sexta-feira, 31 de outubro de 2008

26% em dois dias

ARCZ6 continua surpreendendo. Hoje subiu um pouco mais, fechando em 2,56. Em dois dias valorizou 26%, uma enormidade.

Tem um lance interessante aí - essa alta desperta um medo de novas quedas (que acho que vão acontecer, de qualquer jeito), e aí começo a pensar em vender em alta, esperar cair e comprar de novo, essas coisas.

O problema é que isso é bem difícil de fazer. Na teoria, ou na análise do gráfico já passado, é facílimo. Mas na prática, quase uma impossibilidade. Eu poderia vender na abertura na segunda, mas quem saberá se depois disso cai? Pode bem subir ainda mais. Pode nunca mais voltar aos patamares anteriores.

Ou por outro lado, como saber quando já caiu o suficiente? Lá em abril, quando vendi GGBR4, a idéia também era comprar de novo, mas não consegui. Não chegou no preço que eu pensava, e aí voltou a subir. Enquanto isso eu esperava uma queda que não aconteceu mais.

Sei não. Acho que vou ficar só olhando mesmo. A idéia é vender quando passar dos 10 reais a ação. Aliás, eu deveria era estar pensando quando é que vou comprar mais dela, e não quando é que vou vender!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Otimismo e surpresa

Bateu uma onda otimista aí na galera, huh? Três pregões com fortes altas, seguidos! Que é isso, a crise já acabou? Duvido muito.

Aliás, em mercado de baixa, deve-se duvidar de toda alta. A seguir a tendência (e é o que tendências fazem...), a alta é sempre transitória. Como essa agora deve ser também. Uma hora aí vai vir uma daquelas notícias avassaladoras, e cai tudo de novo.

Enquanto isso não acontece, olha a surpresa aí! Comprei as ARCZ6 ontem, meio sem compromisso, fui ver hoje, 25% de valorização. Num pregão apenas! Eta pulo bonito, hein? Mas não vou me entusiasmar com isso, porque não comprei para jogadinha curta. Pode me acusar de ganância exacerbada, mas quero 300 ou 400% de valorização nessa. Só que pretendo esperar anos para isso. Acho possível.

Essa alta aí dos 3 dias colocou duas posições minhas em lucro - ARCZ6 e GGBR4. Fico aqui pensando se seria apropriado colocar um stop-loss nelas... não tenho certeza ainda, mas vou pensar na hipótese. Porque poderia vender no 0x0, e recomprar mais abaixo, em cenário de queda. É uma idéia...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma aposta nova

Hoje resolvi me permitir uma pequena insanidade. A despeito de todas as notícias ruins que vem aparecendo sobre a empresa, me deu na idéia de comprar ARCZ6 - Aracruz Celulose. Agora no after, comprei 500 ações dele, a 2,01 cada.

É uma aposta pequena, pouco mais de 1000 reais envolvidos. Nada que vá doer, se der errado.

Agora, por que comprei logo Aracruz? Tem um lance meio emocional aí. Por um bom tempo eu vivi em uma cidade próxima a da empresa, no Espírito Santo. Quando tinha consultório, era credenciado da empresa, minha mulher também. Posso dizer que por muito tempo a Aracruz nos sustentou com seus funcionários fazendo tratamento.

Tenho amigos que trabalharam lá, alguns ainda trabalham. Lá no ES, é uma empresa super respeitada, sólida, base da economia de vários municípios da região norte. Grande exportadora de celulose para o mundo todo, talvez a maior de todas, não sei direito.

Nos últimos tempos a empresa parece estar passando por dificuldades, relacionadas a operações de hedge cambial. Teve um prejuízo bem grandinho comunicado ao mercado, ao encerrar essas operações. E por conta disso, o valor da ação foi duramente penalizado, caindo feito meteoro ao chão. Lembro de ver ARCZ6 há alguns meses rondando os 12 reais, agora tá nos 2... Tá certo que não devemos olhar os topos antigos, que podem demorar trocentos anos para voltar, mas se esse papel se recuperar daqui para a frente, tem espaço para crescer uma enormidade.

