- Acima de 35,80 o papel se livra da linha de tendência de baixa do gráfico de 120 minutos e abre possibilidades de maiores altas.

- Tem suporte em 34,20 e forte suporte em 33,00.

- Compra especulativa em 34,90.

Comentários meus:

Hoje a Petr4 rompeu a resistência dos 34,20, e também essa dos 35,80, fechando acima dos 36. Se amanhã se mantiver acima desses 35,80 apontados, pode ser o começo da escalada de alta.

Estou fortemente inclinado a começar as compras de longo prazo. Chega de market timing e swingtrades que não dão certo. Estou me convencendo que não tenho competência para tanto, e que os trades que fiz assim e deram certo foram na sorte.

O momento, caso se confirme uma retomada, é perfeito para compras de longo prazo. Depois de toda essa queda, as ações das bluechips ficaram muito baratas, comparando com o passado relativamente recente.

Mas para evitar maiores tombos (já os tive suficientes) vou fazer as compras escalonadas, em vez de tudo ao mesmo tempo. Começo agendado para amanhã, se as condições forem propícias.

Um dilema nas notícias

Para exemplificar o problema de operar com base em notícias, vamos falar das ações da Petrobras.

Hoje subiram uma barbaridade, 5,26% neste momento, rompendo resistências no caminho. Explicações para a alta? Vamos de Portal Exame:

Já Petrobras avançou de olho no petróleo e em um relatório do banco de investimentos Merrill Lynch. Os papéis ON tiveram alta de 4,87% e os PN, 4,89%. O petróleo subiu 3,75% na Bolsa Mercantil de Nova York, encerrando em US$ 126,77 por barril, depois que os estoques de gasolina na última semana mostraram forte queda nos Estados Unidos, ante previsões de elevação. Por sua vez, o relatório do Merrill Lynch chamou a atenção para os preços baratos das ações da Petrobras, que voltaram aos níveis de novembro passado.

Então temos aí alta do petróleo, e recomendação de compra da Merril Lynch atuando para a alta.

Mas, por outro lado, no mesmo portal, no blog do Cláudio Gradilone, dá para ler:

Desde seu ponto máximo, Petrobras PN está amargando uma queda de mais de 30%, para desespero de quem comprou na alta. Infelizmente, as notícias para esses investidores não são boas. Nada indica que as ações vão recuperar seus níveis rapidamente nas próximas semanas.

E os motivos apontados pelo blogueiro, para que a alta não ocorra são o movimento de venda dos estrangeiros deste papel, e as indefinições sobre o pré-sal (abre nova empresa 100% estatal, etc). Os comentários dele datam de 29 de julho, ontem.

Conclusão?

Tem notícia para todo lado, quem quer ver possibilidade de alta encontra sua base, quem quer ver tendência de queda também encontra boa base. E a gente como fica no meio desse tiroteio? Simples, indeciso, sem saber o que fazer!

Allocation e outras histórias para a retomada

Nos comentários do último post, provoquei dois dos meus leitores (Arnaldo e Marcelo) com uma pergunta - será que batemos no fundo e iniciou a retomada, ou essa alta de agora é apenas um repique na queda?

Essa é a minha maior dúvida no momento. E das respostas a ela derivam possíveis posicionamentos no mercado.

Se estivermos no início da retomada, é hora de começar a comprar bluechips. Petrobras e Vale tem um upside, só considerando seus topos históricos, de mais de 40% cada uma delas. E tem outros papéis apetitosos por aí além desses, de empresas com ótimos fundamentos.

(probleminha nessa estratégia - na duas últimas vezes que achei que estávamos retomando, comprei papéis que pareciam apetitosos e me dei bem mal)

Aliás, puxando o allocation que pus no título, estou pensando em colocar mais grana em renda variável, para aproveitar mais dessa retomada. Esse pensamento já vem de outros tempos. Um amigo ganhou uma graninha simpática fazendo isso no último fundo, em janeiro... tirou toda a grana que tinha em qualquer outra aplicação e comprou Petr4. Na última vez que eu falei com ele, antes dessa queda toda, tava com um sorriso de orelha a orelha. Não sei se ele realizou lá perto do topo, ou se ficou assistindo a queda comprado, mas isso já é outra história.

