terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu já não entendo nada mesmo

Quando eu acho que vai subir (2a feira), cai uma monstruosidade. Quando eu acho que vai continuar caindo, sobre um montão. Acho que vou decidir por comprar ou vender, e aí na hora faço exato contrário, vai ver assim dá certo!

Agora fora de brincadeiras, a alta de hoje mostra com clareza aquele ditado - a bolsa sobe no boato, e cai no fato. Bastou a crença de que o pacotão vai ser aprovado, para a alta acontecer. Se bem que 7% de alta não compensam os 10% de queda do dia anterior, mas vá lá.

Eu já não sei o que fazer, para ser sincero. Estou no mesmo ponto de antes, mas muito mais inseguro. A idéia era acompanhar o repíque, mas aí vem a dúvida - esse aí já é o repique? Ou um espasmo que vai derivar em outra queda como a de ontem? Que notícia pode vir amanhã para derrubar esse otimismo esquisito que tomou conta do povo hoje? Eu não faço idéia. Aliás, a idéia que eu fazia era a de que nesta 3a e 4a feiras a coisa seria bem complicada, já que seriam apenas dias de espera pela resolução que só pode vir na 5a, na próxima votação do congresso sobre o pacote. Como todos puderam ver, essa minha idéia foi para o brejo.

Em minha defesa, posso dizer que ouvi comentaristas como Mauro Halfeld e Sardenberg falando coisas muito parecidas com o que eu estava pensando, ontem... se errei, não foi sozinho. Se bem que isso faz pouca ou nenhuma diferença!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Alguém viu um repique por aí?

Tá certo que no post anterior eu anunciava uma baixa que viria. Mas não pensei que seria hoje, sinceramente. Minha hipótese era exatamente a contrária. Eu acreditava em aprovação do pacotaço de ajuda, e numa alta consequente, e persistente até.

Mas o congresso americano não aprovou, e veio uma baixa monumental, avassaladora. Em determinado momento da tarde a queda era de impressionantes 14%! Depois aliviou um pouco, fechando perto dos 10%, o que já é um monte.

A queda foi tão forte que passou direto do stop que eu tinha colocado na Petr4. Continuo com tudo que já tinha em carteira. E vamos em frente com elas, então.

Bom, para piorar a coisa toda, o congresso só vai rever a merda que fez na 5a feira. Dias loucos até lá devem acontecer, com mais queda. Não consigo ver um mísero motivo para subir um tique que seja, mas vamos ver.

sábado, 27 de setembro de 2008

Para ver a baixa que virá...

... basta ler os blogs "Trading in blog" e "Cinco pesos de dois quilos", todos dois com links aí ao lado.

Os dois blogs apresentam análises super fundamentadas em dados, sobre a bagunça que está acontecendo na economia americada, e seus efeitos sobre o mundo todo. Recomendo também ler os comentários, que muitas vezes superam até os posts em conteúdo e qualidade.

Confesso que tenho lido os dois com assiduidade, e muito do cenário que estou vendo à frente está influenciado pelo que dizem nos dois blogs. Por conta deles, mudei um tanto minha estratégia, que era comprar em pontos interessantes e manter, para uma estratégia de acompanhar o repique que espero que aconteça, usando stops próximos.

Estou trabalhando com a expectativa de que vai haver uma alta a partir do anúncio da aprovação do pacote de socorro americano. Essa alta vai ser significativa, e não vai ficar um ou dois dias, mas talvez até duas ou mais semanas, levando o IBOV para uns 60 mil pontos (é chute puro, nenhum dado sustenta esse número).

Mas, depois de um tempinho de alta, as más notícias vão superar os 700 bi do pacote, mais furos vão aparecer no casco do naviozão, e a ladeira vai virar de novo abaixo. E aí vai cair muito mais baixo do que já esteve, continuando a trajetória de baixa que começou em maio e ainda vai muito adiante.

Vou aproveitar a alta momentânea para colocar stops em todas as posições atuais, caso elas ultrapassem os preços médios de compra. Sendo stopado, saio e espero a grande queda líquido ou investido em RF.