Sintetizando um pouco, e tentando colocar um pouco de racionalidade aí, eu estou apostando que os problemas da empresa são temporários, e que passada a crise, daqui a uns dois ou três anos, ela vai melhorar muito. E aí resolvi encarteirar um tantinho dela para lá na frente. É uma aposta, mas de longo prazo.

Alguns indicadores fundamentalistas, só para registro do momento:

VPA: 3,85
P/L: -2,05
LPA: -1,01

Vale registrar que a empresa vem distribuindo dividendos e juros sobre capital próprio desde 1996 ininterruptamente, o que para mim configura que o problema é do momento, e não estrutural (mas eu entendo pouco disso e posso estar errado aí...)

Bom, é uma aposta apenas. Tô comprando por 52% do que o patrimônio da empresa vale, o que me parece ótimo. O futuro vai dizer se fiz certo ou errado.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Indicadores interessantes

Depois dos dados da Metalúrgica Gerdau, resolvi fazer a mesma pesquisa para as minhas outras prediletas:

PETR4
VPA - 14,78
LPA - 3,00
P/L - 6,04

VALE5
VPA - 17,81
LPA - 4,41
P/L - 4,59

GGBR4
VPA - 10,69
LPA - 2,29
P/L - 4,63

De todas, a GOAU4 é a mais apetitosa no momento. Acho que vou mudar meu foco, da GGBR4 para a GOAU4. Todas as duas tem 4 estrelas no Value Investing, então atendem meus critérios.

Já Vale e Petro eu já tenho suficiente. Embora meu preço médio em qualquer das duas não seja uma delícia, a jogada já está feita nessas, agora é esperar os anos passarem e a vida melhorar.

Bom, talvez ainda compre um lotezinho de Petro qualquer dia desses... não vou fechar a porta para a minha favorita.

Comprar valor

Quer comprar ações de uma empresa por menos do que o valor patrimonial dela? Ou seja, por menos do que valem seus ativos? E ainda por cima, de uma empresa classe A, bluechip da Bovespa, ícone do mercado brasileiro?

Ahá, agora você pode! Metalúgica Gerdau (GOAU4)! Segundo o site Fundamentus, o VPA (valor por ação) da GOAU4 é de 17,71 reais, e hoje, mesmo com uma alta fenomenal de 21%, o papel está cotado em 17,30, abaixo do valor patrimonial. Outros dados interessantes da mesma empresa: P/L de apenas 4,04, LPA de 3,53.

Daqui a um bom tempo, anos talvez, vai ter trocentas pessoas se perguntando "por que raios eu não comprei ações dessas empresas quando elas estavam sendo vendidas por pouco mais que nada?".

Muitas pessoas dizem por aí que não há como ter referências no momento para dizer se um preço está alto ou baixo. Eu discordo. Há referências históricas, séries longas e indicadores baseados nos fundamentos que possibilitam dizer isso. Um deles é o VPA. Uma empresa boa vendida por menos que seu valor patrimonial é uma pechincha em qualquer época.

Posso ser meio louco hoje, por estar comprando papéis no meio dessa confusão toda, mas sinceramente, a bagunça não vai durar a vida toda, no final da coisa as empresas (especialmente as mais sólidas, tradicionais e conservadoras) vão continuar fazendo seus negócios, e a vida vai voltar ao normal. Aço vai continuar sendo matéria prima essencial à vida moderna, como petróleo também.

Eu sei que os preços podem cair ainda mais. E devem, acredito. Só que não tenho bola de cristal para descobrir onde é o fundo exato, então prefiro ir comprando aos poucos, em pontos que me agradem.

Que loucura é essa?

Tá certo que a volatilidade tem estado fora do padrão, maior que em qualquer outra época passada. Mas já está demais da conta, não? Um dia cai 10%, no outro sobe 12%? Coisa de doido.

