quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tempos fora

Passei uma semana aí sem postar nada. Por um simples motivo, não havia nada a dizer. Estou com as mesmas posições da última postagem, e nenhum fator signifativo se alterou. Os preços oscilaram um pouco, como é natural, mas se mantiveram acima das faixas identificadas anteriormente como suporte.

Vou dizer uma coisa - acho que estou parando com as jogadas especulativas. Fiquei aí essas últimas semanas me divertindo com entradas e saídas, e o resultado foi pífio. Não ganhei nem perto do que a bovespa valorizou no período, aliás, longe disso.

Essa constatação me leva a pensar sobre essas estratégias, e mais uma vez, a validade dos stops próximos. Em duas das entradas que saí stopado, USIM5 e GOAU4, se tivesse ficado com os papéis estaria em boas condições agora. Muito boas até, se fosse com a USIM5. O medo de perder impede que se ganhe.

Estou chegando, mais uma vez, à constatação que para ganhar dinheiro de verdade, só comprando em pontos significativos, e encarteirando por longos períodos. Nessa estratégia, o crucial é acertar o tempo de compra. Não precisa ser no mais absoluto dos fundos, mas também não se deve ficar esperando mil confirmações de retomada. Um tanto de aposta e risco sempre existe.

Coerente com esse pensamento, creio que cheguei a uma carteira que me agrada manter por um bom tempo. PETR4, VALE5, GGBR4 e ARCZ6. Todas me parecem ter bom potencial de crescimento, no longo prazo. Vou mantê-las em carteira e ver no que dá.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Duas novas posições

Sabe qual é, eu acho que já configurou fundo nessa queda toda. Foi dia 27 de outubro passado. Fez até fundo duplo, com 21 de novembro. Daqui para frente ou sobe, ou fica lateral, mas mais abaixo que já esteve, só com fatos novos. Uma boa porção deles.

Nesses três últimos dias várias ações configuraram pivot de alta. GGBR4, GOAU4, USIM5 entre elas. Bateram fundo, subiram, caíram um pouco de novo (sem chegar ao mesmo nível de antes) e agora superaram o topo anterior. Configuração clássica de pivot de alta.

Considerando então que alguns dos meus papéis preferidos mostram essa figurinha altista, e superaram resistências até certo ponto significativas, resolvi fazer outras apostas. Comprei novamente GGBR4 e ARCZ6.

GGBR4. Comprei a 16,35. Não é o melhor preço imaginável, já que subiu bem nesses dias. Mas vamos lá, se não tivesse subido, não tinha vencido as resistências, não é mesmo? Comprei só depois de romper as resistências, que espero que virem suporte. Pretendo até colocar stop abaixo delas, estratégia clássica de Alexander Elder.

ARCZ6. Comprei a 1,91. Essa é aposta mesmo. Olhando o gráfico eu achei que fez fundo, e está andando de lado já há vários dias. Não vi um pívot de alta tão configurado como nas outras, mas resolvi apostar que daí para mais baixo não vai. As jogadas esquisitas com derivativos e seus prejuízos já foram precificados, agora é andar para frente. De qualquer modo, stop próximo do menor dos fundos.

E é isso por hoje. Acho que vou atravessar o Natal e as festas de fim de ano com essa carteira atual, que tem:

- PETR4, 300 ações, preço médio de 29,42 (-26,17%)
- VALE5, 300 ações, preço médio de 35,92 (-30,40%)
- GGBR4, 300 ações, preço médio de 16,41
- ARCZ6, 1200 ações, preço médio de 1,92

Total da carteira: 21.424,00

Resultado desde que comecei a operar: -38,78%
(bem ruim, mas menor que a queda total da bolsa, que está hoje em -47,40%)

sábado, 6 de dezembro de 2008

Essa dica vale a pena

Essa é para iniciantes e outros panacas como eu, que ainda precisam aprender muita coisa para apenas parar de perder dinheiro na bolsa.

Um leitor anônimo, comentando uma postagem lá de 30 de janeiro, passou a dica de mais um blog precioso, o de Dalton Vieira (http://www.daltonvieira.com/ - já está na lista de links ao lado).

O blog oferece ouro para iniciantes: análises técnicas em vídeos! Dá para entender com clareza a aplicação de todos os conceitos, e ver o uso das principais ferramentas, como histograma MACD, OBV, IFR. É fantástico, duzentas vezes melhor que ler livros a respeito. Ih, exagerei nessa. Digamos que não substitui os livros, mas os complementa perfeitamente.

Como já falei montes de vezes, não sou dos 10 mais fanáticos por AT. Não confio em suas previsões, simplesmente. Entretanto, acho extremamente útil para entender o passado. A AT é um sistema preciso de registro do comportamento humano no mercado, e embora não fale nada do futuro, ajuda tremendamente a compreender como as coisas estão acontecendo. E essa compreensão pode ser fundamental na hora da tomada de decisão - comprar agora ou depois, o que comprar, etc.

Dois metacomentários:

- O que a internet oferece de maior valor hoje para o aprendizado são os blogs. Não tem tamanho o que é possível encontrar na blogosfera. Blogs hoje são muito melhor que os sites de notícias, por exemplo, e na minha opinião, superam até os fóruns especializados. Hoje eu prefiro muito mais ler o Clube de Viena, o Trading in Blog e o Giuoco Piano a ler as notícias ou até os comentaristas do Investshop e Portal Exame.

- Acho engraçado quando surge um comentário em uma postagem já bem antiga. Essa é a segunda vez que acontece de alguém comentar uma postagem lá do início do blog. Como esses leitores acham essas postagens?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Já era minha jogada com GOAU4

Nem sempre dá certo, não é mesmo? A aposta na GOAU4 não resistiu um dia inteiro. Bateu stop pouco depois da abertura do mercado. Saí a 18,38.

Mas sem ressentimentos. Configurei o stop assim curtinho mesmo, de propósito. Não era para encarar flutuações negativas, era para aproveitar um possível movimento de alta, que não veio. Está tudo em baixa hoje.

Resultado da jogada - prejubinha de 135 reais na conta.

Falando em lucro e prejuízo, em novembro terminei com lucrinho de 303 reais nas operações fechadas naquele mês. Todas com esse dinheiro que chamei de "capital especulativo".

Segue o barco então. Vou ficar olhando a queda pra ver até onde vai, e depois escolho uma nova aposta.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Agora é na GOAU4

Nova jogadinha na parada. Comprei 400 GOAU4 agora à tarde, a 18,60. Quando entrei no HB, o papel estava oscilando entre 18,77 e 18,90. Olhando o gráfico intraday, achei que 18,60 era um valor mais apropriado, próximo do que parecia o suporte, em 18,45. Deixei ordem de compra configurada, com valor específico.

Agora, ao chegar em casa e abrir novamente o HB, vi a ordem executada. Sou temporariamente sócio da metalúrgica Gerdau, com minhas 400 unidadezinhas dela. E para minha alegria, já estou no lucro, pois ela subiu para 18,97.

Assim como na jogada com Usiminas, esse é meu capital especulativo, para jogadas curtas. Estou apostando na possibilidade de uma altinha qualquer nos próximos dias, caso não apareçam notícias impactantes. Dentro da flutuação normal destes dias. Vou acompanhando de perto, e ao menor sinal de queda, tô fora. Stop inclusive já está configurado.

sábado, 29 de novembro de 2008

Para onde vamos?

Estava dando uma olhada em gráficos de algumas das minhas preferidas, e percebi dois movimentos distintos.

De um lado, há papéis que fizeram fundo em 27 de outubro, e mostram um movimento de lenta recuperação. Há outra queda significativa em 21 de novembro, mas não chega aos níveis da de outubro, o que poderia configurar um pivozinho de alta. É o caso da VALE5 e da GGBR4, por exemplo.

Outro grupo é o das que continuam caindo, ou seja, aquelas que em 21 de novembro bateram mais fundo que em 27 de outubro. Caso da Petr4 e da Usim5, para citar só duas.

A questão é - para onde vamos? Daqui para frente vamos no sentido que apontam Vale e Gerdau, ou no sentido que apontam Petrobras e Usiminas? Para o alto, ainda que aos poucos e cheio de sustos, ou para baixo, ainda que com repiques e esperanças de recuperação?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Violino na Usiminas

Acabei de abrir o HB pela primeira vez no dia, e descobri que tomei um violino. Bateu stop na USIM5 a 22,90 pouco depois da abertura do mercado, e depois subiu de volta.

Resultado, acabou a jogadinha, tô fora. Rentabilidade de 2,61% no final das contas. Não é ruim, mas também não é nada digno de festa.

Agora o lance é esperar que dê nova entrada. No momento nenhum dos papéis me parece especialmente apetitoso para essas jogadinhas curtinhas. Para LP tem dúzias, mas dessas já me chega as VALE5 e PETR4 que tenho em carteira.

Ah, vou continuar monitorando Usiminas. Essa entrou para minha lista de favoritas.

A Ativa recomenda compra de Usiminas

Recebi hoje no meu email um relatório de revisão de estimativa da Corretora Ativa sobre os papéis da Usiminas. Segue na íntegra:

USIMINAS - Preparando-se para o crescimento em meio à turbulência

Revisamos nossas estimativas para Usiminas, incorporando no valuation os resultados do 3T08, a revisão do plano de investimentos, a compra da J. Mendes e novas premissas macroeconômicas. Nosso novo target price para USIM5 para dez/09 é de R$63,52, o que representa um upside de 170%. As ações PNA da Usiminas são negociadas atualmente a múltiplos EV/EBITDA de 3,8x para 2009. A despeito do recente ciclo de desvalorização de papéis atrelados a commodities, os fundamentos do setor e da empresa no médio e longo prazo, bem como o upside potencial das ações da Usiminas, motivam nossa recomendação de COMPRA de seus papéis.

> Devido ao seu histórico de desempenho e conservadorismo na gestão financeira, bem como aos investimentos em expansão e verticalização, acreditamos que a Usiminas esteja preparada para aproveitar-se da recuperação do ciclo econômico, no médio-longo prazo. No entanto, no curto prazo, a empresa deve sofrer com redução de demanda e pressão de preços nos setores em que atua, principalmente o automobilístico.

> Estimamos uma forte redução nos volumes vendidos no 4T08, fechando 2008 com queda de vendas de 7% YoY; para 2009 e 2010, prevemos um modesto crescimento de volumes de 2,5% e 1,2%, respectivamente. Para os preços de aço, assumimos queda de 11% para 2009 e 2,5% para 2010, acompanhando a variação do cash cost da empresa no período (reduções de 20% e 10% no minério de ferro para 2009 e 2010).

> A Usiminas anunciou uma revisão no seu plano de investimentos para o período de 2008-2012. Os novos montantes alcançam US$ 14,1 bilhões e incluem a construção de uma nova usina de placas de 5 milhões de ton/ano, desenvolvimento de ativos minerários e ampliações de capacidade de algumas linhas de produtos em Ipatinga e Cubatão.

> Riscos – Os principais riscos da tese de investimento em Usiminas são (i) agravamento da crise na economia real, reduzindo fortemente a demanda de aço por um longo período, (ii) redução significativa dos preços no mercado doméstico, (iii) atraso no desenvolvimento dos projetos de expansão, e (iv) aumentos inesperados nos preços das matérias-primas.


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Bom, e daí que a corretora indica compra? Indicou compra de WEG tempos atrás, eu embarquei e me dei mal, foi antes do início da crise. Essas indicações e 'target prices' das corretoras não podem ser levadas muito a sério. No início da crise tinha uma boa porção de corretoras apostando no IBOV a 80 mil pontos em dezembro, lembram? Olha onde ele está agora... nem em dezembro do ano que vem se espera ver o IBOV a 80 mil pontos!

Olhando pelo lado bom, é um referendo da análise que eu mesmo havia feito do papel, em termos fundamentalistas. Embora não vá mudar minha estratégia de ação nessa jogada com USIM5, me dá um pouco mais de segurança na operação.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

E não é que deu certo?

Apesar das considerações (corretíssimas) do Arnaldo na minha postagem anterior, a jogadinha na Usiminas deu certo! Valorização de 4% hoje, para meu deleite.

Um detalhe positivo a mais, a ARCZ6, outra que eu pensei em comprar (mas não comprei), a 2,07, está no mesmo lugar agora, não subiu nem desceu. Se tivesse embarcado nela, teria ganho nada.

Como nem tudo são flores, as outras duas hipóteses de investimento, GOAU4 e GGBR4, subiram muito mais que Usiminas... se tivesse embarcado nelas, teria agora mais de 10% de valorização, contando os dois dias.