Bom, esse é o cenário previsto e o plano consequente a ele. Vamos ver agora se a realidade segue essa linha, ou se as previsões estão todas erradas, o que também é possível.

Dica de leitura

Para quem gosta de ler bons textos sobre investimentos, vai uma dica das boas:

http://br.geocities.com/sergiorn/textos.htm

Tem muita coisa boa nesse site, de vários autores, realmente vale a pena. A página de links também é bem interessante.

O texto sobre value investing postado no I.A. e copiado na minha postagem anterior, veio dessa fonte.

Gostei tanto do site que adicionei ele à lista de links aí ao lado, como "textos preciosos".

Value Investing

Encontrei no fórum Investidor Agressivo (link ali do lado direito) um tópico que me encantou, sobre value investing. Totalmente coerente com as propostas de Benjamin Graham e Warren Buffet.

Vou me permitir copiar de lá um texto intitulado "As 7 crenças fundamentais para construir disciplina emocional e se tornar um investidor em valor".

1º Crença: O mundo não vai acabar, seja qual for a reação da bolsa. No curto e médio-prazo, o sentimento dos investidores tem mais impacto no preço das ações do que os fundamentos. Mas, no longo prazo são os fundamentos que prevalecem. Durante toda a história do capitalismo os mercados têm sobrevivido e florescido após épocas de crise - Guerras Mundiais, depressões, recessões, ataques terroristas, etc. Mais recentemente, no 11 de Setembro o DOW caiu 1.330 pontos em 5 dias, mas em 6 meses recuperou toda a perda.

2º Crença: Os investidores serão sempre movidos por medo e cobiça, e o mercado irá, como um todo, reagir da mesma forma. A volatilidade é o custo de se fazer negócio. O medo irá jogar o preço das ações para abaixo de seu valor intrínseco, enquanto que a ganância irá empurra-los para cima. Os investidores em valor levam vantagem sobre investidores emocionais.

3º Crença: A inflação é o seu verdadeiro inimigo. Tentar prever as variáveis econômicas e a direção do Mercado e da Economia é pura perda de tempo - foque-se no negócio e no seu valor, e lembre-se da crença Nº 1. A inflação tem um efeito devastador sobre os investidores e existe muito pouco que se possa fazer sobre isto. Buffett disse: “a aritmética revela que a inflação é muito mais prejudicial que qualquer outra coisa resultante da nossa legislação”. As taxas de inflação têm um poder impressionante de consumir de capital. Se você acredita que pode bailar para dentro e para fora da bolsa vencendo a inflação, eu gostaria de ser seu corretor, mas não seu sócio.

4º Crença: As boas idéias são difíceis de achar, mas sempre existirão idéias boas lá fora, mesmo nos mercados em baixa. É fácil a bolsa se enganar. Qualquer investidor individual pode ir bem, não importa o que está acontecendo com o Mercado. Os investidores em valor são do tipo “bottom-up”, procurando por um negócio de cada vez.

5º Crença: O objetivo principal de uma companhia aberta é converter os recursos disponíveis em valor para o acionista. A sua obrigação como acionista é certificar-se que isto está ocorrendo. Isto não é só um dever da companhia, porquê elas são na verdade uma organização de transformação de recursos - Elas transformam todos os recursos em valor para o acionista. Se esta conversão não acontecer, é melhor então que a empresa feche suas portas.Os melhores negócios são aqueles que se destinam a converter recursos - pessoal, capital, marcas, propriedade, plantas e equipamentos - em valor para o acionista. A palavra chave para se conseguir isto é: administração.

6º Crença: Ao investir, noventa por cento do sucesso está em comprar certo. Vender a um ótimo preço não é a parte mais difícil.O mercado é bem consistente em oferecer aos investidores oportunidades para comprar ações bem abaixo de seu valor intrínseco e oportunidades para vender bem acima desse valor. Para que os investidores possam tirar vantagem disso eles devem ter uma estratégia para saber exatamente quando comprar e quando vender. É claro que, para os investidores em valor, a compra ideal é aquela que pode ser mantida para sempre!