Hoje, por um lance de absoluta sorte, abri o HB e a alta era de apenas 1%. Resolvi comprar um lote de Petro, a pouco mais de 18 reais. Como eu havia falado no post anterior, me parecia um preço deveras apetitoso. Comprei a 18,35, no final das contas, um lotezinho só, seguindo aquela idéia de comprar aos poucos.

Me deu vontade de comprar mais Gerdau, que naquele momento estava nos 10,70. Mas não comprei, preferi esperar cair até 10 ou abaixo.

Bom, depois que comprei, fui fazer outras coisas. Desliguei de bolsa. Quando entrei no HB de novo, já estava 8,5% acima! E agora no final da tarde, fui ver o fechamento, 12% acima! Se eu quisesse ganhar uns trocos num day trade, tirava uma graninha esperta dessa jogada na Petro, veja só. Mas como meu lance não é trade curto, vou juntar esse lotezinho com os anteriores e baixar o preço médio.

A estratégia segue a mesma. Ainda tenho uma graninha guardada esperando melhores horas para compras. Daqui para frente pretendo comprar mais um lote de Petro, e uns dois outros de Gerdau, se der. Mas sem pressa, pois como dizem por aí, a tal da crise veio para ficar um bom tempo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Melting down absoluto!

Abri o home broker agorinha para ver as cotações, quase caí da cadeira! PETR4 a 18 reais! Caraca, é impressionante! Eu estava esperando cair a 20 para comprar mais um lote, mas a queda foi muito maior que eu esperava! Eu sei que o topo histórico não serve mais para referência, mas dá 66% de queda até agora. Significa que 2/3 do valor de mercado da empresa simplesmente evaporaram, desapareceram.

Outra que estou monitorando para comprar mais, a GGBR4, está quase no ponto imaginário que estabeleci, a 10,60. Baixando dos 10, fica ainda mais apetitosa! Essa já caiu ainda mais desde seu topo. Praticamente reduziu a 25% do valor que já chegou a ter, ainda esse ano.

Bom, mas... ainda assim não comprei nenhuma das duas. Não há nenhum sinal de que a queda tenha acabado, muito pelo contrário... e até agora não perdi nada por esperar mais. Deixa o desespero tomar conta dos mercados, que no final da bagunça eu vou entrar no rescaldo com um apetite enorme!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nada de novo sob o sol

Estou nesta semana 'internado' em um evento do meu trabalho, acessando internet somente em farpinhas de tempo. Só o suficiente para me inteirar do que está acontecendo, das cotações, e do circuit braker de cada semana.

Falando nisso, ontem teve mais um. Mas não levou os preços a patamares muito mais interessantes que já estavam, apenas corrigiu umas altas que andavam já acontecendo.

Hoje está caindo mais 5%. PETR4 a 22 reais, GGBR4 a pouco mais que 12. Valores interessantes, mas não tanto que me entusiasme a comprar. Inventei que quero comprar Gerdau a 10 reais e Petrobras a 20, e estou esperando chegar nesses pontos.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Uma pequena volta ao passado

Um leitor, que infelizmente não se identificou, encontrou uma postagem minha em janeiro deste ano deveras interessante. Leiam ela aqui: Análise Ibovespa longo prazo

Primeiro um metacomentário ao assunto - essa é exatamente idéia por trás de manter um blog como esse, em que registro meus pensamentos, análises, dúvidas e erros a respeito da Bolsa. Poder 'voltar no tempo' e perceber como estava pensando, quais eram as dúvidas, quais eram os dados de base, e que ações tomei. Esses são momentos privilegiados de aprendizagem, em que fecha o ciclo ação-consequência-análise-conclusão.

Voltando ao postado lá em janeiro, fico aqui pensando por que eu mesmo não agi de forma coerente com o que escrevi. Por que me deixei envolver pela atmosfera reinante de otimismo da Bovespa nos 4 primeiros meses do ano, quando tudo ainda parecia possível.