Eu estou com uma grana recém entrada, de uma ação judicial que ganhei, só esperando o melhor momento para colocar em ações. Mas como prudência e caldo de galinha não fazem mal, a grana que tá em renda fixa vai continuar quietinha no CDB, rendendo 97% do CDI.

Nesse reposicionamento que pretendo fazer, não vou comprar tudo de uma vez, como tenho feito. Pretendo comprar aos poucos, à medida que resistências são vencidas. Embora com isso reduza os ganhos possíveis, aumento muito o controle dos riscos!

Amanhã mesmo, dependendo de como as coisas abrirem, pretendo começar as compras. Ia comprar hoje no after, mas consegui controlar as emoções. Acho que hoje esticou muito, e é muito possível que amanhã abra em patamares mais baixos. Se, por outro lado, abrir acima, também tem um lado positivo, pois confirma a alta e possibilita suportes mais próximos, na última resistência rompida.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Pensamento bobo

Hoje fiz um cálculo interessante. Desde que o mercado entrou em queda, eu fiz algumas apostas aqui e ali, sempre com maus resultados, sempre perdendo mais dinheiro. Mas hoje encanei de calcular se conseguiria comprar de volta as ações que tinha quando a bovespa chegou ao seu topo - e percebi que conseguiria. Sobraria uns trocos, inclusive. Ou seja, se eu fosse pensar naquelas de buy & hold, ainda não estaria perdendo nada, poderia voltar a mesma quantidade de ações de antes e esperar tranquilo uma retomada dos valores históricos, seja lá quando isso vai acontecer.

Outra conclusão possível é que todas essas últimas apostas foram financiadas, em certo sentido, por mais queda...

Mas vamos convir, isso aí acima é a mais pura ilusão, pensamento montado só para engolir as perdas, ha ha ha. Perda é perda, queda é queda, erro é erro e não tem atenuantes.

Novo livro nas mãos

Chegou agora minha mais recente aquisição - o livro "Sobreviva na bolsa de valores" do Mauricio Hissa (Bastter). Vem dar continuidade ao aprendizado de estratégias de operação consistentes no longo prazo. Dependendo do conteúdo do livro, penso em fazer um dos cursos do autor.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Mas tá difícil...

Quando decidi começar a operar na Bolsa, nesse ano, separei uma parte do meu capital aplicado só para isso. Dinheiro de longo prazo, sem perspectiva de uso próximo. Um pouco mais da metade do que tinha investido foi para esse caminho, configurando um perfil algo agressivo, coerente com o que pensava (e ainda penso) naquele momento.

Hoje acumulo perdas de 20% do capital investido, até o momento. Não faço a conta considerando o valor que as posições já tiveram em seus topos porque aí ficaria muito pior. É perda que não acaba mais, e dói no bolso pracas. Para minha surpresa, até que estou aguentando bem essa fase. Não pretendo desistir. Na verdade, estou mesmo é esperando a reversão vir, para recuperar as perdas.

Só que a tal da reversão parece que vai demorar mais. Ainda restam muitas dúvidas se essa queda, apesar de grande, é um daqueles soluços que vem de tempos em tempos, ou se é mercado de baixa mesmo, durável e destrutivo, que pode levar os preços para níveis nem imaginados, 60, 70% abaixo dos seus topos.

Uma coisa que não sai da minha cabeça é que isso era de certo modo previsto, eu mesmo já vinha falando dessa queda que viria. Quando as revistas em uníssono estampam reportagens com sujeitos ganhando 1 milhão de reais na bolsa, é porque a festa está no fim. A regra não é minha, está nos livros que li, acho que no Alexander Elder. Talvez alguém mais inteligente (ou menos estúpido, ou menos esperançoso) que eu tenha tirado seus trocos da bolsa ao ver esses sinais, e esteja até agora olhando de fora, esperando a verdadeira melhor hora de entrar. Olhando agora, depois de tudo, essa é claramente a atitude certa que deveria ter sido tomada. Mas de volta a uma expressão que já usei antes, previsão do passado é ciência exata. Esse negócio parece livro de Agatha Christie, quando você descobre o assassino, no final do livro, se dá conta de que as informações já estavam todas disponíveis ao longo do livro, faltava mesmo era consolidar.