7º Crença: Volatilidade não é risco, é oportunidade. O risco real é uma mudança não esperada e permanente no valor intrínseco da companhia. O investidor em valor não se importa com os movimentos do dia-a-dia do mercado. O preço justo de um papel não varia tanto quanto os preços do papel. Benjamin Graham ficou famoso por dizer que o mercado está lá para servi-lo e não para guia-lo em suas decisões de investimento. Os reais riscos de um negócio são a queda em seu fluxo de caixa e a deterioração de seus fundamentos econômicos, que serão maximizados ou minimizados de acordo com o preço que você pagou por ele.

Segunda feira sobe?

Se o governo americano conseguir aprovar seu pacotaço durante o final de semana, como promete, acredito que a bolsa na semana que vem deve subir um bom tanto. E aí, apesar de não crer em alta consistente, penso em entrar com compras para aproveitar o que para mim é repique.

Pretendo comprar PETR4, mas só se superar os 36,30. Já algumas vezes essa ação bateu nos 36 e voltou, então não vale a pena comprar abaixo desse patamar. Andei pensando em LAME4, mas não estou muito convicto de operar com essa... preciso estudar mais ela antes de decidir. Outra que sempre está nas minhas considerações é a GGBR4. A cotação atual está bem baixa, pode dar uma subida forte.

Uma outra consideração é sobre a VALE5. Para um prazo mais longo, acreditando em recuperação das cotações históricas, a Vale é uma baita oportunidade. Caiu mais que Petrobras, nessa crise. Desceu dos 59,22 até os atuais 34,59 reais, enquanto a Petro caiu dos 53,68 para os 35,43. Mas sempre é bom ter cautela aí, porque nada indica que a trajetória de baixa tenha realmente acabado. O que hoje parece muito bom pode em um futuro nem tão distante ser considerado apenas a metade da ladeira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Era repique e não deu compra

Viram, era repique mesmo. Eu não pude acompanhar de perto, mas vi que já na segunda-feira caiu de novo, e desde então está oscilando bastante. Cenário bem indefinido mesmo.

Os papéis que indentifiquei não deram compra, pois nenhum deles cumpriu os requisitos abordados. Estou com o que já tinha em carteira, e com uma outra grana em conta, esperando melhor hora. Acho que vou esperar bastante, pois essa queda está longe de acabar.

Se o congresso americano aprovar o pacote, capaz de dar uns tantos dias de alta, como eu tinha previsto antes, em um repicão maior. Mas não deve ir muito longe. Eu realmente não creio em alta consistente num futuro próximo. Para mim estamos em tendência de baixa, e nesse contexto qualquer alta é sempre exceção.

As confusões na economia americana estão apenas começando, isso está ficando cada vez mais claro. Muita coisa ainda está por vir. Mudanças profundas no sistema são possíveis, com maior regulação governamental, maior interferência do governo, mais controles e limitações no sistema financeiro. Alguns analistas indicam até que estamos vivenciando o alvorecer de uma nova era, diferente do que houve até agora, e na qual os padrões anteriores não mais se aplicam. Eu tendo a acreditar nisso.

O ideal neste cenário é estar completamente líquido, para quem puder. Quem está comprado e no prejuízo tem duas opções - 1, encarteirar com vistas ao longo prazo. E sabe-se lá quão longo vai ser. 2, vender no prejuízo para reentrar bem mais abaixo, já em um contexto de retomada. Eu tenho me mantido na solução 1 já há algum tempo, mas a idéia 2 volta e meia me vem à mente como alternativa interessante.

domingo, 21 de setembro de 2008

Tamanho da minha perda no momento

Hoje resolvi fazer umas continhas simples, e descobri que desde o início da queda o valor de mercado de minhas aplicações em bolsa caiu mais de 26%, com uma perda de mais de 9 mil reais sobre um total investido de 35 mil reais.

Dolorido, huh? Sei que tem gente que perdeu bem mais que isso, mas para mim já é perda suficiente.

