segunda-feira, 18 de julho de 2011

I'm back!

Olá pessoal, estou de volta!

Passei um tempão aí mais preocupado com as coisas do meu trabalho, e travado nas ações da Petrobras que não se livram da tendência de queda, e permanecem paralisadas entre 23 e 24 reais.

Mas agora estou de férias, e muito motivado pela experiência de um bom amigo, resolvi tirar esse tempo para estudar mais sobre investimentos em valor, e em análise fundamentalista. A ideia é aprender mais sobre como ler  os demonstrativos financeiros de empresas e captar ali informações que possam dar base a boas compras.

Aí, como primeiro passo, comprei um livrinho - "Warren Buffet e a Análise de Balanços", de Mary Buffet e David Clark. Comecei a leitura hoje, que também é oficialmente o primeiro dia das minhas férias de duas semanas.

Bom, até agora só li umas poucas páginas, o suficiente para NÃO me entusiasmar com o livro. É interessante que quanto mais a gente lê e estuda investimentos, mais percebe que a maior parte da literatura dessa área é "pega-trouxa". São livros primários que tentam vender uma esperança em resultados muito acima do possível. Esse que comprei é um deles. Vou enumerar algumas razões para essa má avaliação que já fiz dele:

- A autora foi esposa de um filho de Warren Buffet, se divorciou lá nos idos de 1983, mas até hoje usa o nome do carinha. Por que? Óbvio, o nomezinho Buffet agrega valor para quem escreve livros.

- Essa mesma duplinha de autores tem mais uma porção de livros com "Warren Buffet" no título. Claramente são parasitas do sucesso alheio. Vivem de vender o que não criaram e o que não lhes pertence. Não criaram uma técnica sequer de investimento.

- Já nos primeiros parágrafos a autora se dá ao desplante de desmerecer Benjamin Graham, alguém que o próprio Warren Buffet sempre elogiou como seu maior professor.

- Algumas páginas à frente, os geniais autores afirmam que Warren Buffet descobriu uma maneira de REDUZIR riscos e AUMENTAR ganhos. Se isso não é vender ilusão, não sei o que é. Totalmente irreal.

Em suma, parece um livrinho de auto-ajuda, dos mais rasteiros. Daqueles que vende o paraíso como se estivesse logo ali na esquina. Não é o único nessa seara, pelo contrário, está cheio de más companhias em volta.

Mas, como eu já paguei por esse mico, vou até o fim na leitura. E vou tentar tirar algo de útil dele. Sempre se aproveita alguma coisa com uma leitura crítica.

2 comentários:

  1. Terminei a leitura do livrinho, foi obra para apenas um dia. É uma espécie de "demonstração contábeis para dummies" misturado com Lair Ribeiro. E ainda destila em vários pontos uma mágoa com o mestre Benjamin Graham injustificável.

    Pouca coisa se aproveita dele. Se espremer com força, só sobra o conceito mal definido (nele) de vantagem competitiva durável. Melhor ler Porter no original para entender mais a respeito.

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  2. "Misturado com Lair Ribeiro" é ótimo, rsrsrs ótimas observações pra nunca perder meu precioso tempo.

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