terça-feira, 30 de junho de 2009

Inofensiva, porém estúpida.

Essa compra de SANEPAR, analisando agora, foi de uma estupidez impressionante. Só se justifica pelo impulso, se é que compras por impulso são justificáveis.

Uma olhada ainda que relance no gráfico mostra que qualquer preço acima dos 2 reais seria muito alto, mas eu não prestei suficiente atenção e paguei 2,10. Desconsiderei que uma variação de 10 centavos, neste papel, é um ganho de 5%, o que nunca é pouca coisa.

Outro erro crasso foi desconsiderar os custos de transação. Operar com volumes ínfimos pode parecer tentador pelo baixo risco de perda significativa, mas o custo de corretagem faz a operação largar num prejuízo enorme. Só para compensar já tem que subir muito.

Em suma, foi uma grossa bobagem. E me mostrou que ainda preciso desenvolver muito mais o autocontrole para evitar as compras por impulso. Agora só me resta esquecer esse papel em carteira, até o dia em que realmente valha a pena vender.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Comprinha inofensiva

Com o "enorme saldo" de 294 reais na conta da corretora, resultante das compras de FESA4 e PETR4, resolvi comprar algo sem maiores análises ou consequências. Veio para a carteira um lotezinho de 100 ações de SAPR4 a R$ 2,10.

A Sanepar é uma daquelas empresas resultantes da minha busca de pechinchas. Desde o fundão em outubro vem numa trajetória de alta constante, praticamente sem quedas, e nos últimos dias ainda acelerou a subida.

Como o montante investido é insignificante perto do total da carteira, me sinto confortável para manter esse papel quieto até que realmente valha a pena vender. Quem sabe um dia aí ela recupera os 3 reais, ou supera e chega a uns 4? Não dá para dizer que seja impossível, a questão é muito mais em que prazo.

O mal de negociar quantidads inofensivas, é que o custo de corretagem joga o preço de entrada lá para cima. Comprei a 2,10, mas considerando os custos todos, saiu a 2,25 cada uma. Vai precisar subir de verdade para valer a pena. Ou seja, é para esquecer em carteira mesmo.

Gráfico diário, de 25 de outubro à presente data, com canal de suporte mais próximo:


Gráfico semanal, período de um ano.

Comprei PETR4

Não deu certo minha estratégia de esperar a abertura de hoje para tentar comprar PETR4 abaixo de 32,30. Embora tenha aberto abaixo desse valor, quando eu pude acessar o HB já estava acima de novo. Então acabei comprando 300 ações ao valor de R$ 32,38.

A idéia por trás da aposta eu já mostrei na postagem passada. Creio que tem potencial desse papel chegar aos 40 reais ou mais, em algum tempo não muito grande. Claro que só vai chegar aí se o mercado como um todo subir um bom tanto, e isso vamos ver se acontece.

Pensei em comprar Gerdau, mas desisti ao perceber que minha carteira ficaria concentrada exclusivamente no setor siderúrgico. Não me pareceu boa idéia, apesar de eu gostar da empresa.

Riscos da empreitada - a corretora Ativa, no seu relatório de análise técnica enviado hoje pela manhã, fala da possibilidade de se estar formando uma figura ombro-cabeça-ombro na PETR4. Estaríamos no momento na subida do segundo ombro. Essa é uma figura classicamente de baixa, sendo o segundo ombro de tamanho geralmente menor que o primeiro. Não há como saber se vai dar nisso ou não, só acompanhando de perto.

Não pretendo colocar stops a princípio, mas se fosse colocar, seria na faixa dos 31 reais, que foi resistência por duas vezes, e suporte por outras duas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Por pouco não comprei PETR4

Depois da análise da postagem anterior, fiquei de olho no mercado. E que dia foi hoje, hein? Uma alta consistente de mais de 3%! Pelo jeito, aqueles suportes todos funcionaram, em todos os papéis analisados.

Antes eu estava pensando em comprar Gerdau. Mas depois de ver aqueles gráficos todos, fiquei mais propenso a comprar Vale ou Petrobras. Como já tenho Vale, estou mais inclinado para o lado da Petrobras mesmo.

No gráfico diário, PETR4 configurou um padrão de reversão de alta bastante famoso, o engolfo de alta. Por conta disso hoje por duas vezes coloquei ordem de compra no aftermarket, mas nas duas cancelei a ordem pouco depois, antes de ser executada. Cancelei porque acho que dá para comprar um pouco mais barato amanhã, pouco depois da abertura. A menos que abra em gap de alta, creio que o papel deve passar por preços abaixo dos 32,33 que estava custando nos últimos minutos do after.