Mas não cabe chorar sobre investimentos não feitos. O negócio agora é acompanhar de pertinho a variação da USIM5, e ao menor sinal de queda, cair fora do barco. Eu sei que esse papel tem ótimo potencial no longo prazo, mas meu interesse nele no momento é bem curtinho, só um repique e nada mais.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Embarquei na Usiminas

Deixa os fundos Sparta para outra hora. Resolvi entrar na Usiminas. Comprei hoje, ainda de manhã, 300 ações a 22,26. Praticamente o mesmo valor que está encerrando agora à noite.

Não penso nessa compra como investimento de longo prazo, até porque fiz ela com a graninha que separei para diversões mais curtas. Se der uma valorizadinha legal como espero que dê, vendo sem dó.

Se bem que os dados fundamentalistas da empresa me agradam, até mais que os da Vale e da Petrobras, hoje. O papel tá mais desvalorizado, foi mais penalizado nessa queda toda. Está bem abaixo do VPA, tanto que para apenas chegar nele já vai precisa de quase 30% de valorização.

Sobre os fundos Sparta:

Ainda estou muito receoso de entrar nessa. São vários medos. O primeiro é de estar chegando atrasado na festa, deles não conseguirem manter a performance conforme o patrimônio do fundo aumenta quase exponencialmente.

O segundo medo foi bem colocado por Henrique nos comentários do post anterior: quem garante que esse fundo não quebre fragorosamente uma hora dessas? Ninguém. Fundos mais gabaritados e mais consolidados no mercado já quebraram de uma hora para outra, deixando milhares de investidores ferrados. Esses fundos Sparta são alavancados, pode uma hora dessas uma jogadinha mais pesada dar errado, e aí a vaca não apenas vai para o brejo, como clama por mais dinheiro na descida.

Aliás, no mesmo comentário, veio o terceiro medo - investir em boi gordo. Os fundos Sparta investem pesadamente nesse mercado. E não precisa puxar muito da memória para lembrar outros contos do vigário que já rolaram nesse mercado. "Fazendas Reunidas Boi Gordo" é um dos que me vêm à mente. Fizeram propaganda na TV, deram a impressão de ser a melhor coisa do mundo, e até deram dinheiro para uma porção de gente, mas de um ponto adiante parece que a coisa degringolou e no final da conta levou junto para o buraco uma porção de incautos, que entraram acreditando nos fantásticos ganhos passados.

Por tudo isso, por enquanto, nada de fundos Sparta. Não descarto uma aposta neles em algum momento aí para a frente, mas por enquanto sigo levando, cometendo meus errinhos, jogando meu dinheirinho fora. Pelo menos assim eu sei sempre quem é o culpado pela cagada feita - eu mesmo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Que tal os Sparta fundos?

Uma conversa com um amigo no final de semana trouxe à baila a idéia de investir uma graninha (mínimo 10 mil reais) nos fundos Sparta.

Eu não sou muito chegado em fundos de investimentos (minha história e desacordos com eles está descrita nos meses iniciais desse blog), mas pelo que vejo, estes são diferentes. A gestão é super ativa, entrando e saindo de operações a todo momento, navegando em todos os mercados e investimentos.

A rentabilidade passada é de impressionar, embora seja um erro em si ficar impressionado com rentabilidade passada. Até mesmo nesses meses de intensa crise os caras estão conseguindo retornos positivos, enquanto o mundo todo em volta cai.

Em geral, eu prefiro cometer meus erros sozinho, por conta própria. Mas fiquei balançado, propenso a separar pelo menos 10 mil da grana alocada em bolsa, para jogar no Sparta Cíclico. Meio que para ver qualé a da coisa.

Tem uns tópicos muito interessantes sobre esses fundos no fórum Investidor Agressivo, com muitas opiniões a favor e contra. Estou lendo os dois lados, por vezes concordo com um, por vezes com outro.

A minha preocupação pode ser sintetizada da seguinte forma - até quando os caras vão conseguir se manter tão rentáveis? Quando o crescimento rápido vai começar a atrapalhar a gestão do fundo? Será que entrar agora já é pegar a festa no finalzinho?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Novo blog nos links e uma análise interessante

Encontrei agora um blog interessante, com base fundamentalista e voltado para iniciantes panacas feito eu: http://www.investidorjovem.com.br/

Já de cara apresenta um cálculo interessante, invertendo o índice P/L para definir o que chamou de "poder de lucro". A partir deste dado, faz uma comparação com a taxa SELIC para determinar a "margem de segurança" de cada papel.

Aí qual o papel que aparece em primeiro lugar, com a maior margem de segurança? A Usiminas! Poder de lucro de 32%, margem de segurança de 134%! Tá bom ou quer mais?

A menos que a Usiminas esteja perto de quebrar inapelavelmente, me parece que estamos em um ponto ótimo para investir nessa empresa.

Novo papel no monitoramento

Lendo e pesquisando sobre boas empresas com papéis muito impactados pela crise, encontrei uma que me agradou bastante - Usiminas. As ações estão cotatas bem abaixo do valor patrimonial, numa situação ainda mais apetitosa que Gerdau e Metalúrgica Gerdau, que eu estava de olho antes.

Os dados (fonte: fundamentus.com.br)

Cotação 19/11 - 20,13
VPA - 28,28
P/L - 3,04
Div. Yeld - 12%

Sei que não serve mais para referência, mas o valor máximo dessa ação, ainda neste ano, foi de 92,70.

Acredito que com uma melhorazinha qualquer no cenário, ou uma folga que permita o povo sonhar de novo, esse papel tem condições de dobrar ou triplicar de preço sem muita dificuldade. Não que isso vá acontecer em dias ou semanas, mas não penso que precise de muito tempo para isso. Para retomar topo histórico vai levar muito tempo, mas para chegar em 40 ou 60 reais, nem tanto.

Bom, na verdade ainda preciso analisar mais das condições da empresa, verificar o que anda acontecendo com ela e outros que-tais, porque até agora só tenho essas informações fundamentalistas aí de cima. Não cabe se encher demais de esperança porque o preço não está onde está por acaso, deve haver alguns bons motivos para tanto.

De qualquer modo, ainda não comprei nada. Está em queda, e nada impede que caia mais ainda. Vou esperar parar de cair, pelo menos.

sábado, 15 de novembro de 2008

Precisa das notícias para tomar decisões?

Um dos meus blogs preferidos, o "Giouco Piano", apresentou dia 10 de novembro um comentário muito adequado sobre a utilidade de se ler notícias sobre o mercado para tomar decisões.

Leiam: A Desutilidade dos Jornalistas

Vale a pena. Aliás, vale a pena acompanhar o blog. Mesmo quem não é muito afeito à AT encontra análises muito bem feitas, backtests extensos e comentários precisos.

GGBR4

Estava olhando o gráfico diário da Gerdau, e percebi que ela está respeitando um suporte na faixa dos 13 reais, já há 12 pregões consecutivos. Seria uma acumulação para uma boa subida qualquer dia desses? Ou uma acumulação para mais queda?

A mente humana é pródiga no reconhecimento de padrões em um mundo aleatório. Até mesmo onde não há padrão algum (como é o caso do comportamento dos preços na Bolsa), a nossa mente se esforça para encontrar algo. Daí surgem as famosas figuras, os pivots e praticamente toda a análise técnica.

Eu não tenho tido muita afinidade intelectual com as propostas da AT ultimamente, mas tenho que admitir que em um ponto ela é muito correta e importante: representa fielmente o comportamento dos investidores até aquele momento. Não fala absolutamente nada sobre o momento seguinte, mas tudo sobre o passado. E certamente tem horas em que compreender um pouco mais do passado ajuda a tomar decisões.

Uma decisão possível de ser tomada em consequência dessa análise simplória de suporte da GGBR4 seria comprar quando o preço se aproximar dos 13,50, em um dia aí de maior pessimismo.

Só que eu ainda fico dividido entre isso e esperar para ver se cai de volta aos 10,70, onde já esteve. Vai depender, para isso, da continuidade da tendência de queda geral, ou da estabilidade do cenário daqui para frente. Ao que parece por essas duas semanas, pararam as quedas contínuas. Ainda temos dias bem ruins, mas já não são sequências de queda, como há pouco tempo atrás. (ih, olha eu aí inventando de reconhecer mais um padrão no mundo aleatório!)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Semana parada

Semana sem operação nenhuma, e sem novidades também. Fiquei esperando os preços caírem de novo, para perto de pontos de compra.

ARCZ6 chegou a cair para pouco abaixo de 2,20. GGBR4 chegou a 13,XX, nem lembro quanto, mas longe do que eu esperava.

Fico pensando se o movimento de queda vai continuar, ou se chegamos à fase lateral, em que vai um pouco para cá e para lá sem configurar tendência nenhuma. Um fato relevante é que o IBOV está navegando acima do seu fundo recente, e o ritmo da queda diminuiu bem, está mais ameno.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vendi as ARCZ6

Vendi as 500 ações da Aracruz que me restavam, aproveitando uma pequena subidinha intraday. Vendi a 2,61, o que ainda me deixou com um lucrinho. Coisa risível, mas positivo, mesmo considerando todos os custos de operação.

Vendi porque acho que vai cair mais. Pode bem voltar aos 2 reais, quem sabe até menos. Teve apenas 2 dias de queda, o que no nosso cenário atual é pouco. Pelo jeito o movimento de alta era só um suspirinho no meio da queda, e a tendência baixista continua.

Analisando essa operação toda, acho que cometi um erro ao duplicar a aposta, comprando a 3,00, depois de uma forte alta. Eu falei que não gosto de comprar depois de altas, não me sinto confortável. E deu nisso, no dia seguinte caiu. Não que eu tenha "pressentimentos" ou "intuições", mas apenas que, em mercado de baixa, não se deve confiar nas altas. Simples assim.

Bom, dos males o menor, não tive prejuízo nessas 3 últimas operações. Consegui proteger meu capital adequadamente, e estou preparado para tentar de novo. Agora é só esperar pontos adequados para entrada.

Fiz uma bobagem

Fui cadastrar a saída da operação com ARZ6 no "bussola do investidor", e acabei percebendo um detalhe que não tinha me dado conta, um erro cometido ao configurar o stop. Em vez de vender todas as 1000 ações que tenho em carteira, o stop estava configurado para apenas 500. Resultado, tenho ainda 500 dela em carteira, só que agora a um preço ruim, empatando zero-a-zero.

Estou na dúvida se vendo estas também. A seguir a regra recém criada, era para vender. Vamos ver se a minha disciplina vai até este ponto. A resposta vem até o final da tarde.

Stopinho básico na ARCZ6

Pois é, tal como aconteceu na GGBR4, hoje foi na ARCZ6. Para não deixar uma posição vencedora se transformar em prejuízo, coloquei um stop com start em 2,74 e limite em 2,54, que seria o ponto de empate, zero-a-zero da posição.

Agora, ao abrir o HB pela primeira vez no dia, vejo que já foi executado. Caí fora da operação com Aracruz. Mas a saída vai ser temporária. Vou esperar para ver até onde cai, e compro tudo de novo. Ainda acredito no potencial do papel.

Eu agora estou operando um pouquinho diferente de dias atrás. Ainda faço as compras com os olhos no longo prazo, coisa de 3 a 5 anos. Mas não quero mais segurar papel caindo, especialmente se estava no lucro. Vendo, e deixo cair até onde parecer o fim, daí compro de novo.

O difícil vai ser, como sempre, descobrir onde é o fim da queda. Provavelmente vou comprar em pontos que me pareçam apetitosos, pois confesso não ter conhecimento suficiente para apontar com qualquer nível de segurança o que é o fundo da trajetória de queda.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Stopinho básico na GGBR4

Mercado volátil hoje, hein? Fiquei de olho um bom tempo. ARCZ6 e GGBR4 abriram com pequenas altas, e de manhã mantiveram o bom humor. Mas de tarde, quando olhei, já tinha uma queda enorme, especialmente na Gerdau. Aracruz até que se manteve razoavelmente bem, caiu, mas não tanto.

Ainda hoje, mais cedo, eu tinha colocado um stop nas duas, aproveitando o fato delas estarem bem positivas. Quero ver se consigo manter um "mandamento" do antigo analista da Ativa, que é "nunca deixe uma posição vencedora passar a perdedora".

O resultado do dia é que a minha operação com Gerdau bateu no stop a 14,30. Saí com um lucrinho miserável de 23 reais, o que representa, na operação, uns 2,5%, nada digno de menção.

Mas a idéia ainda é ter Gerdau na carteira, então agora ficarei monitorando a queda, para comprar mais abaixo. Quero ver se ela volta ao patamar delicioso dos 10 reais, pertinho do VPA. Se eu conseguir comprar aí fico satisfeito.

