quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pivot de alta?

E aí gurizada, pelos meus parcos conhecimentos, tem pivot de alta na petr4 e na Vale5, confere? Que vocês acham?

Eu estou esperando romper as LTBs para comprar mais um pouco. Sem pressa. Mas será que começou a retomada? Os analistas gráficos da corretora ainda não falam de retomada, continuam marcando mercado sem tendência.

domingo, 24 de agosto de 2008

Tinha que cair tudo...

Acho uma pena que a queda nos preços aconteça só nas bolsas. Seria ótimo ver os imóveis aqui no Rio caírem aí uns 30%, como as ações já caíram. Ou os preços dos carros, e das motos! Já pensou um belo Corolla com 30% de desconto? Ê delícia, hein? Até eu, que nem estou pensando em trocar de carro, me animaria.

Taí uma questão interessante - por que os preços dos outros ativos não caem com o cenário que faz as ações caírem?

Balanço da nova estratégia

Não contei direito, mas acho que já tem mais de mês que estou nessa nova estratégia, de operar no longo prazo, comprando em pontos significativos do mercado e evitando vendas.

Um dos resultados mais claros é que a ansiedade diminuiu muito, mas muito mesmo. No mês anterior especialmente, que foi um mês de quedas intensas, eu operei muito, perdendo sempre, e sempre atormentado por dúvidas e angústias. Nunca sabia direito o que fazer, atirei para vários lados, e me torturei internamente por perdas significativas no saldo da conta, resultado de vendas de papéis em queda.

Depois que revi a estratégia, isso tudo mudou. Primeiro não tem mais a ansiedade de ver os preços caindo. Claro que não me agrada nem um pouco ver quedas, já que tenho papéis em carteira. Mas como determinei que quedas significativas acionam novas compras que farão muito sentido depois que houver uma retomada, essa visão positiva no longo prazo à frente compensa a perspectiva negativa do momento.

Ficou mais fácil operar assim. Não tem mais aquela tentativa de "adivinhar" para onde vai o candle do dia seguinte, nem a dor de ver que foi para o lado que eu não queria. Criei alternativas de ação para caso de queda e de alta, então me sinto mais tranquilo, talvez até mais seguro.

Só que não vamos nos enganar, né? Esse cenário de tranquilidade desmorona se vier mais uma mega queda. Fico satisfeito de comprar petro a 25, vale a 30, mas não me agradaria nem um pouco ver a petro derreter até os 5 pila, só para exagerar. Caso as quedas continuem por muito tempo, vai ser um teste e tanto para minha determinação. Se vou passar ou não no teste, só o tempo vai mostrar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

E essa alta aí, gurizada?

É repique isso? Três dias de alta consecutivos, uns belos candles brancos nos gráficos, recuperação interessante nas bluechips e tal...

Eu continuo paradão. Estou comdinheiro parado esperando oportunidades de compra. Se continuar a alta, e romper a LTB, superando as resistências mais expressivas, entro com mais um lote de cada uma das minhas preferidas.

Por outro lado, se voltar a queda, novas compras só bem lá embaixo, por exemplo, Petro a 28, Vale a 30.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Paradão, só olhando

Mercado não se move, fica num sobe e desce de pequena amplitude, e eu fico parado olhando. Por isso nenhuma postagem nova por aqui.

Mas a estratégia permanece a mesma. Estou esperando para ver o que acontece. Se cair forte, aciona compras no próximo suporte forte. Se subir, no rompimento da resistência mais significativa à frente.

Sobre o cenário atual.

Entramos em uma fase em que tanto faz haver notícias positivas, elas já não influenciam. Tendência de baixa mesmo, persistente. O ânimo é outro, o padrão é outro. Mesmo quando as coisas estão subindo, se espera que caiam logo à frente. E elas caem, como consequência.

Um exemplo disso são os resultados semestrais das empresas brasileiras! Um monte delas exibindo recordes de lucro enquanto as ações caem inapelavelmente. Petrobras, Gerdau, Banco do Brasil são algumas que obtiveram lucros como nunca antes no 1o semestre de 2008, mas isso pouco ou nada influenciou o preço de suas ações.

Eu fico conjecturando o que poderia mudar esse ânimo. Se seria uma grande notícia, ou se vai ser algo assim paulatino, do dia-a-dia mesmo. Um dia dá alta, no outro também, no terceiro também... e o ânimo da garotada vai mudando, melhorando, até que uma alta consistente engrena.