Notícias do front: Hoje bateu stop na BTOW3, logo na abertura. Mais uns 400 pila que se vão numa aposta errada. As BBAS3 e ELET3 ainda se aguentam acima dos stops configurados. Ainda assim, penso em encerrar essas posições e "sentar em cima da mão", esperando mesmo o fim da crise.

O cenário atual é triste - o IBOV perdeu os 58 mil pontos, a Petr4 caiu abaixo dos 35 reais, e mais uma vez tudo foi ladeira abaixo junto. Vale despencava 5% na última vez que olhei o HB.

É mercado de baixa mesmo, e parece não ter fundo. Um detalhe interessante a considerar, lembrei da Carla ao ler - a PETR4 voltou a cotações de quando o pretróleo estava a 80 dólares o barril, dólar a 1,75, ainda antes de Tupi e tal e coisa... e o pior é que nem dá sinal de fundo! Próximo suporte aos 33, vamos ver se respeita. É capaz de cair mais, do jeito que as coisas estão.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Comentários de leitores

O post anterior rendeu uma porção de comentários extremamente interessantes e úteis! Agradeço a participação dos leitores, que com suas opiniões e críticas colaboram para o meu aprendizado nessa seara dos investimentos!

Hoje não rolou nada nas minhas posições. Está tudo flutuando dentro das bandas definidas. Ah, apertei um pouco o stop na BTOW3, porque o stop técnico estava muito distante do preço. Passei para o stop financeiro, à lá Alexander Elder, no máximo da perda aceitável.

sábado, 19 de julho de 2008

Azar ou análise de cenário mal feita?

Não sei a resposta, digo de cara.

As apostas feitas nessa semana não estão dando resultado positivo. Tampouco despencaram, na verdade estão andando de lado. BBAS3 um pouco acima, outras um pouco abaixo, tudo dentro da margem de manobra usual, ainda longe dos stops técnicos.

Mas essa condição não era a desejada, nem o que eu previa. Ao entrar, eu queria pegar um movimento de alta no meio, ainda que de curto prazo. Não deu certo, aparentemente entrei no topo do movimento, exatamente na pior hora.

Foi um erro de análise do cenário? Pode ser que venha a pensar assim, mas no momento ainda acho que não... olhei vários gráficos antes de entrar, praticamente todos mostravam a mesma configuração de fundo e retomada. Nem tentei entrar bem no fundo, para não aumentar o grau de risco, esperei MACD mostrar cruzamento, IFR também.

No dia seguinte a minha entrada, veio aquela mega-queda nas bluechips, e um tombo generalizado na Bovespa, a reboque. Nada que eu tivesse lido ou visto indicava aquele tombo todo, pelo menos não no dia da compra. Nenhuma análise ou comentário dos analistas e usuários do fórum da corretora indicava qualquer coisa parecida.

Hoje, dois dias depois, a posição dos analistas já é outra... claro, previsão do passado é ciência exata. Agora os indicadores já apontam mais cautela, e tal e coisa...

E o que eu vou fazer com minhas posições? Esperar. Vamos ver para que lado a banda toca na semana que vem. Os stops estão colocados, e não são muito longos. Mantenho uma dose de esperança numa alta, pois já que o cenário está incerto, que se desanuvie a favor.

Se alguém aí mais novato que eu estiver lendo, saiba que esse jogo é difícil, difícil mesmo. Para ganhar dinheiro é uma trabalheira enorme, mas para perder, é mais fácil que descer escorregador ensaboado.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vamos de novo

Montei outras posições hoje. Três novas posições, usando todo o dinheiro que tinha disponível na corretora.

Cenário que justifica - Venho há dias analisando os gráficos de várias ações, de vários setores, e vi que praticamente todas elas formaram um fundo, e retomaram uma trajetória de alta. Afora Vale e Petrobras, quase todas as outras que estou acompanhando fizeram esse movimento, umas com mais intensidade na retomada, outras mais lentas, mas todas viraram o jogo.

Outro ponto a favor é que as notícias sobre inflação estão mais amenas. A inflação propriamente dita continua aí, mas parece ter entrado em tendência de queda, ainda que leve.

O Ibov, segundo os analistas da corretora, está "parado" em uma faixa entre 58 mil e 63 mil pontos, mas no gráfico mostra praticamente o mesmo que vi nos gráficos das ações já mencionadas, uma leve tendência de retomada.