Sobre a Aracruz, vamos ver se fica acima do stop. Se cair, vou vender e esperar também para comprar mais abaixo, do mesmo jeito.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eu ainda sou um burro, mas...

Agora sou bem menos burro que era antes.

A constatação veio depois de um passeio pelo fórum da ADVFN. Fazia um tempão que eu não entrava lá. Hoje, de bobeira, resolvi ler alguns tópicos sobre a Aracruz e Gerdau lá.

Fiquei impressionado com a galera. Parecem um bando de torcedores em volta de uma mesa de roleta, num cassino. Conteúdo zero, apenas torcida para cá e para lá, sem nenhum fundamento.

Serviu para perceber o quanto eu mudei nesse tempo todo, o quanto aprendi, e ainda mais, o quanto essa minha atual estratégia de ação me deixou muito mais confortável e seguro das minhas operações. Aquele modelo de comprar e vender toda hora é ansiogênico, angustiante. Nunca se sabe se a hora foi certa ou errada, e os poucos sucessos mascaram os muitos fracassos. Acredito piamente que, a menos que o cara seja um profissional super competente nessa coisa toda, essa de ficar entrando e saindo toda hora não vence nem o rendimento da renda fixa, considerando um prazo longo, de 5 anos, por exemplo.

Eu vou continuar investindo meu tempo e aprendizado na linha fundamentalista. Value investing e 'que tais'. Para mim, o caminho é por aí. E deixa os traders se divertirem com o entra-e-sai diário da festa.

Comprei

Acho difícil comprar ações no meio de um movimento de alta, ainda mais se for dos fortes. Hoje, por exemplo, passei a tarde inteira numa batalha interna, entre o "compra" e o "espera cair", com nuances de "compra só um pouco". A ação em questão era a ARCZ6, que ultimamente está me dando alegrias.

Acabou que venceu o "compra um pouco". Dobrei minha aposta, comprando mais 500 ações, a 2,97 cada. A compra anterior tinha sido a 2,01. Agora meu preço médio em Aracruz está em 2,52 reais.

Considerando o longo prazo, ainda acho que é um excelente preço. O VPA da empresa é 3,78, só para exemplo. Mas ainda assim fiquei com muitas dúvidas se já não estaria comprando na hora errada, depois de uma alta significativa. Cheguei a pensar em comprar 1600 ações, para apostar mais pesado nesse papel que me parece extremamente promissor, mas acabei preferindo uma atitude mais cautelosa.

Estou achando um tanto esquisito que não me dê tanta dúvida comprar na baixa, como fiz várias vezes nesse movimentão de queda que vem desde maio. Mas comprar ao final de um dia em que a ação subiu 8% me angustia. Estranho. Deve ser sinal da minha ignorância e amadorismo.

Bom, o direcionamento agora é acompanhar o mercado para ver para onde vai. Estou esperando ver onde fecha a GGBR4 hoje, pois ainda quero ter mais um ou dois lotes dela. Fechando acima de 15, rompe resistência próxima, seria mais um ponto de entrada.

Para o alto e avante!

ARCZ6 continua sua linda trajetória de alta. Está sendo vendida a 2,96 no momento, o que me dá quase 50% de valorização. Esta já é, de longe, a minha melhor jogadinha de todos os tempos!

Só que... lucro só existe quando realizado, e eu não vendi nada até agora. Nem tem porquê, também, já que nem dá sinais de queda. Vem subindo aos poucos e com consistência.

Estou na dúvida é do momento de comprar mais. Eu já decidi que vou apostar mais nela, mas fico em dúvida de entrar depois dessa alta toda. Estou meio que esperando cair um tanto, para comprar mais. Mas será que cai de volta aos 2 reais? Será que cai além dos 2 reais?

Falando em quedas, o ambiente geral parece ter dado uma desanuviada. Petro (23,70), Vale (27,15), Gerdau (14,55), todas estão navegando bem acima dos seus fundos mais recentes. Nenhuma delas dá impressão de querer voltar aos patamares miseráveis de dias atrás. Será que acabaram as más notícias? Chega de queda?

Não convém ter otimismo demais. Cautela, cautela... nessa brincadeira ganhar dinheiro é difícil, mas perder é barbada.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Minhas previsões sempre dão errado

Eu na função de profeta do amanhã sou um fracasso absoluto. Sempre que eu acho que a bolsa vai cair, sobe. Quando acho que vai subir, cai. Estou em tendência inversa à realidade dos fatos!

Hoje eu tinha uma forte impressão de que iria cair. As notícias sobre Petrobras, com necessidades de financiamento de curto prazo, e da Vale, com redução de produção, me pareciam fundamentos suficientes para uma queda significativa.

Mas abro agora o HB, quase duas da tarde, e nada disso está acontecendo. Petro até que está em leve baixa, mas o resto todo está subindo. Aracruz, minha nova predileta, já está em 2,70. Valorização de lindos 35% em poucos dias, uma delícia.

Com esse cenário de altas todos os dias, fico eu pensando se faço mais compras. Ainda pretendo ter mais dois lotezinhos de Gerdau, e fechar os trocos com mais Aracruz. Petro e Vale vou ficar com as que já tenho, 300 de cada.

Será que voltarão as quedas, ou segunda da semana passada foi o fundo mesmo? Eu acho que mais queda ainda virá, mas como falei no título, nem eu confio nas minhas previsões.

O ruim de comprar nessas altas é que a gente lembra dos preços de "ainda ontem", e aí perde as oportunidades. Talvez comprar GGBR4 a 14 seja, no longo prazo, um ótimo negócio, mas quando lembro que estava em menos de 11... dá vontade de esperar que volte a este patamar delicioso! O problema é se não voltar, eu ficarei assistindo a alta como um bobo. Já fiz isso em abril, e lembro como é.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

26% em dois dias

ARCZ6 continua surpreendendo. Hoje subiu um pouco mais, fechando em 2,56. Em dois dias valorizou 26%, uma enormidade.

Tem um lance interessante aí - essa alta desperta um medo de novas quedas (que acho que vão acontecer, de qualquer jeito), e aí começo a pensar em vender em alta, esperar cair e comprar de novo, essas coisas.

O problema é que isso é bem difícil de fazer. Na teoria, ou na análise do gráfico já passado, é facílimo. Mas na prática, quase uma impossibilidade. Eu poderia vender na abertura na segunda, mas quem saberá se depois disso cai? Pode bem subir ainda mais. Pode nunca mais voltar aos patamares anteriores.

Ou por outro lado, como saber quando já caiu o suficiente? Lá em abril, quando vendi GGBR4, a idéia também era comprar de novo, mas não consegui. Não chegou no preço que eu pensava, e aí voltou a subir. Enquanto isso eu esperava uma queda que não aconteceu mais.

Sei não. Acho que vou ficar só olhando mesmo. A idéia é vender quando passar dos 10 reais a ação. Aliás, eu deveria era estar pensando quando é que vou comprar mais dela, e não quando é que vou vender!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Otimismo e surpresa

Bateu uma onda otimista aí na galera, huh? Três pregões com fortes altas, seguidos! Que é isso, a crise já acabou? Duvido muito.

Aliás, em mercado de baixa, deve-se duvidar de toda alta. A seguir a tendência (e é o que tendências fazem...), a alta é sempre transitória. Como essa agora deve ser também. Uma hora aí vai vir uma daquelas notícias avassaladoras, e cai tudo de novo.

Enquanto isso não acontece, olha a surpresa aí! Comprei as ARCZ6 ontem, meio sem compromisso, fui ver hoje, 25% de valorização. Num pregão apenas! Eta pulo bonito, hein? Mas não vou me entusiasmar com isso, porque não comprei para jogadinha curta. Pode me acusar de ganância exacerbada, mas quero 300 ou 400% de valorização nessa. Só que pretendo esperar anos para isso. Acho possível.

Essa alta aí dos 3 dias colocou duas posições minhas em lucro - ARCZ6 e GGBR4. Fico aqui pensando se seria apropriado colocar um stop-loss nelas... não tenho certeza ainda, mas vou pensar na hipótese. Porque poderia vender no 0x0, e recomprar mais abaixo, em cenário de queda. É uma idéia...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma aposta nova

Hoje resolvi me permitir uma pequena insanidade. A despeito de todas as notícias ruins que vem aparecendo sobre a empresa, me deu na idéia de comprar ARCZ6 - Aracruz Celulose. Agora no after, comprei 500 ações dele, a 2,01 cada.

É uma aposta pequena, pouco mais de 1000 reais envolvidos. Nada que vá doer, se der errado.

Agora, por que comprei logo Aracruz? Tem um lance meio emocional aí. Por um bom tempo eu vivi em uma cidade próxima a da empresa, no Espírito Santo. Quando tinha consultório, era credenciado da empresa, minha mulher também. Posso dizer que por muito tempo a Aracruz nos sustentou com seus funcionários fazendo tratamento.

Tenho amigos que trabalharam lá, alguns ainda trabalham. Lá no ES, é uma empresa super respeitada, sólida, base da economia de vários municípios da região norte. Grande exportadora de celulose para o mundo todo, talvez a maior de todas, não sei direito.

Nos últimos tempos a empresa parece estar passando por dificuldades, relacionadas a operações de hedge cambial. Teve um prejuízo bem grandinho comunicado ao mercado, ao encerrar essas operações. E por conta disso, o valor da ação foi duramente penalizado, caindo feito meteoro ao chão. Lembro de ver ARCZ6 há alguns meses rondando os 12 reais, agora tá nos 2... Tá certo que não devemos olhar os topos antigos, que podem demorar trocentos anos para voltar, mas se esse papel se recuperar daqui para a frente, tem espaço para crescer uma enormidade.

Sintetizando um pouco, e tentando colocar um pouco de racionalidade aí, eu estou apostando que os problemas da empresa são temporários, e que passada a crise, daqui a uns dois ou três anos, ela vai melhorar muito. E aí resolvi encarteirar um tantinho dela para lá na frente. É uma aposta, mas de longo prazo.

Alguns indicadores fundamentalistas, só para registro do momento:

VPA: 3,85
P/L: -2,05
LPA: -1,01

Vale registrar que a empresa vem distribuindo dividendos e juros sobre capital próprio desde 1996 ininterruptamente, o que para mim configura que o problema é do momento, e não estrutural (mas eu entendo pouco disso e posso estar errado aí...)

Bom, é uma aposta apenas. Tô comprando por 52% do que o patrimônio da empresa vale, o que me parece ótimo. O futuro vai dizer se fiz certo ou errado.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Indicadores interessantes

Depois dos dados da Metalúrgica Gerdau, resolvi fazer a mesma pesquisa para as minhas outras prediletas:

PETR4
VPA - 14,78
LPA - 3,00
P/L - 6,04

VALE5
VPA - 17,81
LPA - 4,41
P/L - 4,59

GGBR4
VPA - 10,69
LPA - 2,29
P/L - 4,63

De todas, a GOAU4 é a mais apetitosa no momento. Acho que vou mudar meu foco, da GGBR4 para a GOAU4. Todas as duas tem 4 estrelas no Value Investing, então atendem meus critérios.

Já Vale e Petro eu já tenho suficiente. Embora meu preço médio em qualquer das duas não seja uma delícia, a jogada já está feita nessas, agora é esperar os anos passarem e a vida melhorar.

Bom, talvez ainda compre um lotezinho de Petro qualquer dia desses... não vou fechar a porta para a minha favorita.

Comprar valor

Quer comprar ações de uma empresa por menos do que o valor patrimonial dela? Ou seja, por menos do que valem seus ativos? E ainda por cima, de uma empresa classe A, bluechip da Bovespa, ícone do mercado brasileiro?

Ahá, agora você pode! Metalúgica Gerdau (GOAU4)! Segundo o site Fundamentus, o VPA (valor por ação) da GOAU4 é de 17,71 reais, e hoje, mesmo com uma alta fenomenal de 21%, o papel está cotado em 17,30, abaixo do valor patrimonial. Outros dados interessantes da mesma empresa: P/L de apenas 4,04, LPA de 3,53.

Daqui a um bom tempo, anos talvez, vai ter trocentas pessoas se perguntando "por que raios eu não comprei ações dessas empresas quando elas estavam sendo vendidas por pouco mais que nada?".

Muitas pessoas dizem por aí que não há como ter referências no momento para dizer se um preço está alto ou baixo. Eu discordo. Há referências históricas, séries longas e indicadores baseados nos fundamentos que possibilitam dizer isso. Um deles é o VPA. Uma empresa boa vendida por menos que seu valor patrimonial é uma pechincha em qualquer época.