Não lembro como essas mudanças de humor aconteceram nas últimas crises. Estava atuando na crise de agosto do ano passado, e no início deste ano, mas confesso que não prestei atenção a este movimento. Uma pena que não o tenha feito, pois aí não tenho padrões na memória para analisar o mercado.

Mas vamos em frente. Preservo alguma esperança de uma retomada não muito distante. Mas cada vez que vejo o gráfico de longo prazo dolarizado do Bovespa, disponível na Enfoque, me dá medo de que o ciclo esteja ainda no começo, e que mais queda ainda venha pela frente. Estamos com algo perto de 26% de queda acumulada desde o TH, e nos grandes movimentos de queda que já aconteceram na Bovespa, o total da queda ultrapassou 80%! Em uma das vezes, chegou a 91%.

Pense bem, foram 91% de queda! Soa inacreditável, mas já aconteceu. Já imaginou uma liquidação dessas, poder comprar Petrobras a 1/10 do valor dela? Dessa perspectiva é uma delícia, mas os comprados como eu têm arrepio só de pensar no caso dos papéis que estão em carteira chegarem a valer apenas 1/10 do que se pagou por eles.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Petrobras amanhã - 12 de agosto

Hoje a Petro anunciou o seu maior lucro trimestral de toda a história, logo após o fechamento do pregão. Em tempos normais, seria motivo para fortes altas no mercado. Mas duvido que vá ser amanhã. Capaz até de cair um tanto.

Irracional e estúpido, mas é assim que as coisas são.

Hoje ouvi um comentário na rádio a respeito, muito instrutivo. A comentarista avaliou que a possível queda amanhã seria causada pela queda das commodities, que influenciariam os lucros futuros da empresa.

Sinceramente, isso é bullshit. Lucro bom é lucro no bolso, realizado, no caixa, seja para mim ou para uma megaempresa como a Petrobras. E o Oil caiu apenas para 112, enquanto o plano estratégico da empresa, divulgado ano passado já indicava que ela trabalhava com cenários de oil a 35 dólares! Ou seja, ainda está tremendamente acima dos níveis esperados pela empresa, e continuará impulsionando lucros fenomenais.

Outra causa atribuída é a tal nova empresa do pré-sal. Tudo bem, há uma tremenda incerteza nesse aspecto. Mas qualquer nova empresa que vá ser criada nãoterá condições nenhuma de operar os campos, pois não tem tecnologia, máquinas, pessoas. Ainda que seja criada, apenas adminstrará as reservas, nada mais. Será apenas uma forma do governo ganhar mais dinheiro a partir do petróleo. Não vai prejudicar a empresa da qual é dono. Aliás, vamos pensar, se isso fosse acontecer, porque a empresa estaria investindo tanto no pré-sal? Para dar de graça a outros? Claro que não.

Por tudo isso, meus caros leitores, eu acredito fortemente em Petrobras. Seja com óleo a 140, a 112, ou mesmo a 80 ou 90. A qualquer destes preços a Petrobras continua super eficiente e lucrativa, pois seus custos estão muito abaixo disso. Talvez em algum ponto desses mais abaixo seja até mais lucrativa, pois não é possível repassar todos os aumentos para o mercado, dado o impacto inflacionário que isso teria.

Fechando então, deixa a Petro cair, que eu quero é comprar mais.

Mercado irracional?

Nesses tempos de baixa, o mais divertido é ouvir as análises dos comentaristas de economia do rádio e tv, quando eles se propõem a explicar os porquês das baixas monstruosas que acontecem com cada vez mais frequência.

Na minha opinião, muitas dessas análises se assemelham aquelas de horóscopo, astrologia. Se as commodities caem e a bolsa cai, foram as commodities que provocaram a queda. Se as commodities sobem e a bolsa cai, é o mau-humor dos investidores.

No final das contas, ignora-se que os mercados são feitos por pessoas, que tomam decisões plenamente irracionais e carregadas de emoção, com pouca atenção aos fundamentos. Comportam-se como bando, como manada, seguindo com pouco pensar o que todo mundo parece estar fazendo.

Outra coisa interessante é como a memória, mesmo recente, some nessas horas. Em janeiro passamos por crise semelhante. Em julho e agosto passado também. Mas agora, parece a todos que a retomada nunca mais vai acontecer. Vai, pode demorar um pouco mais, mas vai. E como vai ser? Da mesma forma que das vezes anteriores, vem um dia de alta, depois outro, e mais outro, aí o povo todo se entusiasma, a imprensa festeja, e mais gente compra, e tudo continua subindo... notícias boas são supervalorizadas, as ruins praticamente descartadas sem atenção. O exato inverso do que acontece agora, na baixa.