Falando em perda, aquela frase do Graham (ou do Buffet?) de que quem não suporta perder 50% do capital não deveria nem passar perto da bolsa, me parece bullshit. Se o caboclo comprou a preços de alta, lá perto da LTA, e viu que tá entrando em canal de baixa, pode bem desinvestir e esperar tempos melhores para entrar de novo. Essa estratégia de estancar a perda e entrar de novo inclusive me parece multiplicar os ganhos depois, na recuperação, que um dia vem.

Só vale a pena ficar comprado se os valores da compra foram bons em termos históricos. Otherwise, proteja seu capital realizando o prejuízo antes que a perda seja grande demais.

Dúvidas para amanhã

Começo deixando claro que acho que essa alta é repique, mesmo com índices estrepitosos como o de sexta-feira. Li uma porrada de coisas nesse final de semana, entre revistas semanais, jornais, sites de notícias e muitos blogs de investidores,a respeito da crise, e formei a idéia de que a bagunça está longe do final. Acho que estamos no meio de um canal de baixa persistente e duradouro, que pode bem colocar o IBOV abaixo dos 42 mil pontos, o que anularia a LTA que vem desde 2003.

Mas esse repique que iniciou na 5a feira pode bem durar alguns bons pregões, não faço idéia de quantos. E pode render uns trocos, sendo assim. Fiquei pensando se valia a pena montar alguma jogada rápida, swing, acompanhando a alta e caindo fora ao menor sinal de virada de volta para baixo.

As possibilidades que estudei foram:

- GGBR4 - Fechou a 25,99, no exato ponto de uma resistência. Daria compra acima dos 26 reais, mais pra depois de 26,30, para não cair num rompimento falso. Stop nos mesmos 26 reais, que jogada curta requer stop próximo. Poderia comprar 200 ou 300 ações.

- PETR4 - Fechou em 34,71, e a resistência está nos 36 reais. Compra mais segura só acima deste ponto, mas para chegar nele já requer mais de 3% de valorização no dia, o que é um cenário bem otimista.

- LAME4 - Essa não tem um ponto tão claro quanto as duas anteriores, mas me parece dar jogo ao passar dos 9,50. O bom deste papel é que o preço do lote é bem mais baixo, possibilitando diluir o valor da corretagem por uma quantidade maior de ações. Também serve para esgotar os trocados da conta da corretora, após comprar alguma das duas acima.

Bom, essas seriam as oportunidades que vi. Claro que tem muitas outras, se o mercado continuar com o movimento acima que fez nos dois últimos pregões, mas essas são as que estudei mais, venho acompanhando há mais tempo.

A grande dúvida é se o movimento de alta vai durar um tanto mais, ou se vai virar logo, como das outras vezes. Alguns dizem que é capaz de puxar até os 60 mil pontos, se não vier em prazo curto alguma notícia muito ruim. Seria interessante para livrar uns trocos, depois de perder uma bela bolada nessa queda toda.

Aliás, considerando que acredito que os tempos de baixa estão longe de acabar, se esse repique colocar meus papéis no positivo, talvez eu venda tudo, e aplique por uns tempos na renda fixa, à espera de tempos mais claros e oportunidades de compra melhores, com preços ainda mais baixos para todos os papéis. Falando nisso, para não esquecer, PETR4 34,88, VALE5 41,73, ELET3 31,71 (eta compra mal feita essa da Eletrobras).

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Passou um bonde e eu nem vi!

Alta de quase 10% em um único dia, bluechip com 17, 18% de valorização em um único pregão! Pelo jeito o dia foi de festa! E eu, que estava ocupado trabalhando sem acesso à rede, só fiquei sabendo depois de feita.

Mas não tem problema. Em outros tempos bem recentes, eu ficaria chateado por não ter aproveitado. Claro que estou até meio tonto ainda tentando entender melhor a situação, pensando aqui se devo comprar algo na 2a feira ou se espero mais, mas de modo geral estou mais tranquilo do que estaria lá por abril.