Posso ser meio louco hoje, por estar comprando papéis no meio dessa confusão toda, mas sinceramente, a bagunça não vai durar a vida toda, no final da coisa as empresas (especialmente as mais sólidas, tradicionais e conservadoras) vão continuar fazendo seus negócios, e a vida vai voltar ao normal. Aço vai continuar sendo matéria prima essencial à vida moderna, como petróleo também.

Eu sei que os preços podem cair ainda mais. E devem, acredito. Só que não tenho bola de cristal para descobrir onde é o fundo exato, então prefiro ir comprando aos poucos, em pontos que me agradem.

Que loucura é essa?

Tá certo que a volatilidade tem estado fora do padrão, maior que em qualquer outra época passada. Mas já está demais da conta, não? Um dia cai 10%, no outro sobe 12%? Coisa de doido.

Hoje, por um lance de absoluta sorte, abri o HB e a alta era de apenas 1%. Resolvi comprar um lote de Petro, a pouco mais de 18 reais. Como eu havia falado no post anterior, me parecia um preço deveras apetitoso. Comprei a 18,35, no final das contas, um lotezinho só, seguindo aquela idéia de comprar aos poucos.

Me deu vontade de comprar mais Gerdau, que naquele momento estava nos 10,70. Mas não comprei, preferi esperar cair até 10 ou abaixo.

Bom, depois que comprei, fui fazer outras coisas. Desliguei de bolsa. Quando entrei no HB de novo, já estava 8,5% acima! E agora no final da tarde, fui ver o fechamento, 12% acima! Se eu quisesse ganhar uns trocos num day trade, tirava uma graninha esperta dessa jogada na Petro, veja só. Mas como meu lance não é trade curto, vou juntar esse lotezinho com os anteriores e baixar o preço médio.

A estratégia segue a mesma. Ainda tenho uma graninha guardada esperando melhores horas para compras. Daqui para frente pretendo comprar mais um lote de Petro, e uns dois outros de Gerdau, se der. Mas sem pressa, pois como dizem por aí, a tal da crise veio para ficar um bom tempo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Melting down absoluto!

Abri o home broker agorinha para ver as cotações, quase caí da cadeira! PETR4 a 18 reais! Caraca, é impressionante! Eu estava esperando cair a 20 para comprar mais um lote, mas a queda foi muito maior que eu esperava! Eu sei que o topo histórico não serve mais para referência, mas dá 66% de queda até agora. Significa que 2/3 do valor de mercado da empresa simplesmente evaporaram, desapareceram.

Outra que estou monitorando para comprar mais, a GGBR4, está quase no ponto imaginário que estabeleci, a 10,60. Baixando dos 10, fica ainda mais apetitosa! Essa já caiu ainda mais desde seu topo. Praticamente reduziu a 25% do valor que já chegou a ter, ainda esse ano.

Bom, mas... ainda assim não comprei nenhuma das duas. Não há nenhum sinal de que a queda tenha acabado, muito pelo contrário... e até agora não perdi nada por esperar mais. Deixa o desespero tomar conta dos mercados, que no final da bagunça eu vou entrar no rescaldo com um apetite enorme!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nada de novo sob o sol

Estou nesta semana 'internado' em um evento do meu trabalho, acessando internet somente em farpinhas de tempo. Só o suficiente para me inteirar do que está acontecendo, das cotações, e do circuit braker de cada semana.

Falando nisso, ontem teve mais um. Mas não levou os preços a patamares muito mais interessantes que já estavam, apenas corrigiu umas altas que andavam já acontecendo.

Hoje está caindo mais 5%. PETR4 a 22 reais, GGBR4 a pouco mais que 12. Valores interessantes, mas não tanto que me entusiasme a comprar. Inventei que quero comprar Gerdau a 10 reais e Petrobras a 20, e estou esperando chegar nesses pontos.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Uma pequena volta ao passado

Um leitor, que infelizmente não se identificou, encontrou uma postagem minha em janeiro deste ano deveras interessante. Leiam ela aqui: Análise Ibovespa longo prazo

Primeiro um metacomentário ao assunto - essa é exatamente idéia por trás de manter um blog como esse, em que registro meus pensamentos, análises, dúvidas e erros a respeito da Bolsa. Poder 'voltar no tempo' e perceber como estava pensando, quais eram as dúvidas, quais eram os dados de base, e que ações tomei. Esses são momentos privilegiados de aprendizagem, em que fecha o ciclo ação-consequência-análise-conclusão.

Voltando ao postado lá em janeiro, fico aqui pensando por que eu mesmo não agi de forma coerente com o que escrevi. Por que me deixei envolver pela atmosfera reinante de otimismo da Bovespa nos 4 primeiros meses do ano, quando tudo ainda parecia possível.

A conclusão que chego, em primeira análise, é um tanto condescendente comigo mesmo - eu sou apenas um iniciante algo estúpido, inseguro a respeito dessas coisas todas, com pouco conhecimento técnico no assunto e limitada experiência no ramo.

Outras conclusões menos lisonjeiras são possíveis e virão com um pouco mais de pensamento a respeito desse assunto.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Repiquinho de nada!

Subida forte no primeiro dia, subidinha merreca no segundo, mega queda no terceiro! Alguém aí ainda duvida que estamos em tendência de queda? E em tendência de queda, o que os preços fazem, normalmente, é cair!

Ainda bem que eu estava receoso dos otimistas. Acho que o pior ainda não passou, e que esse buraco não chegou ao fundo. Mas não tenho dados para embasar a 'achologia'. É só palpite mesmo.

Bom, hoje eu desempatei a dúvida anterior. Resolvi fazer duas jogadinhas.

- A primeira foi uma troca de ativos. Aproveitando uma momentânea igualdade nos preços, troquei ELET3 por VALE5. A idéia por trás dessa troca é a de que a Vale tem maiores possilidades de alta em um cenário de retomada, no longo prazo. E outro motivo foi bem menos nobre - baixar o preço médio da minha posição em Vale5.

Eletrobras foi uma compra que desde o princípio, não me agradou. Entrei no momento errado, apostando num rompimento de resistência que não se confirmou. Resultado, entrei no topo, e dali para frente só perdi valor. Ao mesmo tempo, foi um papel razoavelmente defensivo, pois nessa bagunça toda foi um dos que menos caiu até agora, dos que acompanho. Mas para o futuro, não vejo grandes perspectivas para esse papel. Em uma retomada, vai subir até onde já esteve, mas não acredito que vá muito mais longe. Vale5 já me parece mais promissora.

- Outra operação foi uma compra de um lotezinho de GGBR4. Pretendo comprar mais dessa ainda, mas com o tempo. Vou comprar aos poucos, como já venho fazendo com Petr4 e Vale5. Motivos para a compra são os fundamentos da empresa, que são ótimos.

O horizonte dessas operações é de muito longo prazo. A menos que eu vá comprar um apartamento, essa grana vai ficar nas ações, nem que seja esperando uma retomada distante. A idéia por trás é investir em valor.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Taí o repique?

Será esse o repique que a gente esperava para semanas atrás, quando da aprovação do pacotão americano? Ontem deu +14%, hoje já está 3,44% acima, a festa parece estar começando.

Outros dados interessantes sobre a loucura que está o mercado. Ontem um alto funcionário da corretora Ágora disse, em uma entrevista à Radio CBN, que o pior da crise já passou. Pouco depois, li no jornal que um relatório do FMI diz o mesmo. 'Péra aí', digo eu, e o que aconteceu semana passada, já é para esquecer? Assim tão rapidinho? Toda aquela queda, sete pregões seguidos, 3 circuit break acionados em uma única semana, tudo aquilo já é passado mesmo?

Eu estou receoso diante disso tudo. Ainda não creio em alta consistente, tenho medo de logo ali na frente o ânimo virar e outra queda monumental pegar todos no contrapé. Por conta disso, não montei nenhuma aposta nova, embora esteja pensando em comprar algumas GGBR4.

Falando em apostas, estou me arrastando para fazer um dever de casa auto-imposto: verificar com cuidado as empresas que estão com indicadores fundamentalistas ótimos, altamente sub-valorizadas. Sei que já tem empresa aí com valor de mercado abaixo do valor patrimonial, mas ainda não sei quais são elas. Para um cenário de retomada e com horizonte de pelo menos 5 anos, essas são as melhores apostas, eu penso.

Um adendo antes das possíveis críticas, não é apenas por estar sub-valorizada que a empresa se torna um bom negócio. Tem que ver o porquê da sub-valorização, se é problema pontual, do momento, que claramente não vai perdurar, ou se é indício de quebradeira, problema estrutural e coisa e tal. Uma das fontes que dá para usar para saber essas coisas é aquele site "value investing" que já citei, e que consta da lista de links. Dá para ver nele as empresas 3 e 4 estrelas, e depois analisá-las com mais cuidado, juntando dados e notícias locais.

Para finalizar, apenas para não deixar sem registro as dúvidas e inseguranças do momento - uma parte de mim está me recriminando por não embarcar nesse repique, enquanto a outra parte apela para a cautela, lembrando das quedas recentes. Essa briga interna está longe de acabar, e é difícil conviver com ela. Acho que estou precisando parar para pensar melhor em qual estratégia vou utilizar nesse cenário incerto, e depois devo me ater a ela estritamente.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Uma semana histórica

Você tem noção de que acabou de viver uma semana que vai constar de todos os livros de história daqui a 50, 100 anos? Uma semana que talvez em algum momento alguém lhe peça para descrever, perguntando "como foi estar vivo naquele momento?"

A semana que hoje encerra foi uma dessas semanas. Talvez venha a ficar conhecida como "o crash de 2008" nos livros de história e revistas de negócios, daqui a algum tempo. Uma semana em que as bolsas de praticamente todo o mundo caíram juntas, mais de 20%, apesar de todas as medidas e pronunciamentos dos diversos governos envolvidos! Uma semana em que as ações de um ícone do capitalismo e do século XX, a General Motors, caíram 30% (60% em um mês), jogando o valor de mercado da empresa de volta a valor de 1950!

Tudo isso são acontecimentos absolutamente históricos, únicos, irrepetitíveis. Um momento singular, sem padrões de comparação, sem nem base para estudo.

Por um lado, está me doendo toda a perda que já tive e continuo tendo com meus investimentos em renda variável. Mas por outro, que maravilha estar participando deste momento com toda essa atenção. Se eu não estivesse investido, não estaria tão ligado. Se não estivesse doendo no meu bolso, não estaria estudando tanto, lendo tantas coisas a respeito, aprendendo tanto.

Porque vamos convir, uma semana histórica também é igual a qualquer outra. Você acorda, toma banho, escova os dentes, trabalha, almoça, trabalha, volta para casa e tal. A rotina é igual a qualquer outro dia da vida. Por exemplo, eu estava vivo no crash de 87, no estouro da bolha da internet em 2001, e vou confessar, pouco lembro desses momentos. Não tinha dinheiro investido, e portanto pouco me importavam as bolsas e suas maluquices. Já agora é bem diferente, mas apenas no sentido de que desta vez eu me importo mais.

Atualidades:

Hoje foi mais um dia de queda intensa, mas que acabou amena. Circuit braker acionado já de manhã, como também aconteceu outras vezes nessa semana. Tudo caindo inapelavelmente, sejam empresas boas, sejam micos. Já tem muita empresa aí com valor de mercado abaixo do valor dos ativos, o que configura excelentes opções de compra. O site "Value Investing" (link aí ao lado) aponta pelo menos 3 empresas brasileiras com categoria 4 estrelas na análise de investimento usando a Fórmula Graham. Não por acaso duas delas estão entre as minhas favoritas - Gerdau e Metalúrgica Gerdau.

A verdade é que estamos em liquidação. Seria uma excelente oportunidade de compra, se não fosse o fato de que deve cair ainda mais. A desgracera está no meio, ou assim esperamos, porque se estiver no início...

Bom, melhor aproveitar o momento histórico para aprender quietinho como as coisas acontecem. Ações efetivas, só quando a poeira assentar um pouco mais, o que não parece que vá acontecer muito cedo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sumi do mapa!

Uma semana sem novas postagens no blog! Que vergonha!

Estive viajando nesse tempo, visitando a família que mora longe, aproveitando umas folgas acumuladas no trabalho. Nesse tempo, não fiz nem desfiz operação nenhuma no mercado, apenas acompanhei as notícias meio de longe, por telejornais e afins.