A conclusão que chego, em primeira análise, é um tanto condescendente comigo mesmo - eu sou apenas um iniciante algo estúpido, inseguro a respeito dessas coisas todas, com pouco conhecimento técnico no assunto e limitada experiência no ramo.

Outras conclusões menos lisonjeiras são possíveis e virão com um pouco mais de pensamento a respeito desse assunto.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Repiquinho de nada!

Subida forte no primeiro dia, subidinha merreca no segundo, mega queda no terceiro! Alguém aí ainda duvida que estamos em tendência de queda? E em tendência de queda, o que os preços fazem, normalmente, é cair!

Ainda bem que eu estava receoso dos otimistas. Acho que o pior ainda não passou, e que esse buraco não chegou ao fundo. Mas não tenho dados para embasar a 'achologia'. É só palpite mesmo.

Bom, hoje eu desempatei a dúvida anterior. Resolvi fazer duas jogadinhas.

- A primeira foi uma troca de ativos. Aproveitando uma momentânea igualdade nos preços, troquei ELET3 por VALE5. A idéia por trás dessa troca é a de que a Vale tem maiores possilidades de alta em um cenário de retomada, no longo prazo. E outro motivo foi bem menos nobre - baixar o preço médio da minha posição em Vale5.

Eletrobras foi uma compra que desde o princípio, não me agradou. Entrei no momento errado, apostando num rompimento de resistência que não se confirmou. Resultado, entrei no topo, e dali para frente só perdi valor. Ao mesmo tempo, foi um papel razoavelmente defensivo, pois nessa bagunça toda foi um dos que menos caiu até agora, dos que acompanho. Mas para o futuro, não vejo grandes perspectivas para esse papel. Em uma retomada, vai subir até onde já esteve, mas não acredito que vá muito mais longe. Vale5 já me parece mais promissora.

- Outra operação foi uma compra de um lotezinho de GGBR4. Pretendo comprar mais dessa ainda, mas com o tempo. Vou comprar aos poucos, como já venho fazendo com Petr4 e Vale5. Motivos para a compra são os fundamentos da empresa, que são ótimos.

O horizonte dessas operações é de muito longo prazo. A menos que eu vá comprar um apartamento, essa grana vai ficar nas ações, nem que seja esperando uma retomada distante. A idéia por trás é investir em valor.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Taí o repique?

Será esse o repique que a gente esperava para semanas atrás, quando da aprovação do pacotão americano? Ontem deu +14%, hoje já está 3,44% acima, a festa parece estar começando.

Outros dados interessantes sobre a loucura que está o mercado. Ontem um alto funcionário da corretora Ágora disse, em uma entrevista à Radio CBN, que o pior da crise já passou. Pouco depois, li no jornal que um relatório do FMI diz o mesmo. 'Péra aí', digo eu, e o que aconteceu semana passada, já é para esquecer? Assim tão rapidinho? Toda aquela queda, sete pregões seguidos, 3 circuit break acionados em uma única semana, tudo aquilo já é passado mesmo?

Eu estou receoso diante disso tudo. Ainda não creio em alta consistente, tenho medo de logo ali na frente o ânimo virar e outra queda monumental pegar todos no contrapé. Por conta disso, não montei nenhuma aposta nova, embora esteja pensando em comprar algumas GGBR4.

Falando em apostas, estou me arrastando para fazer um dever de casa auto-imposto: verificar com cuidado as empresas que estão com indicadores fundamentalistas ótimos, altamente sub-valorizadas. Sei que já tem empresa aí com valor de mercado abaixo do valor patrimonial, mas ainda não sei quais são elas. Para um cenário de retomada e com horizonte de pelo menos 5 anos, essas são as melhores apostas, eu penso.