As compras:

BBAS3 - Setor bancário. Papel vem em alta há alguns dias, e hoje, junto com todo os congêneres, tomou um rali de alta. Comprei no romper da resistência, com objetivo de seguir essa tendência de alta de curto prazo. Nada de longos encarteiramentos, o lance é vender próximo a uma resistência importante mais acima. Entre as 3 compradas, é a única que fechou acima do preço que paguei.

Análise da corretora: BBAS3 - Ainda sem tendência, mas querendo engatar rali de alta. Suportes em 22,90 - 22,00. Resistências em 26,15 - 27,25. Entrada fechando acima de 25,15. O Stop da venda é ficando acima de 25,15.

BTOW3 - Setor comércio. Alta expressiva hoje, em sequência a altas já há alguns dias. Hoje rompeu resistência, e foi quando eu comprei, mas depois não sustentou o patamar, caindo um pouco. Entretanto, fechou em alta, e nho gráfico diário está em rali de alta. Me interessou sobretudo porque o objetivo da alta é bem expressivo.

Análise da corretora: BOTW3 - Rali de alta no curto prazo. Suportes 52,50 - 49,85. Resistências 60,50 - 64,20 - 66,20 (LTB) - 71,00. Entrada fechando acima de 61,00. Stop no diário somente abaixo de 52,50.

ELET3 - Setor elétrico. Foi o setor menos afetado pela crise. Esse papel rompeu topo histórico. Comprei um pouco acima deste patamar. Ao longo do dia esteve mais abaixo, mas no final retomou a tendência de alta. Por ter rompido topo, não há resistência acima para pautar a saída, então vou acompanhando para ver onde dá.

Análise da corretora: Tendência de compra. Suportes em 30,25 - 29,50. Resistências em 31,50 - 32,60, topo do canal de alta do diário.

Para todas essas posições, o horizonte é curto. Me dei melhor com estratégias de swingtrade do que com as de longo prazo. Pretendo ganhar com cada uma destas um upside de 10% pelo menos, mas vou avaliando as apostas dia a dia.

Stops todos já configurados, nos suportes mais recentes identificados pelos analistas da corretora. Decidi usar mais os serviços deles, em vez de reinventar a roda. Não digo com isso que seguirei recomendações de compra, que isso não pretendo fazer, mas as análises técnicas da equipe de Rubem Góes me agradam, e vão pautar muitas decisões daqui para frente.

Uma questão que gerou insegurança - quando comprar? BTOW3, por exemplo, rompeu resistência no meio do pregão, com alguma força, mas depois caiu para abaixo desta. BBAS3 fez o contrário, rompeu e se manteve lá em cima. Outras que eu estava analisando subiram um tanto mais, além do ponto que estavam quando comprei essas.

Normalmente os analistas da corretora indicam compra para "fechando acima de..." Isso indicaria comprar no aftermarket, ou no outro dia, já que eu trabalho no gráfico diário. Pensei em fazer isso no meio do dia, quando fiz as compras, mas decidi comprar naquela hora mesmo porque quero pegar o movimento de alta por alguns dias, não apenas hoje. Acredito que os movimentos que identifiquei vão permanecer por algum tempo. Mas essa questão está em aberto, tenho ainda dúvidas a respeito.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pode ser bobagem, mas...

Essa quedona da Bovespa nessas últimas 6 ou 7 semanas tá me cheirando a movimentação dos super-tubarões do mercado. Explico.

Essa bagunça toda começou com o anúncio da nova oferta de ações da Vale. Logo depois disso os papéis da mineradora começaram a cair com força, e se foram ladeira abaixo dia após dia, furando todos os suportes do caminho.

O resto da Bolsa veio abaixo junto, claro, porque aí todo mundo entra na pilha. Ainda mais que fazia tempo que estavam todos esperando uma super corrigida depois da esticada geral que tinha acontecido nos meses anteriores.

Alguns indícios disso que falo - os papéis da Petrobras demoraram um tantinho mais a cair, os da Gerdau, Usiminas e CSN mais ainda. Resistiram à queda o quanto puderam, mas o peso da Vale no índice Bovespa é imenso. E com Bovespa caindo dia a dia, todo mundo começa a entrar em pânico e vende o que tem.

Eu estou achando que os super especuladores inundaram o mercado com ordens de venda da Vale para comprar os novos papéis a preços bem mais baixos. Venderam tudo que tinham e até o que não tinham (exagerei...) para aproveitar essa chance.