Não vi, nessa semana toda, nenhuma notícia que modificasse o meu pensamento a respeito da atual crise e conjuntura de investimentos. A bagunça continua feia e avançando, o pacotão americano não mudou nada, os pacotinhos europeus que estão saindo a conta-gotas tampouco, e portanto a ladeira continua inclinadíssima abaixo.

Eu acredito que as cotações vão baixar ainda mais. Essa é uma crise sistêmica, está mal e mal no meio, tem muito a acontecer ainda. Em crises monstruosas anteriores (71, 86, 97), a queda passou dos 80% (veja gráfico histórico da Bovespa na Enfoque). Hoje estamos em mais ou menos 48% de queda, desde o TH de maio, então espaço para cair certamente tem, e muito.

Tempos atrás eu postei um gráfico aqui, mostrando que o IBOV poderia cair a 41 mil pontos sem perder a configuração de alta de longo prazo. Bom, já passamos abaixo dos 41 mil pontos. O que isso singnifica? Que todas as análises e previsões feitas com base em gráficos desde 2002 não são mais tão válidas quanto antes. O movimento atual de queda já anulou por completo a configuração anterior. Se é que alguém aí ainda não acreditava, é mercado de baixa mesmo. As regras são outras, portanto tenha cuidado com análises de curto prazo.

Ações para o momento:

Nenhuma. Quieto olhando a bagunça rolar. Apesar da tentação que parecem os preços atuais (Gerdau a 15 reais é inacreditável!), não me parece ainda um ponto de entrada relevante. Acho que cai mais, não sei quanto, mas bem mais. E outra coisa que acho é que a recuperação não vai ser rápida. Em crises anteriores levou anos para voltar aos topos, não tem porquê agora ser rapidinho. Por isso, também não precisamos ter pressa no retorno às compras.

Para ser bem sincero, ao invés de compras, ando pensando em vendas. Vender as posições que montei tempos atrás (Petr4 a 36 e 33, Vale a 39 e 36) e esperar para comprar bem mais abaixo. Vale a pena dependendo do quão mais abaixo tudo isso vai. Só que esse é exatamente o detalhe que é impossível de saber.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Comprar ou não, eis a questão.

Hoje a VALE5 bateu em um dos pontos que eu tinha marcado anteriormente como de compra - 30 reais. Fiquei numa dúvida atroz se seguia a estratégia definida tempos atrás, ou se o cenário atual justificava uma mudança nos planos de ação.

Ainda estou em dúvida, mas não comprei nada até o momento. Motivo? Acho que vai cair mais, bem mais. O repique que eu esperava vir, com a aprovação do pacote, não veio. Está todo mundo vendo que a coisa toda é bem pior que se pensava, e piora ainda mais a cada dia que passa.

Eu penso que estamos ainda no meio de um grande movimento de baixa, que vai durar um bom tempo ainda. Olhando graficos historicos de longo tempo, dá para ver que os grandes movimentos de queda com frequência são durarouros e persistentes, levando as cotações a caírem mais de 80%. Hoje, as bluechips prediletas estão com quase 50% de queda acumulada desde seus TH, então tem espaço ainda para cair muito mais.

Por outro lado, advogando pela compra, 30 reais parece um bom preço, especialmente para quem ainda lembra que em maio o mesmo papel foi negociado a 59. Outro motivo é que hoje está caindo uma barbaridade, o que sugere que deva haver uma correção de uns 4 ou 5% por perto, amanhã, quem sabe. Poderia tentar uma jogada rápida.

Sei lá. Muita dúvida. Posso estar perdendo uma oportunidade, mas no momento o medo está mais presente. Cansei de ter esperança e me dar mal. Acho que vou ficar é quieto no meu canto, só olhando e aprendendo.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu já não entendo nada mesmo

Quando eu acho que vai subir (2a feira), cai uma monstruosidade. Quando eu acho que vai continuar caindo, sobre um montão. Acho que vou decidir por comprar ou vender, e aí na hora faço exato contrário, vai ver assim dá certo!

Agora fora de brincadeiras, a alta de hoje mostra com clareza aquele ditado - a bolsa sobe no boato, e cai no fato. Bastou a crença de que o pacotão vai ser aprovado, para a alta acontecer. Se bem que 7% de alta não compensam os 10% de queda do dia anterior, mas vá lá.

Eu já não sei o que fazer, para ser sincero. Estou no mesmo ponto de antes, mas muito mais inseguro. A idéia era acompanhar o repíque, mas aí vem a dúvida - esse aí já é o repique? Ou um espasmo que vai derivar em outra queda como a de ontem? Que notícia pode vir amanhã para derrubar esse otimismo esquisito que tomou conta do povo hoje? Eu não faço idéia. Aliás, a idéia que eu fazia era a de que nesta 3a e 4a feiras a coisa seria bem complicada, já que seriam apenas dias de espera pela resolução que só pode vir na 5a, na próxima votação do congresso sobre o pacote. Como todos puderam ver, essa minha idéia foi para o brejo.

Em minha defesa, posso dizer que ouvi comentaristas como Mauro Halfeld e Sardenberg falando coisas muito parecidas com o que eu estava pensando, ontem... se errei, não foi sozinho. Se bem que isso faz pouca ou nenhuma diferença!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Alguém viu um repique por aí?

Tá certo que no post anterior eu anunciava uma baixa que viria. Mas não pensei que seria hoje, sinceramente. Minha hipótese era exatamente a contrária. Eu acreditava em aprovação do pacotaço de ajuda, e numa alta consequente, e persistente até.

Mas o congresso americano não aprovou, e veio uma baixa monumental, avassaladora. Em determinado momento da tarde a queda era de impressionantes 14%! Depois aliviou um pouco, fechando perto dos 10%, o que já é um monte.

A queda foi tão forte que passou direto do stop que eu tinha colocado na Petr4. Continuo com tudo que já tinha em carteira. E vamos em frente com elas, então.

Bom, para piorar a coisa toda, o congresso só vai rever a merda que fez na 5a feira. Dias loucos até lá devem acontecer, com mais queda. Não consigo ver um mísero motivo para subir um tique que seja, mas vamos ver.

sábado, 27 de setembro de 2008

Para ver a baixa que virá...

... basta ler os blogs "Trading in blog" e "Cinco pesos de dois quilos", todos dois com links aí ao lado.

Os dois blogs apresentam análises super fundamentadas em dados, sobre a bagunça que está acontecendo na economia americada, e seus efeitos sobre o mundo todo. Recomendo também ler os comentários, que muitas vezes superam até os posts em conteúdo e qualidade.

Confesso que tenho lido os dois com assiduidade, e muito do cenário que estou vendo à frente está influenciado pelo que dizem nos dois blogs. Por conta deles, mudei um tanto minha estratégia, que era comprar em pontos interessantes e manter, para uma estratégia de acompanhar o repique que espero que aconteça, usando stops próximos.

Estou trabalhando com a expectativa de que vai haver uma alta a partir do anúncio da aprovação do pacote de socorro americano. Essa alta vai ser significativa, e não vai ficar um ou dois dias, mas talvez até duas ou mais semanas, levando o IBOV para uns 60 mil pontos (é chute puro, nenhum dado sustenta esse número).

Mas, depois de um tempinho de alta, as más notícias vão superar os 700 bi do pacote, mais furos vão aparecer no casco do naviozão, e a ladeira vai virar de novo abaixo. E aí vai cair muito mais baixo do que já esteve, continuando a trajetória de baixa que começou em maio e ainda vai muito adiante.

Vou aproveitar a alta momentânea para colocar stops em todas as posições atuais, caso elas ultrapassem os preços médios de compra. Sendo stopado, saio e espero a grande queda líquido ou investido em RF.

Bom, esse é o cenário previsto e o plano consequente a ele. Vamos ver agora se a realidade segue essa linha, ou se as previsões estão todas erradas, o que também é possível.

Dica de leitura

Para quem gosta de ler bons textos sobre investimentos, vai uma dica das boas:

http://br.geocities.com/sergiorn/textos.htm

Tem muita coisa boa nesse site, de vários autores, realmente vale a pena. A página de links também é bem interessante.

O texto sobre value investing postado no I.A. e copiado na minha postagem anterior, veio dessa fonte.

Gostei tanto do site que adicionei ele à lista de links aí ao lado, como "textos preciosos".

Value Investing

Encontrei no fórum Investidor Agressivo (link ali do lado direito) um tópico que me encantou, sobre value investing. Totalmente coerente com as propostas de Benjamin Graham e Warren Buffet.

Vou me permitir copiar de lá um texto intitulado "As 7 crenças fundamentais para construir disciplina emocional e se tornar um investidor em valor".

1º Crença: O mundo não vai acabar, seja qual for a reação da bolsa. No curto e médio-prazo, o sentimento dos investidores tem mais impacto no preço das ações do que os fundamentos. Mas, no longo prazo são os fundamentos que prevalecem. Durante toda a história do capitalismo os mercados têm sobrevivido e florescido após épocas de crise - Guerras Mundiais, depressões, recessões, ataques terroristas, etc. Mais recentemente, no 11 de Setembro o DOW caiu 1.330 pontos em 5 dias, mas em 6 meses recuperou toda a perda.

2º Crença: Os investidores serão sempre movidos por medo e cobiça, e o mercado irá, como um todo, reagir da mesma forma. A volatilidade é o custo de se fazer negócio. O medo irá jogar o preço das ações para abaixo de seu valor intrínseco, enquanto que a ganância irá empurra-los para cima. Os investidores em valor levam vantagem sobre investidores emocionais.

3º Crença: A inflação é o seu verdadeiro inimigo. Tentar prever as variáveis econômicas e a direção do Mercado e da Economia é pura perda de tempo - foque-se no negócio e no seu valor, e lembre-se da crença Nº 1. A inflação tem um efeito devastador sobre os investidores e existe muito pouco que se possa fazer sobre isto. Buffett disse: “a aritmética revela que a inflação é muito mais prejudicial que qualquer outra coisa resultante da nossa legislação”. As taxas de inflação têm um poder impressionante de consumir de capital. Se você acredita que pode bailar para dentro e para fora da bolsa vencendo a inflação, eu gostaria de ser seu corretor, mas não seu sócio.

4º Crença: As boas idéias são difíceis de achar, mas sempre existirão idéias boas lá fora, mesmo nos mercados em baixa. É fácil a bolsa se enganar. Qualquer investidor individual pode ir bem, não importa o que está acontecendo com o Mercado. Os investidores em valor são do tipo “bottom-up”, procurando por um negócio de cada vez.

5º Crença: O objetivo principal de uma companhia aberta é converter os recursos disponíveis em valor para o acionista. A sua obrigação como acionista é certificar-se que isto está ocorrendo. Isto não é só um dever da companhia, porquê elas são na verdade uma organização de transformação de recursos - Elas transformam todos os recursos em valor para o acionista. Se esta conversão não acontecer, é melhor então que a empresa feche suas portas.Os melhores negócios são aqueles que se destinam a converter recursos - pessoal, capital, marcas, propriedade, plantas e equipamentos - em valor para o acionista. A palavra chave para se conseguir isto é: administração.

6º Crença: Ao investir, noventa por cento do sucesso está em comprar certo. Vender a um ótimo preço não é a parte mais difícil.O mercado é bem consistente em oferecer aos investidores oportunidades para comprar ações bem abaixo de seu valor intrínseco e oportunidades para vender bem acima desse valor. Para que os investidores possam tirar vantagem disso eles devem ter uma estratégia para saber exatamente quando comprar e quando vender. É claro que, para os investidores em valor, a compra ideal é aquela que pode ser mantida para sempre!

7º Crença: Volatilidade não é risco, é oportunidade. O risco real é uma mudança não esperada e permanente no valor intrínseco da companhia. O investidor em valor não se importa com os movimentos do dia-a-dia do mercado. O preço justo de um papel não varia tanto quanto os preços do papel. Benjamin Graham ficou famoso por dizer que o mercado está lá para servi-lo e não para guia-lo em suas decisões de investimento. Os reais riscos de um negócio são a queda em seu fluxo de caixa e a deterioração de seus fundamentos econômicos, que serão maximizados ou minimizados de acordo com o preço que você pagou por ele.

Segunda feira sobe?

Se o governo americano conseguir aprovar seu pacotaço durante o final de semana, como promete, acredito que a bolsa na semana que vem deve subir um bom tanto. E aí, apesar de não crer em alta consistente, penso em entrar com compras para aproveitar o que para mim é repique.

Pretendo comprar PETR4, mas só se superar os 36,30. Já algumas vezes essa ação bateu nos 36 e voltou, então não vale a pena comprar abaixo desse patamar. Andei pensando em LAME4, mas não estou muito convicto de operar com essa... preciso estudar mais ela antes de decidir. Outra que sempre está nas minhas considerações é a GGBR4. A cotação atual está bem baixa, pode dar uma subida forte.