Um adendo antes das possíveis críticas, não é apenas por estar sub-valorizada que a empresa se torna um bom negócio. Tem que ver o porquê da sub-valorização, se é problema pontual, do momento, que claramente não vai perdurar, ou se é indício de quebradeira, problema estrutural e coisa e tal. Uma das fontes que dá para usar para saber essas coisas é aquele site "value investing" que já citei, e que consta da lista de links. Dá para ver nele as empresas 3 e 4 estrelas, e depois analisá-las com mais cuidado, juntando dados e notícias locais.

Para finalizar, apenas para não deixar sem registro as dúvidas e inseguranças do momento - uma parte de mim está me recriminando por não embarcar nesse repique, enquanto a outra parte apela para a cautela, lembrando das quedas recentes. Essa briga interna está longe de acabar, e é difícil conviver com ela. Acho que estou precisando parar para pensar melhor em qual estratégia vou utilizar nesse cenário incerto, e depois devo me ater a ela estritamente.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Uma semana histórica

Você tem noção de que acabou de viver uma semana que vai constar de todos os livros de história daqui a 50, 100 anos? Uma semana que talvez em algum momento alguém lhe peça para descrever, perguntando "como foi estar vivo naquele momento?"

A semana que hoje encerra foi uma dessas semanas. Talvez venha a ficar conhecida como "o crash de 2008" nos livros de história e revistas de negócios, daqui a algum tempo. Uma semana em que as bolsas de praticamente todo o mundo caíram juntas, mais de 20%, apesar de todas as medidas e pronunciamentos dos diversos governos envolvidos! Uma semana em que as ações de um ícone do capitalismo e do século XX, a General Motors, caíram 30% (60% em um mês), jogando o valor de mercado da empresa de volta a valor de 1950!

Tudo isso são acontecimentos absolutamente históricos, únicos, irrepetitíveis. Um momento singular, sem padrões de comparação, sem nem base para estudo.

Por um lado, está me doendo toda a perda que já tive e continuo tendo com meus investimentos em renda variável. Mas por outro, que maravilha estar participando deste momento com toda essa atenção. Se eu não estivesse investido, não estaria tão ligado. Se não estivesse doendo no meu bolso, não estaria estudando tanto, lendo tantas coisas a respeito, aprendendo tanto.

Porque vamos convir, uma semana histórica também é igual a qualquer outra. Você acorda, toma banho, escova os dentes, trabalha, almoça, trabalha, volta para casa e tal. A rotina é igual a qualquer outro dia da vida. Por exemplo, eu estava vivo no crash de 87, no estouro da bolha da internet em 2001, e vou confessar, pouco lembro desses momentos. Não tinha dinheiro investido, e portanto pouco me importavam as bolsas e suas maluquices. Já agora é bem diferente, mas apenas no sentido de que desta vez eu me importo mais.

Atualidades:

Hoje foi mais um dia de queda intensa, mas que acabou amena. Circuit braker acionado já de manhã, como também aconteceu outras vezes nessa semana. Tudo caindo inapelavelmente, sejam empresas boas, sejam micos. Já tem muita empresa aí com valor de mercado abaixo do valor dos ativos, o que configura excelentes opções de compra. O site "Value Investing" (link aí ao lado) aponta pelo menos 3 empresas brasileiras com categoria 4 estrelas na análise de investimento usando a Fórmula Graham. Não por acaso duas delas estão entre as minhas favoritas - Gerdau e Metalúrgica Gerdau.

A verdade é que estamos em liquidação. Seria uma excelente oportunidade de compra, se não fosse o fato de que deve cair ainda mais. A desgracera está no meio, ou assim esperamos, porque se estiver no início...

Bom, melhor aproveitar o momento histórico para aprender quietinho como as coisas acontecem. Ações efetivas, só quando a poeira assentar um pouco mais, o que não parece que vá acontecer muito cedo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sumi do mapa!

Uma semana sem novas postagens no blog! Que vergonha!