Em termos de longo prazo, ou mesmo em termos de recuperação de perdas, as altas de ontem e hoje são apenas cócegas. Não chega nem para colocar as cotações acima dos meus preços médios de compra dos papéis em carteira. Portanto, nada que realmente entusiasme.

Por outro lado, eu não estou conseguindo acreditar que essa é uma reversão de verdade. Não tenho dados para embasar a afirmação, mas não creio. O pacotão de ajuda americano é interessante, mas a crise é mais feia que isso. Novas bombas devem estourar mais para a frente. Vejam a tal da AIG, que há duas ou três semanas nem se ouvia falar. De repente virou protagonista na crise, quebrou, e foi estatizada! Outras mais assim deve haver por lá, nos EUA.

Outra questão - essas altas todas só confirmam uma impressão que eu tinha, de que as pessoas andam loucas por uma alta, loucas para comprar. O que também me indica que ainda não é a hora, já que o sangue ainda não está rolando. A mente do povo ainda opera em alta. O paradigma na cabeça de todos aí ainda é "vai subir". O que não combina nem um pouco com uma mercado bear.

Li em um blog (e agora não lembro qual, é um dos meus links aí ao lado) que os investidores pessoa física não venderam suas posições compradas lá na alta de maio. Isso me parece coerente com o meu parágrafo anterior, e é sinal de mais baixa, e não de alta. Sinal de que a queda, até agora, ainda nem doeu. Quando esse pessoal todo (no qual eu estou incluído) estiver louco para sair, depois de perder uma baba de grana, aí vai ser a hora de comprar mesmo.

Estou com vontade de esperar para ver. Mas confesso que a pressão por comprar, no meio dessa festa toda, é enorme. Vamos ver se resisto, ou se invento uma desculpa interessante para justificar uma entrada.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Que pulo é esse!?!

Num dia cai 6,5%, no dia seguinte sobre 5,7%? Haja coração para uma oscilação desta amplitude!

Petro hoje subiu impressionantes 8%! Oito porcento em um único pregão, em um papel que é a maior bluechip da Bovespa! Isso é uma loucura!

Ainda vou dar uma boa procurada pelas notícias, para descobrir os fundamentos dessa bagunça toda. Tem que ter algum motivo para tamanha festa.

Agora vai a 36 mil

O interessante dos previsores, é que as previsões mudam conforme vão sendo desrespeitadas. Aquela previsão de suporte em 48 mil já era, agora passou para os 36 mil pontos. Vai funcionar? Duvido muito. Eu realmente não acredito em futurologia.

Um detalhe interessante nos acontecimentos dos últimos dias: apesar das mega-quedas do IBOV, a Petro está se sustentando acima dos 30 reais. Será que esse papel fez fundo de verdade? Será que se sustenta nesse patamar mesmo que o mundo em volta desabe? Mais uma vez, eu não acredito. É só a minha opinião, mas eu penso que se tudo em volta continuar derretendo (e por que não continuaria? O cenário não melhorou nada, muito pelo contrário) a Petro pode até lutar, mas vai acabar caindo também.

Outro comentário - depois de resistir por um bom tempo à queda geral, parece que as elétricas entraram no pessimismo. ELET3, que tenho em carteira, tá caindo que é uma beleza. Por vezes penso em fazer um swap, trocando esse papel por outro mais do meu agrado, mas acabo desistindo. Um tanto porque não me agrada realizar mais uma perda sem necessidade, outro tanto porque está tudo caindo também, qual outra seria melhor que esta para entrar? Bom, poderia ficar de fora esperando, é uma hipótese a pensar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

48 mil é o fundo?

Tenho um colega de trabalho, que entende um pouco mais que eu de Bolsa de Valores, que me diz todos os dias que 48 mil pontos é o fundo dessa crise, e que mais baixo não vai. Claro que eu já cansei de pedir mais fundamentos para essa afirmação, mas ele não diz muito mais que isso.

(Eu sei, e ele também, que já foi duas vezes a 47700, mas ele diz que esse valor é "na faixa dos 48 mil")

O interessante da coisa é que com toda aquela porrada de ontem, e a abertura em baixa de hoje, permanecemos na faixa estipulada. Hoje a Bolsa já fechou, e com valorização de 1,15% ainda por cima. Estamos a 49 mil pontos no momento.