Caso eu realmente compre a PETR4, a idéia seria manter ela até chegar a uns 40 reais, pelo menos. Como dá para ver no gráfico postado anteriormente, parece que a cada vez que ela faz um pivot de alta e rompe a resistência do topo anterior, sobe o dobro do caminho feito até ali. Se parte dos 30 e o topo está nos 35, capaz de ir até os 40, então... (que análise fajuta, puro achismo).

Situação atual, por meio de vários gráficos

Olhando gráficos de algumas empresas significativas do Bovespa, dá para perceber que estamos em um momento muito interessante do mercado. Papéis bem importantes, como VALE5 e PETR4 estão dando ponto de compra, dependendo da análise. Mas será mesmo um bom momento? Vamos ver os gráficos.


VALE5 toca na LTA do canal de alta. Ponto geralmente muito bom para compra, caso a alta persista. Pelo gráfico é o melhor ponto de compra desde março deste ano.


PETR4 já está com uma configuração que eu chamaria de "perigosa". Furou o canal de alta para baixo. Será que se sustenta aí perto dos 31 reais, ou vai buscar o suporte dos 28?


GGBR4, olhando nessa janela de tempo (desde o fundão de outubro/2008) não está tão apetitosa como parece no gráfico postado ontem. Considerando canal mais longo, há um bom caminho até a zona de boa compra, perto da linha de base. Ontem considerei apenas o canal mais recente, e em relação a este, estamos em ponto crítico. Será que vai se manter nele, ou vem buscar pontos mais abaixo?


USIM5 tem uma configuração em alguns pontos semelhante à GGBR4. São dois canais, um de mais longo prazo, outro bem mais recente. No caso da Usiminas, o ponto em que está é muito interessante, pois se apóia na linha de base do canal de alta recente, e também sobre a linha superior do canal anterior, que agora deveria funcionar como resistência.


Por último, o IBOV, que representa todos estes e mais um monte de outros. Configuração semelhante a da USIM5, no sentido que se apóia sobre a linha superior do canal de mais longo prazo. Mas já furou o canal de alta recente para baixo.

As questões que surgem desta análise são:

- Não há como o IBOV despencar para perto dos 42 mil pontos se as ações aí mostradas não caírem também. Então, para o IBOV cair, será preciso que a VALE5 saia de seu canal de alta, que a Petrobras se afunde ainda mais, uma vez que já está abaixo de seu canal de alta, e que Gerdau e Usiminas retornem com força ao canal anterior, desconfigurando seus canais de alta recente, muito mais inclinados acima.

- Hoje VALE5 e PETR4 estão em bons pontos de entrada, na base de seus canais. Mas o IBOV ainda me parece muito alto, navegando acima do canal de longo prazo. Ou seja, o IBOV tem espaço para cair, mas se cair, vai levar esses papéis que hoje parecem em bom ponto de compra para níveis ainda mais apetitosos. Melhor esperar ou compra agora?

- GGBR4 e USIM5 também estão em pontos cruciais, mas não tão apetitosos como Vale e Petro. Olhando todas com o mesmo intervalo de tempo, dá para perceber claramente que o que ontem parecia ótimo, com outra perspectiva e comparação não é tanto assim.

Em suma, acho que é melhor esperar um tanto mais para ver para onde essa banda toda vai tocar, antes de comprar qualquer coisa. É bem possível que pechinchas deliciosas apareçam por aí com papéis bem seguros, caso o mercado como um todo resolva cair um tanto mais.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Essa também parece boa para entrar!

Olhem só o gráfico atual da GGBR4. Parece interessante para entrar, e pelos exatos motivos da análise da FESA4, publicada ontem.


Papel em alta, recém desceu a um importante suporte e o respeitou, índice de força no meio da tabela, média móvel ascendente, cotação em zona de boa compra...

O que pode dar errado? Simples, pode tudo cair, desconfigurar a alta, virar totalmente o jogo.

Tô pensando se entro nessa de novo. É uma empresa que gosto de ter em carteira. Confio na administração dela. Mas acho que vou deixar chegar mais para o fim do pregão, quem sabe até aftermarket. Segundo Alexander Elder (estou relendo) as cotações próximas da abertura são muito dominadas por ações de novatos, enquanto as de fechamento são consequência dos posicioanemtos dos profissionais do mercado.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Novo papel em carteira!