Estive viajando nesse tempo, visitando a família que mora longe, aproveitando umas folgas acumuladas no trabalho. Nesse tempo, não fiz nem desfiz operação nenhuma no mercado, apenas acompanhei as notícias meio de longe, por telejornais e afins.

Não vi, nessa semana toda, nenhuma notícia que modificasse o meu pensamento a respeito da atual crise e conjuntura de investimentos. A bagunça continua feia e avançando, o pacotão americano não mudou nada, os pacotinhos europeus que estão saindo a conta-gotas tampouco, e portanto a ladeira continua inclinadíssima abaixo.

Eu acredito que as cotações vão baixar ainda mais. Essa é uma crise sistêmica, está mal e mal no meio, tem muito a acontecer ainda. Em crises monstruosas anteriores (71, 86, 97), a queda passou dos 80% (veja gráfico histórico da Bovespa na Enfoque). Hoje estamos em mais ou menos 48% de queda, desde o TH de maio, então espaço para cair certamente tem, e muito.

Tempos atrás eu postei um gráfico aqui, mostrando que o IBOV poderia cair a 41 mil pontos sem perder a configuração de alta de longo prazo. Bom, já passamos abaixo dos 41 mil pontos. O que isso singnifica? Que todas as análises e previsões feitas com base em gráficos desde 2002 não são mais tão válidas quanto antes. O movimento atual de queda já anulou por completo a configuração anterior. Se é que alguém aí ainda não acreditava, é mercado de baixa mesmo. As regras são outras, portanto tenha cuidado com análises de curto prazo.

Ações para o momento:

Nenhuma. Quieto olhando a bagunça rolar. Apesar da tentação que parecem os preços atuais (Gerdau a 15 reais é inacreditável!), não me parece ainda um ponto de entrada relevante. Acho que cai mais, não sei quanto, mas bem mais. E outra coisa que acho é que a recuperação não vai ser rápida. Em crises anteriores levou anos para voltar aos topos, não tem porquê agora ser rapidinho. Por isso, também não precisamos ter pressa no retorno às compras.

Para ser bem sincero, ao invés de compras, ando pensando em vendas. Vender as posições que montei tempos atrás (Petr4 a 36 e 33, Vale a 39 e 36) e esperar para comprar bem mais abaixo. Vale a pena dependendo do quão mais abaixo tudo isso vai. Só que esse é exatamente o detalhe que é impossível de saber.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Comprar ou não, eis a questão.

Hoje a VALE5 bateu em um dos pontos que eu tinha marcado anteriormente como de compra - 30 reais. Fiquei numa dúvida atroz se seguia a estratégia definida tempos atrás, ou se o cenário atual justificava uma mudança nos planos de ação.

Ainda estou em dúvida, mas não comprei nada até o momento. Motivo? Acho que vai cair mais, bem mais. O repique que eu esperava vir, com a aprovação do pacote, não veio. Está todo mundo vendo que a coisa toda é bem pior que se pensava, e piora ainda mais a cada dia que passa.

Eu penso que estamos ainda no meio de um grande movimento de baixa, que vai durar um bom tempo ainda. Olhando graficos historicos de longo tempo, dá para ver que os grandes movimentos de queda com frequência são durarouros e persistentes, levando as cotações a caírem mais de 80%. Hoje, as bluechips prediletas estão com quase 50% de queda acumulada desde seus TH, então tem espaço ainda para cair muito mais.

Por outro lado, advogando pela compra, 30 reais parece um bom preço, especialmente para quem ainda lembra que em maio o mesmo papel foi negociado a 59. Outro motivo é que hoje está caindo uma barbaridade, o que sugere que deva haver uma correção de uns 4 ou 5% por perto, amanhã, quem sabe. Poderia tentar uma jogada rápida.

Sei lá. Muita dúvida. Posso estar perdendo uma oportunidade, mas no momento o medo está mais presente. Cansei de ter esperança e me dar mal. Acho que vou ficar é quieto no meu canto, só olhando e aprendendo.