De minha parte, acredito em uma baixa maior. Penso em 45 mil pontos, talvez até menos, como horizonte de fundo. Mas sempre fica a dúvida, ainda mais que com meus parcos conhecimentos, não sirvo muito para profeta de mercado.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Emoções e o comportamento do investidor

Acho que desde que criei esse blog já falei várias vezes do impacto das emoções no comportamento do investidor. Esse assunto me interessa, ou me chama muito a atenção por dois motivos:

O primeiro é pela minha formação, pelo meu background de psicólogo. Emoções são o prato do dia de qualquer profissional de psicologia, e a nossa atenção é sempre direcionada a esses assuntos. Posso dizer que entendo bem mais de emoções e comportamento do que entendo de ações e mercados.

O segundo motivo é bem mais importante, ao meu ver. É que eu percebo diretamente, aqui dentro, o impacto que as emoções tem no meu comportamento, e ao mesmo tempo, não encontro nos blogs e outros veículos de informação a respeito, muita abordagem do tema.

Hoje, por exemplo, o mercado está numa alta interessante, que vem depois de outra bela alta ontem. Ações da Petro recuperaram tudo que haviam perdido na semana. Vale subiu um bom tanto também. E começam a pipocar aqui e ali textos e comentários um pouco mais otimistas (veja o blog do Sardenberg, por exemplo). Aparecem também postagens em fóruns e que-tais mostrando jogadas de sucesso, com 5, 10% de rentabilidade em poucos dias. O vento que soprava para um lado de repente, e não mais que de repente, parece virar um furacão no sentido oposto.

O resultado disso em termos de emoção é direto. Dá uma "vontade de comprar" danada. Uma espécie de ansiedade, ou melhor, angústia de talvez estar perdendo a hora, também aparece. Toda aquela racionalidade tão fácil dos tempos de baixa parece evanescer. A visão de mercado fica obscura, turva, o foco fica limitado ao amanhã, quando não ao ontem. Fica uma sensação de urgência esquisita, como se alguma ação tivesse que ser tomada imediatamente, senão o trem parte e a gente fica na estação.

Só que não precisa ser assim, e mais, se o perfil que pretendo ter é de investidor de longo prazo, seria extremamente inapropriado me deixar influenciar por emoções tão passageiras. Preciso me ater à estratégia traçada, analisar direito os pontos de entrada já marcados, e agir com consistência. Não é fácil, e é exatamente por isso que estou escrevendo aqui. Mais que explicar para alguém, é um tanto convencer a mim mesmo da linha de ação mais correta a seguir.

E a Petro, hein? Quase 10% em um pregão!

Esses anúncios de mega-campos exploratórios são uma festa no mercado. Ontem, por causa do tal do Iara, as ações da Petro pularam quase 10% acima. Alguns pontos a respeito disso achei interessantes:

- Primeiro, que olhando pelo lado dos 9%, parece uma enormidade, mas se for ver, não recuperou nem a cotação que tinha no início da semana, na abertura do dia 08/set. Então, cautela, baixa a bola no entusiasmo que alargando um pouco mais o olhar a recuperação é incipiente.

- Segundo, ontem o movimento estava bem esquisito. Não estudei muito o que realmente aconteceu, mas perto do meio dia, quando abri o HB, o IBOV estava a 0,11%, praticamente estável. Quase todas as ações que acompanho, de diversos setores, estavam no vermelho, mas a Petro, naquele momento a 5% positivo, puxava o índice para o azul. Aí, ao longo da tarde, foi batendo um otimismo na galera aí, e os índices fizeram um rali de alta acima. E praticamente todas as ações que monitoro terminaram em alta.

- Terceiro, eu ainda acho que isso é repique, que não se sustenta. E pensando assim, pretendo aproveitar esse belo repique para finalmente tirar dos fundos aquela grana da minha esposa. Vou realizar o prejuízo, colocar a grana na corretora, e esperar os pontos de entrada que marquei como interessantes. Eu ainda acho que a Petro pode chegar nos 25 reais, e a Vale nos 30, um pouco mais à frente.