Após dias apenas estudando a empresa, acompanhando as cotações e esperando o papel chegar a um bom ponto de entrada, hoje foi o dia de começar a operação com a FESA4. Agora no aftermarket comprei 1000 ações a R$ 7,86.

Vamos às análises que fundamentaram a decisão de compra. Os dados fundamentalistas já postei aqui em outros momentos, não vou repetir. Vejamos o gráfico diário do papel, mostrando os últimos 3 meses:


1 - Tendência de alta: A média móvel de 22 dias (linha verde), apesar de ter dado uma "rateada" nos últimos dias, parece manter a configuração de alta. Não está claramente inclinada, mas olhando de perto a recuperação de mais de 3% do papel no pregão de hoje fez a linha da média voltar a apontar para cima.

2 - Zona de valor: olhando o canal representado pelas linhas vermelhas, vê-se com clareza que o papel furou ligeiramente a LTA de base do canal e retornou, respeitando essa zona como suporte. E de modo geral a aproximação da cotação à linha de base da LTA pode ser considerada uma área de boa compra, em papéis em tendência de alta.

3 - Suporte próximo: A linha azul mostra que o papel mais uma vez respeitou o suporte da zona dos R$ 7,50. Se eu fosse utilizar stops, esse seria o ponto, mas como cansei de perder dinheiro com proteções fajutas, não vou colocar.

4 - IFR: O Indicador de Força Relativa está na faixa dos 50 pontos, e com a alta de hoje, voltou a apontar para cima. Não é uma zona de compra ótima (seria entre 20 e 30, sobrevendido), mas tampouco é uma zona de compra temerária, acima dos 70.

Com o ingresso deste papel, a carteira está no momento composta por:

VALE5 - 300 x 30,18 = 9054,00
FESA4 - 1000 x 7,86 = 7860,00
Caixa - 9925,25
Total - 26839,25

Caso a tendência de alta do papel se verifique, é possível que eu amplie as compras de Ferbasa. Vai depender do andamento. Desta vez não quis entrar com tudo desde o primeiro momento.

sábado, 20 de junho de 2009

Análise fundamentalista

Em vários posts deste blog eu mencionei que tal ou qual empresa tem ou tinha ótimos fundamentos, ou coisa parecida. Só que, à medida que estudo mais sobre investimentos, mais percebo que quase nada entendo de análise fundamentalista. Sei ver alguns dados praticamente óbvios, como índice P/L, P/VPA, DY, Margem bruta e líquida, essas coisas. Mas não sei o que é um "fluxo de caixa descontado", e me atrapalho com coisas como EBITDA, ou índices EV/EBIT, por exemplo. Também me perco ao ler um balanço, um demonstrativo de resultados ou um ITR. Qual a importância de alguns daqueles dados, não faço muita idéia.

Hoje aproveitei o tempo livre no final de semana para ler demonstrações contábeis da Ferbasa. Aos meus olhos leigos, pareceram ótimas em vários sentidos. Baixo endividamento, margens operacionais boas, lucros constantes, líder de mercado, praticamente monopolista em alguns produtos. Uma empresa até aqui bastante saudável.

Mas há dados que trazem receio. Redução da produção muito forte, com parada de 5 alto-fornos. Redução enorme nos preços dos produtos de maior volume de venda. Altos estoques. Despesas administrativas crescentes.

O que me parece é que os preços das ações estão no valor que estão muito por conta do que se espera do futuro, mais do que se vê nesses dados do passado. Deve haver forte redução de receita, e de lucros (quiçá com prejuízo?).

A questão que me vem à mente é mais ou menos a seguinte - em tese a hora de entrar num negócio é essa, quando as coisas não parecem tão boas. Quando a ação está depreciada. Só que isso só é fácil nos livros, pois no hora do "vâmo vê" as dúvidas que vêm são de outra ordem. As questões que se pensa é "pode cair mais?", ou "pode levar anos para recuperar", coisas assim.

Pensemos por exemplo na Aracruz, que eu comprei a 1,60. Ela estava vindo de uma queda a 1,40, e navegava em notícias terríveis sobre os problemas com derivativos. Incerteza no ar. Não era algo absoluto e certo que pouco tempo depois o papel chegaria a mais de 3 reais. Mesmo quem acreditava nisso não sabia dizer quando. Agora é fácil olhar para trás e ver que baita oportunidade de ganho houve aí, mas naquele momento o cenário não era sopinha.