Eu e os stops

Não consigo me dar bem com os tais stops de proteção. Até agora, aconteceu muito mais deles me prejudicarem do que me protegerem.

Houve um momento aí para trás, que decidi operar sem stops. Foi logo depois de um violino bem estúpido na MMXM3. Tirei os stops de todas as posições. Parece sacanagem, mas foi nas vésperas da queda geral, he he he. Resultado, perdi quando tinha stops, perdi sem os stops também.

No meio do movimento de queda, fiz umas compras intempestivas. BBAS3, BTOW3 e outras. BBAS3 e BTOW3 já bateram nos stops e eu saí da posição. Inutilmente, na minha opinião. BTOW3 já voltou e inclusive superou meu valor de compra. E BBAS3 é uma bluechip tradicional, certamente no cenário de retomada que um dia virá ela iria recompor seus valores. Ademais, já havia comprado todas as duas bem desvalorizadas.

Sintetizando o pensamento, voltei a pensar que stops são importantes para quem opera em prazos curtos. Para quem entra no longo prazo, e especialmente, quem entra nos momentos de depressão do mercado, não ajudam em nada, só tiram dinheiro da conta.

Vou voltar a trabalhar sem eles. Fazendo as contas descobri que perdi mais por conta deles que por não tê-los.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mudanças demais?

Ontem recebi uma crítica muito interessante, em um fórum de debates que participo. Um parceiro de debates me questionou a respeito das muitas mudanças na minha forma de atuar no mercado. Como ele bem pontuou, eu comecei operando trades relativamente rápidos, aí troquei para longo prazo, aí voltei para os rápidos, agora estou de novo advogando o longo prazo. E tudo isso em apenas 6 meses.

É verdade, colocação bem feita pelo colega. Eu realmente tive toda essa oscilação na forma de pensar e analisar o mercado. Mas acho que isso é justamente o resultado do aprendizado. Juntando todas as leituras que tenho feito, com todos os erros e acertos que tenho cometido, deu nisso que está aí, nessas mudanças todas.

Meu negócio, nesse primeiro ano de operação, e mais que tudo, aprender. Por conta disso, até prejuízos aceito numa boa. O teste de diferentes estratégias, de diferentes formas de análise e de diferentes modos de operar está nesse pacote de aprendizado também. Faz parte.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Seguindo a estratégia

Hoje BBAS3 bateu no stop a 22,90 e saí do jogo nela. Não sei se vai cair mais, mas não cabe discutir com stop se foi bem configurado. E eu acho que foi, estava abaixo do último suporte importante.

Vida que segue. É mais uma perda significativa, mas faz parte do jogo. E seguindo a estratégia, aproveitei a liquidação em PETR4 para comprar mais um lote. O valor no momento está sobre um suporte histórico, a 33 reais. É uma compra visando o longo prazo.

Comprei mais um lote de VALE5 também. É outra que bateu num suporte a 36,30, valor mais que apetitoso para quem lembra onde ela já esteve, e sabe os fundamentos da empresa.

A minha estratégia atual é encarteirar aos poucos essas duas grandes bluechips da Bovespa, e depois lucrar bem na retomada, que um dia virá. Por enquanto, estou apenas alocando dinheiro que já estava em Bolsa, para essas compras. Mas à medida que a queda se aprofunda, penso em direcionar recursos que estão em outras aplicações para aproveitar as ofertas do mercado em queda.

Comentário geral: Falando em queda, tá feia a crise, hein? Cai todo dia, e nem é aos pouquinhos, é aos lotes! 5% a cada pregão, não é brincadeira. Onde será que isso pára?

sábado, 2 de agosto de 2008

Um texto divertido e instigante

Estou lendo, aos pedaços, o famoso clássico dos investimentos "O Investidor Inteligente" de Benjamin Graham. O livro teve sua última atualização pelo autor (que já é falecido) em 1973, mas recebeu comentários na edição de 2003 de Jason Zweig que o atualizam. É um livro muito interessante, embora de leitura um tanto cansativa.