- Bom, tudo tem dois lados, então vamos ver uns dados soltos que podem apontar para altas - ouvi dizer que a Petrobras tem até o final do ano para confirmar reservas em alguns outros blocos exploratórios, e se não o fizer, terá que devolver os tais blocos. Não é informação oficial, mas se for verdade, Iara deve ser o primeiro de uma lista significativa. Aí, com uma porção de anúncios semelhantes, ficará difícil a Petr4 chegar no nível que estou querendo. Mas se isso acontecer, não será problema. Tem pontos de compra programados numa hipótese de alta.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Para baixo e avante!

Continua a trajetória de baixa. Ontem até teve uma alta significativa, mas creio que momentânea. Deve ser mais um repique, ainda mais depois da mega-queda de 4,5% que teve no dia anterior.

Alguns dados saíram interessantes, e me fazem pensar na diferença que o ânimo geral do mercado faz na análise de notícias. O PIB subiu 6%, um número fabuloso. A Petrobras anunciou mais um mega-campo de 4 bilhões de barris, ao lado de Tupi. Em momentos de alta, muito menos que isso fariam uma alegria danada no mercado, com saltos impressionantes nos preços. Mas em tempos de baixa, os efeitos positivos são atenuados, e os negativos são enfatizados.

Eu tenho pensado muito no que vai produzir o ponto de inflexão. Será um evento isolado, alguma notícia muito interessante? Duvido muito... minha expectativa é para um movimento de pequenas altas repetidas, dia após dia, assim meio como a recuperação do Botafogo no campeonato Brasileiro. Uns 5 dias de alta, e algumas resistências rompidas já fazem o ânimo da garotada virar do avesso.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dúvida do momento

Recomendei minha esposa que aplicasse uns trocos em fundos de ações, lá nos tempos de investment grade, saudosos tempos das altas. O resultado é óbvio, uma perda desagradável e constante.

Ando pensando em tirar a grana dos fundos (são 2) e deixar quieta na conta esperando uma entrada bem mais abaixo do que está agora. Acho que a queda está longe de acabar, e talvez valha mais a pena realizar momentaneamente o prejuba, e entrar de novo com preços bem menores.

Na minha mente é diferente de realizar aquele clássico prejuízo do novato - entra na alta, sai na baixa - porque não é bem uma saída, mas uma pausa. A grana voltará para as ações (e não mais fundos) em momento melhor.

Mas estou só pensando nisso por enquanto. É mais uma daquelas dúvidas que tanto menciono, que acompanham quem se arvora a investir nesse mercado de renda variável.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Falling down, down, down

Que queda ontem, hein? 3,96%, um tombaço. Foi-se o suporte dos 53 mil pontos, que o analista da corretora dizia ser forte. Estamos já nos 51 mil, e caindo. Até onde vamos?

Ontem um amigo meu estava entusiasmado em comprar Petrobras a 32,15. Eu, receoso, disse - espera cair mais, a tendência é cair, e não subir. Mas ele retrucava mas Petrobras a esse preço é uma pechincha! Não tem como cair abaixo de 30!

Será que não? Eu acho que tem sim. E vai, permanecendo as tendências atuais. Já estou na expectativa de ver (e comprar) meus lotes a 25 pilinhas. E por falar nisso, não pretendo comprar a 30, que poderia ser um ponto significativo. Acho mesmo que vai mais baixo que isso.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nada de pivots de alta

Era só um repique, mais um na série. Ainda persiste o canal de baixa, apenas com inclinação mais suave. Estamos operando na faixa entre 53 e 56 mil pontos, e enquanto estiver nessa, nada de novidades.

Ando lendo e estudando muito a questão do pré-sal da Petrobras. Acho que vem coisa boa para a empresa no final desse salseiro todo. Aliás, ando com a impressão de que o salseiro todo foi criado apenas para preservar os interesses da empresa. São só suposições minhas, nada que se deva levar muito a sério, ok?