Quando é mesmo que vai acontecer essa oferta da Vale? Vou procurar saber da data. Quem sabe a queda da Bovespa não acaba aí nessa precisa data? Há uma boa possibilidade disso acontecer na minha opinião.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Quieto

Nennuma postagem em dias, mas é apenas porque não estou me movimentando no mercado. Ontem ainda por cima era feriado em São Paulo, e a Bovespa não abriu.

Estou só assistindo e aprendendo, como disse que faria. Todo dia leio os relatórios da corretora, e o fórum de análise técnica com Rubem Góes. Tento com isso captar melhor a tendência, e observar com mais precisão os movimentos dos papéis que me interessam.

Pretendo entrar só quando se configure uma retomada da alta. Não necessariamente quando entrarmos no canal de alta, mas quando a tendência de venda mostrar sinais mais claros de exaustão, e as linhas virarem para cima. Quero comprar bons papéis, por preços bem em conta.

Uma coisa que venho pensando é sair das de sempre, Vale e Petrobras, e apostar em Gerdau, Usiminas, CSN. Essas empresas vinham dando resultados bem mais interessantes que as duas mega-bluechips.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Stop geral, finalmente

O movimento que se desenhava há dias finalmente aconteceu. Após abrir em alta hoje, a bolsa passou a cair com vontade, e acionou meus dois stops nas Petrobras. Estou totalmente líquido, mas com um prejuízo que não me agrada nem pensar.

Agora, meus caros, é esperar a reversão. Mas vou esperar de verdade, um movimento consolidado de reversão, e não um repique. Tenho muito a recuperar em dinheiro perdido nessa queda. (Só não arranco os cabelos porque acho recuperável quando a alta chegar, seja lá quando for...)

Analisando o cenário, eu acho que a Bovespa cai mais ainda. Até os 56 mil mpontos deve chegar, a minha dúvida é se retoma daí ou se cai mais que isso. Nesse domingo saiu um interessante artigo no Globo, falando justamente sobre isso. O articulista mostrou os grandes movimentos de queda da Bovespa, e pergunta se não estamos agora no começo de um deles. Ninguém sabe, mas o que todos sabem é que pode ser.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Bovespa a 41 mil pontos?

Analisando gráficos de longo prazo, percebi que o IBOV pode bem cair até 41 mil pontos, sem desconfigurar a tendência de alta que começou em 2002. Vejam no gráfico:



Se isso acontecer, o que vai ter de gente desesperada por aí não vai ser brincadeira... todos aqueles que confiam no segura e espera vão arrancar os cabelos.

Eu não estou nesse grupo. Talvez uma das vantagens de se estudar essas coisas mais a fundo seja uma razoável segurança no meio desses furacões. Eu estou realizando meus prejuízos um a um, mas na confiança de entrar novamente em melhor hora, e recuperar tudo e mais um pouco.

Falando em realizar prejuízos, hoje foi dia de ter problemas com os stops. Primeiro, de manhã, houve um conflito entre stops e ordens de venda, e os primeiros foram cancelados pela corretora. Agora no final do pregão o stop-loss da petr4 foi acionado, mas durante uma tal de "prorrogação", e aí não valeu (não sei bem porquê). O papel acabou caindo para abaixo do valor configurado, sem que a posição fosse encerrada.

Esse erro, tal como o da manhã, não chega a me incomodar. Não me agradaria ser executado bem no finalzinho do pregão. Aí entra um farelo de esperança, de que amanhã haja um repique qualquer e eu possa vender as posições a melhores preços.

Repicada positiva? Vai sonhando...

Que repicada positiva, que nada! Mercado todo em queda, e queda das boas. Errei por completo nas minhas previsões para hoje.

Na verdade, até que o dia começou com leve alta, dando a impressão de que eu tinha acertado. Mas não demorou muito a virar o jogo. Caiu feito pedra atirada de prédio, mas depois deu uma segurada e agora tá se aguentando.

Dei uma pequena sorte com o problema com stops. Como não foram acionados direito, não perdi as posições. Depois do fato, as duas Petros subiram um tantinho, e estão se mantendo acima do corte. Eu estou só assistindo, vendo onde isso dá. A minha expectativa não é das melhores, na minha opinião, se não cair hoje, cai amanhã ou depois. Perdi todas as esperanças de recuperação próxima.