Um outro exemplo. Eu cheguei a comprar USIM5 a 22 reais, algo assim. Dia desses estava a 39. Quase 100% de ganho. Baita negócio, não é? Na hora não parecia tão provável, tanto que coloquei um stop-loss bem próximo, que foi acionado. Uma das perspectivas era de continuar caindo, em vez de subir. Hoje me arrependo da saída, mas convenhamos, agora é fácil ver que era um baita negócio, na hora não. Os jornais só mancheteavam notícias ruins, de quedas de preços, recessão, mercados paralisados e tal e coisa.

Em suma, é preciso muito sangue frio para fazer negócios realmente bons. Trade para 10% em cenário de alta de tudo não é tão complicado, mas ganhar 100% ou mais requer uma capacidade de nadar contra a corrente que precisa muito ser desenvolvida. É como uma frase de um livro sobre criatividade que tenho aqui em casa - é preciso olhar para o que todo mundo vê, e ver que ninguém está vendo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Será que segura de novo?

Em postagem de 20 de maio, fiz uma análise do gráfico do IBOV, onde abordei que o índice tinha rompido a linha superior do canal de alta, e parecia ter formado suporte numa linha paralela que conectava topos anteriores, passando a operar num canal ainda mais acima que o anterior.

Olhando o gráfico atual, parece que retornamos àquela suposta linha de suporte identificada naquele momento. Será que vai segurar de novo, ou voltaremos ao canal anterior? Hoje já teve uma altinha pequena, mostrando força nesse suporte.


Pode soar muito estranho, mas eu gostaria muito de uma liquidação agora. Uma queda até os 42 mil pontos, na linha de base do canal, não seria nada mau. Seria uma ótima oportunidade para eu corrigir uns erros cometidos nesse ano, umas saídas bobas que me tiraram boas oportunidades de ganhos.

sábado, 13 de junho de 2009

Apenas esperando

Nesta última semana fiquei só de olho nas duas ações que no momento me interessam, FESA4 e ROMI3. Andei lendo um pouco sobre cada uma delas, entrei nos sites oficiais, procurei notícias. Não encontrei nada que desabonasse. Mas nada muito animador, tampouco. Por exemplo, Ferbasa desligou alguns alto-fornos para ajustar a produção à queda forte de demanda, após aguentar a queda de receita por meses "no osso do peito".

A verdade é que só não comprei ainda FESA4 porque ela deu um salto de mais de 10% em um dia apenas, e ficou com todos os indicadores que eu prezo muito sobrecomprados. Como dá para ver no gráfico abaixo (diário, 3 meses), o papel está retornando de um passeio acima da linha superior das Bandas de Bollinger. O IFR andava acima de 70, e recém virou para baixo. Na minha opinião uma compra realmente boa se daria perto dos 7.50, junto à linha inferior do canal, num hipotético teste de sucesso aos suportes. Mas será que ela desce até lá? E qual seria o plano B, para o caso dessa queda não acontecer? Comprar acima de 8.30, como propõe Marcelo em um comentário em um post aí para trás?


Um lance que já identifiquei no meu comportamento, e que inclusive já até escrevi a respeito, é que tenho dificuldade de comprar papéis em forte movimento de alta. Em certo sentido isso é estranho, pois creio que deveria ser um prazer comprar algo que parece que vai subir feito foguete. Mas o problema é justamente saber identificar quando é que o combustível do foguete está acabando, ou seja, quando é que já subiu demais e vai começar a descer. Tem algum indicador que ajude nisso? Um IFR alto seria um bom indicador de que o papel vai continuar subindo? Ou pelo contrário, um IFR acima dos 70 indica já proximidade da queda?

O motivo deste meu receio é que já fiz algumas compras desagradáveis em rompimentos de resistências que depois não se confirmaram, e acabei com papéis comprados a preços ruins. Foi o caso de ELET3, no ano passado, e GGBR4 neste. Não recordo agora, apenas de memória, de alguma negociação que eu tenha feito nessa configuração que tenha dado certo. É possível que haja, mas não lembro. Lembro mais de compras perto de suportes, ou até depois de uma pequena retomada. mas também lembro de perder alguns bons foguetinhos por conta desse meu receio, caso típico da ARCZ6 agora há pouco, que vi subir dos 2 aos 4 reais sem coragem de comprar de novo.

