Pois é, de uns tempos para cá a frequencia das minhas postagens aqui no blog caiu muito. Não é totalmente por acaso, e nem se deve apenas às férías. Acho que está mais relacionado ao fato de eu ter estabelecido uma estratégia, que é coerente com um cenário que ainda não se alterou.
A estratégia é comprar e manter. O cenário é de lentíssima retomada da Bovespa. Marcando o fundo em 27 de outubro, o IBOV vem pouco a pouco conquistando espaço, avançando para próximos dos 40 mil pontos, e até ultrapassando esse nível uma vez. Estou apostando que abaixo dos 30 mil não cai mais, e que vai ficar variando com muita volatilidade na faixa entre 35 e 45 mil pontos, por um bom tempo.
Mas, sempre é bom ver outros lados da questão, vai aí algumas considerações, ou cenários possíveis. Tudo pode ser apenas "viagem da minha cabeça", mas vale o registro, nem que seja para rir depois.
Estamos nas vésperas da posse do Obama. Tradicionalmente os mercados sobem antes dos fatos positivos, e caem logo depois deles. O inverso quando o fato é negativo. Então, vai que essa retomadinha que se vê nos gráficos, dos 30 aos 40 mil pontos, está só esperando Mr. Obama sentar no salão oval para derreter?
Espaço para cair mais sempre há. Eu vez por outra olho o poster da corretora Enfoque, só para ter uma boa visão histórica. E lá, nos três grandes períodos de baixa, se vê com clareza - perdas acima dos 80%, e anos para recuperar o mesmo nível. Desta vez não chegamos (ainda?) aos 80% de queda, parou de cair nos 60%, não calculei direito.
A questão então, dadas as considerações, é o que fazer a respeito. Como proteger o capital investido? Na mega-queda de maio/junho/julho e tal eu falhei fragorosamente na proteção do meu capital. Assisti comprado e sem stops quedas homéricas, especialmente em VCPA4. Como vou fazer desta vez?
Penso na questão dos stops. Em Petro e Vale nem vejo necessidade, pois já estou num prejubão monstruoso, considerando os preços de compra. Mas Gerdau e Aracruz estão no lucro. Gerdau não vejo como colocar um stop em ponto que seja acima do prejuízo, poque se fizesse, a chance de violino seria enorme. Comprei a 16,35, que agora está bem na faixa da volatilidade dos preços. Caiu a 15,30, agora está em 17, de modo que marcar 16 é pedir para sair do jogo, e isso não me interessa.
Na Aracruz poderia colocar um stop no lucro ainda. Mas não vejo um bom suporte, consistente, nos gráficos. Colocar em um valor arbitrário não me agrada muito. Eu não gosto de ser stopado à toa.
Essas são as questões atuais. Se o cenário virar para queda consistente, seria interessante vender ainda no lucro e recomprar mais abaixo. Ou mesmo vender no ponto que está e comprar mais abaixo. A dúvida é sempre se vai cair mais mesmo, ou se é só movimentação de um dia, no outro vira.
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