(se eu fosse de alguma forma considerável como padrão do investidor médio, poderia dizer que a bovespa está chegando no ponto de exaustão dos ursos... mas eu sou só um principiante que entende quase nada desse jogo, então não vale esse pensamento).

Stop geral

Coloquei ordens de venda nas Petro, considerando a possibilidade de um repique hoje. Abriu em leve alta, quase bateu nos pontos de venda, mas a seguir caiu como meteoro e bateu nos stop-loss já configurados.

Infelizmente eu cometi um erro, e os stops não foram acionados. Eu tinha ordens de venda enviadas, e aí o stop-loss não funciona. Reconfigurei tudo para stop-loss e stop-gain, que segundo o suporte da corretora, é a forma correta de operar nessas circunstâncias.

Esperei um pouco as cotações melhorarem, e reconfigurei os stops. Agora com stop-loss e stop-gain, como manda o figurino.

Considerações para hoje - 3 de julho

Hoje deve dar uma repicada positiva, depois da super queda de ontem. Eu provavelmente vou encerrar as posições me petr3 e petr4, talvez sem perda (depende de quanto recuperar hoje), e vou ficar líquido olhando, esperando o fundo chegar.

O cenário que estou considerando envolve uma queda ainda maior do que esse soluço de momento. As más notícias americanas não param, a inflação mundial chegou ao Brasil, e embora estejamos com condições macro-econômicas ainda boas em vários setores, não vamos ficar impunes. Eu acho que chegou a hora de uma queda bem significativa, acho que é o fim da grande alta que vem desde 2003.

O que isso significa é que tá na hora de aprender a operar vendido, ou de sentar na mão mesmo, esperando a queda parar de verdade, não apenas soluçar.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Stop-loss na VALE5

Bateu no stop agorinha. Vendi 300 Vale5 a 45,85. O suporte era 46, mas o papel deu uma caída para abaixo disso. Agora subiu um pouquinho de novo, mas eu já estou fora. Restaram somente 50 delas, que não pretendo vender, comprei a 49,00 dia desses.

Vou me policiar para não entrar no jogo de novo enquanto o cenário não apontar para compra de forma consistente.

Continuo com as Petro. Essa estão se aguentando bem acima dos meus pontos de saída.

E os cenários apontam para...

Venda?

Ontem foi um dia de boas altas na Petrobras, continuando uma trajetória de uma semana de pequenas altas. As minhas duas posições em Petrobras estão com pequenos lucros, nada muito significativo em termos de estratégia, mas pelo menos o gráfico tá no azul.

Vale subiu um pouco ontem, mas está devolvendo hoje. Continua na congestão, se mantendo acima dos 46, mas abaixo dos 50. Transitando nesta faixa.

Bovespa está em queda de mais de 2%, já perdeu os 63700 que indicavam, no relatório da corretora, o começo de um rali de venda. Acho que todas as ações que eu monitoro estão no vermelho hoje, ou pelo menos na última olhada no homebroker estavam.

Dow Jones está caindo continuamente, flertando com suportes e canais de baixa. Bolsas européias e asiáticas também caem. Índice futuro em queda também. Que será que vai acontecer por aqui, e que decisão tomar?

Eu poderia quitar minhas posições em Petrobras no lucro agora mesmo, por exemplo, e ficar assistindo o mercado até identificar uma reversão consistente. Seria uma estratégia conservadora quanto aos ganhos. Mas, se olhar os gráficos das duas Petro, elas ainda estão com boa tendência de alta, momentânea e fraca, mas de alta. Dia a dia vem ganhando um pouquinho. Será que sair nessa hora seria a melhor idéia? Ou vale a pena continuar comprado até que o cenário engate venda de vez?

O problema de esperar é que aí a venda acontece com prejuízo. E eu detesto prejuízos. Quando começo a perder, minha resistência a vender aumenta. Começo a pensar em manter a posição até voltar ao lucro.

Dúvidas, dúvidas. Se eu fosse aconselhar alguém, diria para o sujeito não entrar no mercado agora, esperar cenário mais claro. Está tudo muito incerto e indefinido, mas com tendência de queda. Mas cai até onde? Será que estamos ainda longe do fundo? Será que vale a pena sair e esperar?