Outro assunto. Comprei para meu filho o "Jogo da Bolsa". Interessante de jogar, dinâmico, e até poderia dizer instrutivo. Meu filho de 11 anos gostou, bem como seus amigos da mesma idade. Mas por outro lado, o jogo não aborda nem análise gráfica, nem análise fundamentalista, o que achei uma falha. Só faz conexão entre fatos e notícias e as cotações, como se essa influência fosse direta. Teria me agradado bem mais se levasse os garotos a ter que estudar ou compreender um pouquinho mais de dados fundamentalistas, ou de configurações de gráficos. Mas acho que a compra valeu a pena, no mínimo por fazer meu filho entender mais do que ele me vê tantas vezes fazendo no computador, e por nos providenciar momentos de diversão juntos.

Ah, junto com o jogo, como brinde, veio um livro que se mostrou melhor que o jogo em si. "Investimentos Inteligentes" de Gustavo Cerbasi. Gostei muito. O autor aborda o tema investimentos de forma ampla, sem focar exclusivamente no mercado de ações. É direto ao expôr as idéias, nunca fica em cima do muro, e não tem medo de dizer coisas que contrariam opiniões bem comuns nas revistas, jornais e sites especializados. Realmente vale a leitura. Ainda estou no meio, mas recomendo a todos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Posição 03 de junho

Tô ficando muito relaxado nos registros da posição da minha carteira. Deve ser porque tem um papel só, pouco muda. Mas isso não é desculpa, tenho que ser mais disciplinado.

VALE5 - 300 x 31,75 = 9.525,00
Disponível - 17.803,00
Total - 27.328,00

Análise de erros cometidos

Analisar criteriosamente as bobagens que faço é uma das principais funções deste blog. Sendo assim, vamos a mais uma rodada de mea-culpas:

Permaneci comprado em Petrobras, Gerdau e Aracruz durante semanas, meses até, só para perder a parte boa do movimento de alta em quase todas elas. Aguentei comprado quase todo o movimento de queda do ano passado, para depois, no movimento de alta, assistir com a carteira quase vazia e em prejuízo. Vamos ver os detalhes de tão desagradável performance.

- Na Petrobras, achei que já havia subido bastante, e vendi nos 27 para comprar toneladas de Aracruz. Não chegou a ser mau negócio considerando as possibilidades de alta da Aracruz, mas houve um erro de análise aí. A PETR4 não entrou em movimento de baixa em nenhum momento, pelo contrário, e eu fui afoito na venda.

- Na Gerdau, passei meses compradão a 16,30, enquanto o papel mergulhava até 11 reais. A compra já tinha sido errada, em primeiro lugar. Mas aí, quando engatou boa tendência de alta, eu resolvi colocar um maldito stop de proteção no preço de compra. Péssima idéia. Num dia de abertura em mau-humor, a cotação deu uma descidinha boba, e lá se foram meus papéis. No mesmo dia reverteu para alta, e de lá para cá chegou a mais de 21 reais. Imagina que lucro legal se eu ainda estivesse comprado a 16,30. Ganhei nadinha nessa operação, por medo, por bobeira. Se já tinha atravessado meses comprado em prejuízo, para quê ter ataque de medo e colocar stop novo? Mudanças de estratégia raramente dão bom resultado.

- Na Aracruz, já analisei o erro em outra postagem. Mais um para a conta dos stops. Nessa perdi a melhor chance de ganho de todas as que já embarquei, mais de 100% em poucas semanas.

Em suma, stops de proteção estão me protegendo dos ganhos. Mas não das perdas. Ou eu aprendo a utilizá-los direito, ou é melhor parar com isso de vez. No momento estou mais para parar com isso mesmo. Na VALE5, única posição em carteira, não tenho stops. Se comprar as outras duas ações que estou pensando, também não pretendo colocar.

Novas compras em vista

Estou quase convencido a comprar FESA4 e ROMI3, em iguais proporções, com o saldo disponível em conta. Só não comprei ainda por dois motivos:

- Quero conhecer mais dessas empresas, ver seus sites, saber o que produzem, quais seus mercados, pontos fortes e fracos, perspectivas para o futuro;

- Estou esperando para ver se elas sustentam os suportes nesse movimento recente de queda do mercado.

Nos dois papéis, havia sido rompida uma resistência há pouco tempo. Agora entramos em um movimento de baixa (muito saudável, aliás), e é preciso ver até onde descem as cotações destes papéis. O melhor cenário é uma queda à região de suporte, se mantendo acima deste. Mas não chegaria a ser totalmente negativo uma queda mais forte, mas com fundo mais alto que o anterior (o popular pivot de alta).

Caso efetive essas compras, o prazo será intermediário. Não é jogada para curto prazo, dias ou semanas. Meses são mais apropriados, talvez até o final do ano ou mais, para deixar os papéis cumprirem uma boa trajetória de alta (caso ela se mantenha).