Uma outra consideração é sobre a VALE5. Para um prazo mais longo, acreditando em recuperação das cotações históricas, a Vale é uma baita oportunidade. Caiu mais que Petrobras, nessa crise. Desceu dos 59,22 até os atuais 34,59 reais, enquanto a Petro caiu dos 53,68 para os 35,43. Mas sempre é bom ter cautela aí, porque nada indica que a trajetória de baixa tenha realmente acabado. O que hoje parece muito bom pode em um futuro nem tão distante ser considerado apenas a metade da ladeira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Era repique e não deu compra

Viram, era repique mesmo. Eu não pude acompanhar de perto, mas vi que já na segunda-feira caiu de novo, e desde então está oscilando bastante. Cenário bem indefinido mesmo.

Os papéis que indentifiquei não deram compra, pois nenhum deles cumpriu os requisitos abordados. Estou com o que já tinha em carteira, e com uma outra grana em conta, esperando melhor hora. Acho que vou esperar bastante, pois essa queda está longe de acabar.

Se o congresso americano aprovar o pacote, capaz de dar uns tantos dias de alta, como eu tinha previsto antes, em um repicão maior. Mas não deve ir muito longe. Eu realmente não creio em alta consistente num futuro próximo. Para mim estamos em tendência de baixa, e nesse contexto qualquer alta é sempre exceção.

As confusões na economia americana estão apenas começando, isso está ficando cada vez mais claro. Muita coisa ainda está por vir. Mudanças profundas no sistema são possíveis, com maior regulação governamental, maior interferência do governo, mais controles e limitações no sistema financeiro. Alguns analistas indicam até que estamos vivenciando o alvorecer de uma nova era, diferente do que houve até agora, e na qual os padrões anteriores não mais se aplicam. Eu tendo a acreditar nisso.

O ideal neste cenário é estar completamente líquido, para quem puder. Quem está comprado e no prejuízo tem duas opções - 1, encarteirar com vistas ao longo prazo. E sabe-se lá quão longo vai ser. 2, vender no prejuízo para reentrar bem mais abaixo, já em um contexto de retomada. Eu tenho me mantido na solução 1 já há algum tempo, mas a idéia 2 volta e meia me vem à mente como alternativa interessante.

domingo, 21 de setembro de 2008

Tamanho da minha perda no momento

Hoje resolvi fazer umas continhas simples, e descobri que desde o início da queda o valor de mercado de minhas aplicações em bolsa caiu mais de 26%, com uma perda de mais de 9 mil reais sobre um total investido de 35 mil reais.

Dolorido, huh? Sei que tem gente que perdeu bem mais que isso, mas para mim já é perda suficiente.

Falando em perda, aquela frase do Graham (ou do Buffet?) de que quem não suporta perder 50% do capital não deveria nem passar perto da bolsa, me parece bullshit. Se o caboclo comprou a preços de alta, lá perto da LTA, e viu que tá entrando em canal de baixa, pode bem desinvestir e esperar tempos melhores para entrar de novo. Essa estratégia de estancar a perda e entrar de novo inclusive me parece multiplicar os ganhos depois, na recuperação, que um dia vem.

Só vale a pena ficar comprado se os valores da compra foram bons em termos históricos. Otherwise, proteja seu capital realizando o prejuízo antes que a perda seja grande demais.

Dúvidas para amanhã

Começo deixando claro que acho que essa alta é repique, mesmo com índices estrepitosos como o de sexta-feira. Li uma porrada de coisas nesse final de semana, entre revistas semanais, jornais, sites de notícias e muitos blogs de investidores,a respeito da crise, e formei a idéia de que a bagunça está longe do final. Acho que estamos no meio de um canal de baixa persistente e duradouro, que pode bem colocar o IBOV abaixo dos 42 mil pontos, o que anularia a LTA que vem desde 2003.

Mas esse repique que iniciou na 5a feira pode bem durar alguns bons pregões, não faço idéia de quantos. E pode render uns trocos, sendo assim. Fiquei pensando se valia a pena montar alguma jogada rápida, swing, acompanhando a alta e caindo fora ao menor sinal de virada de volta para baixo.

As possibilidades que estudei foram:

- GGBR4 - Fechou a 25,99, no exato ponto de uma resistência. Daria compra acima dos 26 reais, mais pra depois de 26,30, para não cair num rompimento falso. Stop nos mesmos 26 reais, que jogada curta requer stop próximo. Poderia comprar 200 ou 300 ações.

- PETR4 - Fechou em 34,71, e a resistência está nos 36 reais. Compra mais segura só acima deste ponto, mas para chegar nele já requer mais de 3% de valorização no dia, o que é um cenário bem otimista.

- LAME4 - Essa não tem um ponto tão claro quanto as duas anteriores, mas me parece dar jogo ao passar dos 9,50. O bom deste papel é que o preço do lote é bem mais baixo, possibilitando diluir o valor da corretagem por uma quantidade maior de ações. Também serve para esgotar os trocados da conta da corretora, após comprar alguma das duas acima.

Bom, essas seriam as oportunidades que vi. Claro que tem muitas outras, se o mercado continuar com o movimento acima que fez nos dois últimos pregões, mas essas são as que estudei mais, venho acompanhando há mais tempo.

A grande dúvida é se o movimento de alta vai durar um tanto mais, ou se vai virar logo, como das outras vezes. Alguns dizem que é capaz de puxar até os 60 mil pontos, se não vier em prazo curto alguma notícia muito ruim. Seria interessante para livrar uns trocos, depois de perder uma bela bolada nessa queda toda.

Aliás, considerando que acredito que os tempos de baixa estão longe de acabar, se esse repique colocar meus papéis no positivo, talvez eu venda tudo, e aplique por uns tempos na renda fixa, à espera de tempos mais claros e oportunidades de compra melhores, com preços ainda mais baixos para todos os papéis. Falando nisso, para não esquecer, PETR4 34,88, VALE5 41,73, ELET3 31,71 (eta compra mal feita essa da Eletrobras).

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Passou um bonde e eu nem vi!

Alta de quase 10% em um único dia, bluechip com 17, 18% de valorização em um único pregão! Pelo jeito o dia foi de festa! E eu, que estava ocupado trabalhando sem acesso à rede, só fiquei sabendo depois de feita.

Mas não tem problema. Em outros tempos bem recentes, eu ficaria chateado por não ter aproveitado. Claro que estou até meio tonto ainda tentando entender melhor a situação, pensando aqui se devo comprar algo na 2a feira ou se espero mais, mas de modo geral estou mais tranquilo do que estaria lá por abril.

Em termos de longo prazo, ou mesmo em termos de recuperação de perdas, as altas de ontem e hoje são apenas cócegas. Não chega nem para colocar as cotações acima dos meus preços médios de compra dos papéis em carteira. Portanto, nada que realmente entusiasme.

Por outro lado, eu não estou conseguindo acreditar que essa é uma reversão de verdade. Não tenho dados para embasar a afirmação, mas não creio. O pacotão de ajuda americano é interessante, mas a crise é mais feia que isso. Novas bombas devem estourar mais para a frente. Vejam a tal da AIG, que há duas ou três semanas nem se ouvia falar. De repente virou protagonista na crise, quebrou, e foi estatizada! Outras mais assim deve haver por lá, nos EUA.

Outra questão - essas altas todas só confirmam uma impressão que eu tinha, de que as pessoas andam loucas por uma alta, loucas para comprar. O que também me indica que ainda não é a hora, já que o sangue ainda não está rolando. A mente do povo ainda opera em alta. O paradigma na cabeça de todos aí ainda é "vai subir". O que não combina nem um pouco com uma mercado bear.

Li em um blog (e agora não lembro qual, é um dos meus links aí ao lado) que os investidores pessoa física não venderam suas posições compradas lá na alta de maio. Isso me parece coerente com o meu parágrafo anterior, e é sinal de mais baixa, e não de alta. Sinal de que a queda, até agora, ainda nem doeu. Quando esse pessoal todo (no qual eu estou incluído) estiver louco para sair, depois de perder uma baba de grana, aí vai ser a hora de comprar mesmo.

Estou com vontade de esperar para ver. Mas confesso que a pressão por comprar, no meio dessa festa toda, é enorme. Vamos ver se resisto, ou se invento uma desculpa interessante para justificar uma entrada.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Que pulo é esse!?!

Num dia cai 6,5%, no dia seguinte sobre 5,7%? Haja coração para uma oscilação desta amplitude!

Petro hoje subiu impressionantes 8%! Oito porcento em um único pregão, em um papel que é a maior bluechip da Bovespa! Isso é uma loucura!

Ainda vou dar uma boa procurada pelas notícias, para descobrir os fundamentos dessa bagunça toda. Tem que ter algum motivo para tamanha festa.

Agora vai a 36 mil

O interessante dos previsores, é que as previsões mudam conforme vão sendo desrespeitadas. Aquela previsão de suporte em 48 mil já era, agora passou para os 36 mil pontos. Vai funcionar? Duvido muito. Eu realmente não acredito em futurologia.

Um detalhe interessante nos acontecimentos dos últimos dias: apesar das mega-quedas do IBOV, a Petro está se sustentando acima dos 30 reais. Será que esse papel fez fundo de verdade? Será que se sustenta nesse patamar mesmo que o mundo em volta desabe? Mais uma vez, eu não acredito. É só a minha opinião, mas eu penso que se tudo em volta continuar derretendo (e por que não continuaria? O cenário não melhorou nada, muito pelo contrário) a Petro pode até lutar, mas vai acabar caindo também.

Outro comentário - depois de resistir por um bom tempo à queda geral, parece que as elétricas entraram no pessimismo. ELET3, que tenho em carteira, tá caindo que é uma beleza. Por vezes penso em fazer um swap, trocando esse papel por outro mais do meu agrado, mas acabo desistindo. Um tanto porque não me agrada realizar mais uma perda sem necessidade, outro tanto porque está tudo caindo também, qual outra seria melhor que esta para entrar? Bom, poderia ficar de fora esperando, é uma hipótese a pensar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

48 mil é o fundo?

Tenho um colega de trabalho, que entende um pouco mais que eu de Bolsa de Valores, que me diz todos os dias que 48 mil pontos é o fundo dessa crise, e que mais baixo não vai. Claro que eu já cansei de pedir mais fundamentos para essa afirmação, mas ele não diz muito mais que isso.

(Eu sei, e ele também, que já foi duas vezes a 47700, mas ele diz que esse valor é "na faixa dos 48 mil")

O interessante da coisa é que com toda aquela porrada de ontem, e a abertura em baixa de hoje, permanecemos na faixa estipulada. Hoje a Bolsa já fechou, e com valorização de 1,15% ainda por cima. Estamos a 49 mil pontos no momento.

De minha parte, acredito em uma baixa maior. Penso em 45 mil pontos, talvez até menos, como horizonte de fundo. Mas sempre fica a dúvida, ainda mais que com meus parcos conhecimentos, não sirvo muito para profeta de mercado.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Emoções e o comportamento do investidor

Acho que desde que criei esse blog já falei várias vezes do impacto das emoções no comportamento do investidor. Esse assunto me interessa, ou me chama muito a atenção por dois motivos:

O primeiro é pela minha formação, pelo meu background de psicólogo. Emoções são o prato do dia de qualquer profissional de psicologia, e a nossa atenção é sempre direcionada a esses assuntos. Posso dizer que entendo bem mais de emoções e comportamento do que entendo de ações e mercados.

O segundo motivo é bem mais importante, ao meu ver. É que eu percebo diretamente, aqui dentro, o impacto que as emoções tem no meu comportamento, e ao mesmo tempo, não encontro nos blogs e outros veículos de informação a respeito, muita abordagem do tema.

Hoje, por exemplo, o mercado está numa alta interessante, que vem depois de outra bela alta ontem. Ações da Petro recuperaram tudo que haviam perdido na semana. Vale subiu um bom tanto também. E começam a pipocar aqui e ali textos e comentários um pouco mais otimistas (veja o blog do Sardenberg, por exemplo). Aparecem também postagens em fóruns e que-tais mostrando jogadas de sucesso, com 5, 10% de rentabilidade em poucos dias. O vento que soprava para um lado de repente, e não mais que de repente, parece virar um furacão no sentido oposto.

O resultado disso em termos de emoção é direto. Dá uma "vontade de comprar" danada. Uma espécie de ansiedade, ou melhor, angústia de talvez estar perdendo a hora, também aparece. Toda aquela racionalidade tão fácil dos tempos de baixa parece evanescer. A visão de mercado fica obscura, turva, o foco fica limitado ao amanhã, quando não ao ontem. Fica uma sensação de urgência esquisita, como se alguma ação tivesse que ser tomada imediatamente, senão o trem parte e a gente fica na estação.