Do livro, copio um texto que me fez pensar bastante, e que me parece muito apropriado para a situação atual da Bovespa:

NOTÍCIAS QUE VOCÊ PODE USAR

As ações estão em uma queda vertiginosa, por isso você sintonizou a televisão para conferir as últimas notícias do mercado. No entanto, em vez da CNN, imagine que você pudesse sintonizar a Rede Benjamin Graham. Na RBG, o áudio não capta aquele toque famoso da campainha de fechamento do mercado, o vídeo não foca os corretores zanzando pelo pregão da bolsa de ações como roedores irados. Tampouco a RBG apresenta quaisquer imagens de investidores boquiabertos nas calçadas congeladas enquanto flechas vermelhas disparam acima de suas cabeças nos mostradores eletrônicos de ações.

Em vez disso, a imagem que enche a tela de sua TV é a fachada da Bolsa de Valores de Nova York, decorada com uma bandeira gigantesca onde se lê: "LIQUIDAÇÃO! 50% DE DESCONTO!" Como música de introdução, o conjunto Bachman-Turner Overdrive pode ser ouvido tocando bem alto seu sucesso "You ain't seen nothing yet" (você ainda não viu nada).

Em seguida, o âncora anuncia alegremente: "As ações se tornaram novamente mais atraentes hoje à medida que o Dow caía outros 2,5% com volume pesado, o quarto dia seguido em que as ações se tornaram mais baratas. Os investidores em tenologia tiveram um dia ainda melhor à medida que companhias importantes como a Microsoft, perderam quase 5% no dia, tornando-as ainda mais atraentes para a compra. Isso vem em acréscimo às boas notícias do ano passado de que as ações já haviam perdido 50%, colocando-as em níveis de subvalorização não vistos há anos. E alguns analistas destacados estão otimistas de que os preços podem cair ainda mais nas semanas e nos meses seguintes."

O noticiário corta para o estrategista de mercado Ignatz Anderson, da firma de Wall Street Ketchum & Skinner, que diz "Minha previsão é de que as ações perderão mais 15% em junho. Estou cautelosamente otimista com o fato de que, se tudo caminhar bem, as ações podem cair 25%, talvez mais."

"Esperamos que Ignatz Anderson esteja certo", o âncora diz alegremente. "Preços de ações em queda seriam uma notícia fabulosa para qualquer investidor com um horizonte muito extenso. E agora voltamos a Wally Wood para nossa previsão do tempo!"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Era repique mesmo

Marcelo estava certo em sua recomendação de esperar mais nas compras. Ontem e hoje o mercado virou, configurando que aquela alta toda era um repique apenas.

Mas isso me faz ficar arrependido da compra que fiz? Não, de forma alguma. Essa possibilidade de queda já estava prevista na estratégia. Pensei tanto no cenário de alta quanto no de baixa, e estou me posicionando em relação ao longo prazo.

Novos movimentos:

Hoje, com a queda na Vale5, aproveitei para fechar o lote que estava incompleto. Tinha 50 ações da empresa, comprei outras 50. Também quero encarteirar Vale5, e acho que estamos em um patamar de preços muito favorável historicamente. Para mim esse é o momento de comprar, mas como não sei se as baixas acabaram ou não, estou fazendo isso aos poucos.

Se a Vale5 cair mais, até o próximo suporte, que parece ser em 36,30, devo comprar mais um lote. A mesma coisa com a Petr4. Se ela chegar perto dos 33 reais, compro mais 100 delas.

Na carteira tenho também 400 BBAS3. Comprei a um bom preço, considerando longo prazo. Penso em mantê-las, tal qual estou pensando para Vale5 e Petr4. Mas ainda estou considerando, estudando melhor o papel e seu comportamento. Pelo que vejo nos gráficos, é uma ação que oscila fortemente, mais que as outras duas. Não tem a mesma tendência clara de alta configurada no longo prazo. Mas é uma bluechip, um megabanco que vem apresentando bons resultados.

Outra que tenho em carteira é Elet3. Essa não comprei a um bom preço, e não pretendo manter por muito tempo. Não conheço a empresa muito bem, nem vinha acompanhando o papel há mais tempo. Foi uma daquelas compras de impulso, baseadas em pouca análise é muita esperança. Não vendo agora porque está no prejuízo, e como não é mico, não tem porque me ver livre delas correndo. O setor elétrico é o que resistiu melhor à crise, de modo que uma alta no papel não é totalmente fora de questão. Mas quando essa alta vier, se vier, realizarei o lucro bem cedo.