Só que não precisa ser assim, e mais, se o perfil que pretendo ter é de investidor de longo prazo, seria extremamente inapropriado me deixar influenciar por emoções tão passageiras. Preciso me ater à estratégia traçada, analisar direito os pontos de entrada já marcados, e agir com consistência. Não é fácil, e é exatamente por isso que estou escrevendo aqui. Mais que explicar para alguém, é um tanto convencer a mim mesmo da linha de ação mais correta a seguir.

E a Petro, hein? Quase 10% em um pregão!

Esses anúncios de mega-campos exploratórios são uma festa no mercado. Ontem, por causa do tal do Iara, as ações da Petro pularam quase 10% acima. Alguns pontos a respeito disso achei interessantes:

- Primeiro, que olhando pelo lado dos 9%, parece uma enormidade, mas se for ver, não recuperou nem a cotação que tinha no início da semana, na abertura do dia 08/set. Então, cautela, baixa a bola no entusiasmo que alargando um pouco mais o olhar a recuperação é incipiente.

- Segundo, ontem o movimento estava bem esquisito. Não estudei muito o que realmente aconteceu, mas perto do meio dia, quando abri o HB, o IBOV estava a 0,11%, praticamente estável. Quase todas as ações que acompanho, de diversos setores, estavam no vermelho, mas a Petro, naquele momento a 5% positivo, puxava o índice para o azul. Aí, ao longo da tarde, foi batendo um otimismo na galera aí, e os índices fizeram um rali de alta acima. E praticamente todas as ações que monitoro terminaram em alta.

- Terceiro, eu ainda acho que isso é repique, que não se sustenta. E pensando assim, pretendo aproveitar esse belo repique para finalmente tirar dos fundos aquela grana da minha esposa. Vou realizar o prejuízo, colocar a grana na corretora, e esperar os pontos de entrada que marquei como interessantes. Eu ainda acho que a Petro pode chegar nos 25 reais, e a Vale nos 30, um pouco mais à frente.

- Bom, tudo tem dois lados, então vamos ver uns dados soltos que podem apontar para altas - ouvi dizer que a Petrobras tem até o final do ano para confirmar reservas em alguns outros blocos exploratórios, e se não o fizer, terá que devolver os tais blocos. Não é informação oficial, mas se for verdade, Iara deve ser o primeiro de uma lista significativa. Aí, com uma porção de anúncios semelhantes, ficará difícil a Petr4 chegar no nível que estou querendo. Mas se isso acontecer, não será problema. Tem pontos de compra programados numa hipótese de alta.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Para baixo e avante!

Continua a trajetória de baixa. Ontem até teve uma alta significativa, mas creio que momentânea. Deve ser mais um repique, ainda mais depois da mega-queda de 4,5% que teve no dia anterior.

Alguns dados saíram interessantes, e me fazem pensar na diferença que o ânimo geral do mercado faz na análise de notícias. O PIB subiu 6%, um número fabuloso. A Petrobras anunciou mais um mega-campo de 4 bilhões de barris, ao lado de Tupi. Em momentos de alta, muito menos que isso fariam uma alegria danada no mercado, com saltos impressionantes nos preços. Mas em tempos de baixa, os efeitos positivos são atenuados, e os negativos são enfatizados.

Eu tenho pensado muito no que vai produzir o ponto de inflexão. Será um evento isolado, alguma notícia muito interessante? Duvido muito... minha expectativa é para um movimento de pequenas altas repetidas, dia após dia, assim meio como a recuperação do Botafogo no campeonato Brasileiro. Uns 5 dias de alta, e algumas resistências rompidas já fazem o ânimo da garotada virar do avesso.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dúvida do momento

Recomendei minha esposa que aplicasse uns trocos em fundos de ações, lá nos tempos de investment grade, saudosos tempos das altas. O resultado é óbvio, uma perda desagradável e constante.

Ando pensando em tirar a grana dos fundos (são 2) e deixar quieta na conta esperando uma entrada bem mais abaixo do que está agora. Acho que a queda está longe de acabar, e talvez valha mais a pena realizar momentaneamente o prejuba, e entrar de novo com preços bem menores.

Na minha mente é diferente de realizar aquele clássico prejuízo do novato - entra na alta, sai na baixa - porque não é bem uma saída, mas uma pausa. A grana voltará para as ações (e não mais fundos) em momento melhor.

Mas estou só pensando nisso por enquanto. É mais uma daquelas dúvidas que tanto menciono, que acompanham quem se arvora a investir nesse mercado de renda variável.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Falling down, down, down

Que queda ontem, hein? 3,96%, um tombaço. Foi-se o suporte dos 53 mil pontos, que o analista da corretora dizia ser forte. Estamos já nos 51 mil, e caindo. Até onde vamos?

Ontem um amigo meu estava entusiasmado em comprar Petrobras a 32,15. Eu, receoso, disse - espera cair mais, a tendência é cair, e não subir. Mas ele retrucava mas Petrobras a esse preço é uma pechincha! Não tem como cair abaixo de 30!

Será que não? Eu acho que tem sim. E vai, permanecendo as tendências atuais. Já estou na expectativa de ver (e comprar) meus lotes a 25 pilinhas. E por falar nisso, não pretendo comprar a 30, que poderia ser um ponto significativo. Acho mesmo que vai mais baixo que isso.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nada de pivots de alta

Era só um repique, mais um na série. Ainda persiste o canal de baixa, apenas com inclinação mais suave. Estamos operando na faixa entre 53 e 56 mil pontos, e enquanto estiver nessa, nada de novidades.

Ando lendo e estudando muito a questão do pré-sal da Petrobras. Acho que vem coisa boa para a empresa no final desse salseiro todo. Aliás, ando com a impressão de que o salseiro todo foi criado apenas para preservar os interesses da empresa. São só suposições minhas, nada que se deva levar muito a sério, ok?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pivot de alta?

E aí gurizada, pelos meus parcos conhecimentos, tem pivot de alta na petr4 e na Vale5, confere? Que vocês acham?

Eu estou esperando romper as LTBs para comprar mais um pouco. Sem pressa. Mas será que começou a retomada? Os analistas gráficos da corretora ainda não falam de retomada, continuam marcando mercado sem tendência.

domingo, 24 de agosto de 2008

Tinha que cair tudo...

Acho uma pena que a queda nos preços aconteça só nas bolsas. Seria ótimo ver os imóveis aqui no Rio caírem aí uns 30%, como as ações já caíram. Ou os preços dos carros, e das motos! Já pensou um belo Corolla com 30% de desconto? Ê delícia, hein? Até eu, que nem estou pensando em trocar de carro, me animaria.

Taí uma questão interessante - por que os preços dos outros ativos não caem com o cenário que faz as ações caírem?

Balanço da nova estratégia

Não contei direito, mas acho que já tem mais de mês que estou nessa nova estratégia, de operar no longo prazo, comprando em pontos significativos do mercado e evitando vendas.

Um dos resultados mais claros é que a ansiedade diminuiu muito, mas muito mesmo. No mês anterior especialmente, que foi um mês de quedas intensas, eu operei muito, perdendo sempre, e sempre atormentado por dúvidas e angústias. Nunca sabia direito o que fazer, atirei para vários lados, e me torturei internamente por perdas significativas no saldo da conta, resultado de vendas de papéis em queda.

Depois que revi a estratégia, isso tudo mudou. Primeiro não tem mais a ansiedade de ver os preços caindo. Claro que não me agrada nem um pouco ver quedas, já que tenho papéis em carteira. Mas como determinei que quedas significativas acionam novas compras que farão muito sentido depois que houver uma retomada, essa visão positiva no longo prazo à frente compensa a perspectiva negativa do momento.

Ficou mais fácil operar assim. Não tem mais aquela tentativa de "adivinhar" para onde vai o candle do dia seguinte, nem a dor de ver que foi para o lado que eu não queria. Criei alternativas de ação para caso de queda e de alta, então me sinto mais tranquilo, talvez até mais seguro.

Só que não vamos nos enganar, né? Esse cenário de tranquilidade desmorona se vier mais uma mega queda. Fico satisfeito de comprar petro a 25, vale a 30, mas não me agradaria nem um pouco ver a petro derreter até os 5 pila, só para exagerar. Caso as quedas continuem por muito tempo, vai ser um teste e tanto para minha determinação. Se vou passar ou não no teste, só o tempo vai mostrar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

E essa alta aí, gurizada?

É repique isso? Três dias de alta consecutivos, uns belos candles brancos nos gráficos, recuperação interessante nas bluechips e tal...

Eu continuo paradão. Estou comdinheiro parado esperando oportunidades de compra. Se continuar a alta, e romper a LTB, superando as resistências mais expressivas, entro com mais um lote de cada uma das minhas preferidas.

Por outro lado, se voltar a queda, novas compras só bem lá embaixo, por exemplo, Petro a 28, Vale a 30.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Paradão, só olhando

Mercado não se move, fica num sobe e desce de pequena amplitude, e eu fico parado olhando. Por isso nenhuma postagem nova por aqui.

Mas a estratégia permanece a mesma. Estou esperando para ver o que acontece. Se cair forte, aciona compras no próximo suporte forte. Se subir, no rompimento da resistência mais significativa à frente.

Sobre o cenário atual.

Entramos em uma fase em que tanto faz haver notícias positivas, elas já não influenciam. Tendência de baixa mesmo, persistente. O ânimo é outro, o padrão é outro. Mesmo quando as coisas estão subindo, se espera que caiam logo à frente. E elas caem, como consequência.

Um exemplo disso são os resultados semestrais das empresas brasileiras! Um monte delas exibindo recordes de lucro enquanto as ações caem inapelavelmente. Petrobras, Gerdau, Banco do Brasil são algumas que obtiveram lucros como nunca antes no 1o semestre de 2008, mas isso pouco ou nada influenciou o preço de suas ações.

Eu fico conjecturando o que poderia mudar esse ânimo. Se seria uma grande notícia, ou se vai ser algo assim paulatino, do dia-a-dia mesmo. Um dia dá alta, no outro também, no terceiro também... e o ânimo da garotada vai mudando, melhorando, até que uma alta consistente engrena.

Não lembro como essas mudanças de humor aconteceram nas últimas crises. Estava atuando na crise de agosto do ano passado, e no início deste ano, mas confesso que não prestei atenção a este movimento. Uma pena que não o tenha feito, pois aí não tenho padrões na memória para analisar o mercado.

Mas vamos em frente. Preservo alguma esperança de uma retomada não muito distante. Mas cada vez que vejo o gráfico de longo prazo dolarizado do Bovespa, disponível na Enfoque, me dá medo de que o ciclo esteja ainda no começo, e que mais queda ainda venha pela frente. Estamos com algo perto de 26% de queda acumulada desde o TH, e nos grandes movimentos de queda que já aconteceram na Bovespa, o total da queda ultrapassou 80%! Em uma das vezes, chegou a 91%.

Pense bem, foram 91% de queda! Soa inacreditável, mas já aconteceu. Já imaginou uma liquidação dessas, poder comprar Petrobras a 1/10 do valor dela? Dessa perspectiva é uma delícia, mas os comprados como eu têm arrepio só de pensar no caso dos papéis que estão em carteira chegarem a valer apenas 1/10 do que se pagou por eles.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Petrobras amanhã - 12 de agosto

Hoje a Petro anunciou o seu maior lucro trimestral de toda a história, logo após o fechamento do pregão. Em tempos normais, seria motivo para fortes altas no mercado. Mas duvido que vá ser amanhã. Capaz até de cair um tanto.

Irracional e estúpido, mas é assim que as coisas são.

Hoje ouvi um comentário na rádio a respeito, muito instrutivo. A comentarista avaliou que a possível queda amanhã seria causada pela queda das commodities, que influenciariam os lucros futuros da empresa.

Sinceramente, isso é bullshit. Lucro bom é lucro no bolso, realizado, no caixa, seja para mim ou para uma megaempresa como a Petrobras. E o Oil caiu apenas para 112, enquanto o plano estratégico da empresa, divulgado ano passado já indicava que ela trabalhava com cenários de oil a 35 dólares! Ou seja, ainda está tremendamente acima dos níveis esperados pela empresa, e continuará impulsionando lucros fenomenais.

Outra causa atribuída é a tal nova empresa do pré-sal. Tudo bem, há uma tremenda incerteza nesse aspecto. Mas qualquer nova empresa que vá ser criada nãoterá condições nenhuma de operar os campos, pois não tem tecnologia, máquinas, pessoas. Ainda que seja criada, apenas adminstrará as reservas, nada mais. Será apenas uma forma do governo ganhar mais dinheiro a partir do petróleo. Não vai prejudicar a empresa da qual é dono. Aliás, vamos pensar, se isso fosse acontecer, porque a empresa estaria investindo tanto no pré-sal? Para dar de graça a outros? Claro que não.

Por tudo isso, meus caros leitores, eu acredito fortemente em Petrobras. Seja com óleo a 140, a 112, ou mesmo a 80 ou 90. A qualquer destes preços a Petrobras continua super eficiente e lucrativa, pois seus custos estão muito abaixo disso. Talvez em algum ponto desses mais abaixo seja até mais lucrativa, pois não é possível repassar todos os aumentos para o mercado, dado o impacto inflacionário que isso teria.

Fechando então, deixa a Petro cair, que eu quero é comprar mais.

Mercado irracional?

Nesses tempos de baixa, o mais divertido é ouvir as análises dos comentaristas de economia do rádio e tv, quando eles se propõem a explicar os porquês das baixas monstruosas que acontecem com cada vez mais frequência.

Na minha opinião, muitas dessas análises se assemelham aquelas de horóscopo, astrologia. Se as commodities caem e a bolsa cai, foram as commodities que provocaram a queda. Se as commodities sobem e a bolsa cai, é o mau-humor dos investidores.

No final das contas, ignora-se que os mercados são feitos por pessoas, que tomam decisões plenamente irracionais e carregadas de emoção, com pouca atenção aos fundamentos. Comportam-se como bando, como manada, seguindo com pouco pensar o que todo mundo parece estar fazendo.

Outra coisa interessante é como a memória, mesmo recente, some nessas horas. Em janeiro passamos por crise semelhante. Em julho e agosto passado também. Mas agora, parece a todos que a retomada nunca mais vai acontecer. Vai, pode demorar um pouco mais, mas vai. E como vai ser? Da mesma forma que das vezes anteriores, vem um dia de alta, depois outro, e mais outro, aí o povo todo se entusiasma, a imprensa festeja, e mais gente compra, e tudo continua subindo... notícias boas são supervalorizadas, as ruins praticamente descartadas sem atenção. O exato inverso do que acontece agora, na baixa.

Eu e os stops

Não consigo me dar bem com os tais stops de proteção. Até agora, aconteceu muito mais deles me prejudicarem do que me protegerem.

Houve um momento aí para trás, que decidi operar sem stops. Foi logo depois de um violino bem estúpido na MMXM3. Tirei os stops de todas as posições. Parece sacanagem, mas foi nas vésperas da queda geral, he he he. Resultado, perdi quando tinha stops, perdi sem os stops também.

No meio do movimento de queda, fiz umas compras intempestivas. BBAS3, BTOW3 e outras. BBAS3 e BTOW3 já bateram nos stops e eu saí da posição. Inutilmente, na minha opinião. BTOW3 já voltou e inclusive superou meu valor de compra. E BBAS3 é uma bluechip tradicional, certamente no cenário de retomada que um dia virá ela iria recompor seus valores. Ademais, já havia comprado todas as duas bem desvalorizadas.

Sintetizando o pensamento, voltei a pensar que stops são importantes para quem opera em prazos curtos. Para quem entra no longo prazo, e especialmente, quem entra nos momentos de depressão do mercado, não ajudam em nada, só tiram dinheiro da conta.

Vou voltar a trabalhar sem eles. Fazendo as contas descobri que perdi mais por conta deles que por não tê-los.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mudanças demais?

Ontem recebi uma crítica muito interessante, em um fórum de debates que participo. Um parceiro de debates me questionou a respeito das muitas mudanças na minha forma de atuar no mercado. Como ele bem pontuou, eu comecei operando trades relativamente rápidos, aí troquei para longo prazo, aí voltei para os rápidos, agora estou de novo advogando o longo prazo. E tudo isso em apenas 6 meses.

É verdade, colocação bem feita pelo colega. Eu realmente tive toda essa oscilação na forma de pensar e analisar o mercado. Mas acho que isso é justamente o resultado do aprendizado. Juntando todas as leituras que tenho feito, com todos os erros e acertos que tenho cometido, deu nisso que está aí, nessas mudanças todas.

Meu negócio, nesse primeiro ano de operação, e mais que tudo, aprender. Por conta disso, até prejuízos aceito numa boa. O teste de diferentes estratégias, de diferentes formas de análise e de diferentes modos de operar está nesse pacote de aprendizado também. Faz parte.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Seguindo a estratégia

Hoje BBAS3 bateu no stop a 22,90 e saí do jogo nela. Não sei se vai cair mais, mas não cabe discutir com stop se foi bem configurado. E eu acho que foi, estava abaixo do último suporte importante.

Vida que segue. É mais uma perda significativa, mas faz parte do jogo. E seguindo a estratégia, aproveitei a liquidação em PETR4 para comprar mais um lote. O valor no momento está sobre um suporte histórico, a 33 reais. É uma compra visando o longo prazo.

Comprei mais um lote de VALE5 também. É outra que bateu num suporte a 36,30, valor mais que apetitoso para quem lembra onde ela já esteve, e sabe os fundamentos da empresa.

A minha estratégia atual é encarteirar aos poucos essas duas grandes bluechips da Bovespa, e depois lucrar bem na retomada, que um dia virá. Por enquanto, estou apenas alocando dinheiro que já estava em Bolsa, para essas compras. Mas à medida que a queda se aprofunda, penso em direcionar recursos que estão em outras aplicações para aproveitar as ofertas do mercado em queda.

Comentário geral: Falando em queda, tá feia a crise, hein? Cai todo dia, e nem é aos pouquinhos, é aos lotes! 5% a cada pregão, não é brincadeira. Onde será que isso pára?

sábado, 2 de agosto de 2008

Um texto divertido e instigante

Estou lendo, aos pedaços, o famoso clássico dos investimentos "O Investidor Inteligente" de Benjamin Graham. O livro teve sua última atualização pelo autor (que já é falecido) em 1973, mas recebeu comentários na edição de 2003 de Jason Zweig que o atualizam. É um livro muito interessante, embora de leitura um tanto cansativa.

Do livro, copio um texto que me fez pensar bastante, e que me parece muito apropriado para a situação atual da Bovespa:

NOTÍCIAS QUE VOCÊ PODE USAR

As ações estão em uma queda vertiginosa, por isso você sintonizou a televisão para conferir as últimas notícias do mercado. No entanto, em vez da CNN, imagine que você pudesse sintonizar a Rede Benjamin Graham. Na RBG, o áudio não capta aquele toque famoso da campainha de fechamento do mercado, o vídeo não foca os corretores zanzando pelo pregão da bolsa de ações como roedores irados. Tampouco a RBG apresenta quaisquer imagens de investidores boquiabertos nas calçadas congeladas enquanto flechas vermelhas disparam acima de suas cabeças nos mostradores eletrônicos de ações.

Em vez disso, a imagem que enche a tela de sua TV é a fachada da Bolsa de Valores de Nova York, decorada com uma bandeira gigantesca onde se lê: "LIQUIDAÇÃO! 50% DE DESCONTO!" Como música de introdução, o conjunto Bachman-Turner Overdrive pode ser ouvido tocando bem alto seu sucesso "You ain't seen nothing yet" (você ainda não viu nada).

Em seguida, o âncora anuncia alegremente: "As ações se tornaram novamente mais atraentes hoje à medida que o Dow caía outros 2,5% com volume pesado, o quarto dia seguido em que as ações se tornaram mais baratas. Os investidores em tenologia tiveram um dia ainda melhor à medida que companhias importantes como a Microsoft, perderam quase 5% no dia, tornando-as ainda mais atraentes para a compra. Isso vem em acréscimo às boas notícias do ano passado de que as ações já haviam perdido 50%, colocando-as em níveis de subvalorização não vistos há anos. E alguns analistas destacados estão otimistas de que os preços podem cair ainda mais nas semanas e nos meses seguintes."

O noticiário corta para o estrategista de mercado Ignatz Anderson, da firma de Wall Street Ketchum & Skinner, que diz "Minha previsão é de que as ações perderão mais 15% em junho. Estou cautelosamente otimista com o fato de que, se tudo caminhar bem, as ações podem cair 25%, talvez mais."

"Esperamos que Ignatz Anderson esteja certo", o âncora diz alegremente. "Preços de ações em queda seriam uma notícia fabulosa para qualquer investidor com um horizonte muito extenso. E agora voltamos a Wally Wood para nossa previsão do tempo!"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Era repique mesmo

Marcelo estava certo em sua recomendação de esperar mais nas compras. Ontem e hoje o mercado virou, configurando que aquela alta toda era um repique apenas.

Mas isso me faz ficar arrependido da compra que fiz? Não, de forma alguma. Essa possibilidade de queda já estava prevista na estratégia. Pensei tanto no cenário de alta quanto no de baixa, e estou me posicionando em relação ao longo prazo.

Novos movimentos:

Hoje, com a queda na Vale5, aproveitei para fechar o lote que estava incompleto. Tinha 50 ações da empresa, comprei outras 50. Também quero encarteirar Vale5, e acho que estamos em um patamar de preços muito favorável historicamente. Para mim esse é o momento de comprar, mas como não sei se as baixas acabaram ou não, estou fazendo isso aos poucos.

Se a Vale5 cair mais, até o próximo suporte, que parece ser em 36,30, devo comprar mais um lote. A mesma coisa com a Petr4. Se ela chegar perto dos 33 reais, compro mais 100 delas.

Na carteira tenho também 400 BBAS3. Comprei a um bom preço, considerando longo prazo. Penso em mantê-las, tal qual estou pensando para Vale5 e Petr4. Mas ainda estou considerando, estudando melhor o papel e seu comportamento. Pelo que vejo nos gráficos, é uma ação que oscila fortemente, mais que as outras duas. Não tem a mesma tendência clara de alta configurada no longo prazo. Mas é uma bluechip, um megabanco que vem apresentando bons resultados.

Outra que tenho em carteira é Elet3. Essa não comprei a um bom preço, e não pretendo manter por muito tempo. Não conheço a empresa muito bem, nem vinha acompanhando o papel há mais tempo. Foi uma daquelas compras de impulso, baseadas em pouca análise é muita esperança. Não vendo agora porque está no prejuízo, e como não é mico, não tem porque me ver livre delas correndo. O setor elétrico é o que resistiu melhor à crise, de modo que uma alta no papel não é totalmente fora de questão. Mas quando essa alta vier, se vier, realizarei o lucro bem cedo.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Montando posição

Conforme venho falando, hoje comecei a montagem de uma nova posição, agora com vistas ao longo prazo, final do ano, por aí. O jogo é em Petr4.

Cenário Bovespa: No momento eu acho que chegamos ao final da queda. Claro que é possível que caia mais, até o suporte em 56 mil, ou 53 mil pontos, mas a força vendedora já não é mais a mesma. O cenário externo continua conturbado, muito afetado por qualquer notícia, seja boa ou ruim, o que pode levar a bolsa tanto acima quanto abaixo. Mas não me parece mais que estejamos num canal de baixa persistente, a mim parece que esta é uma queda localizada como foram as de ago/2007 e jan/08.

Cenário Petrobras: O papel deu sinal de fundo, disseram os analistas da corretora. Ontem subiu forte, mas não está assim tão confiável em sua força de alta. Hoje abriu em leve queda, o que era esperado. No médio prazo, vem a divulgação de resultados trimestrais da empresa, que acredito que seja extremamente positiva, como foram os do 1o trimestre. Esses dados devem impulsionar o papel para cima. Ontem também foi divulgado recomendação de compra da Merrill Lynch, o que é outro fator positivo. Eu acredito que sejá possível retomar os patamares históricos ao longo do ano.

Estratégia: Pretendo comprar lotes ao longo do tempo. Caso o papel suba, compro a cada resitência rompida. Caso caia, no próximo suporte. Como não tenho lá tanto dinheiro assim para investir, o total da aposta deve bater num máximo de 500 ações, chutando por alto. O horizonte, como já falei, é de longo prazo. No mínimo até o final do ano. É position trade, desta vez. Stops serão configurados abaixo dos suportes mais importantes, não necessariamente dos mais próximos.

Analisando a análise técnica do bovespa - 3 dias

Na esteira dessa conversa que aconteceu alguns posts para trás sobre a importância de notícias e indicadores fundamentalistas para a tomada de decisão, eu resolvi fazer um pequeno estudo pelo outro lado, ou seja, verificando o quanto as análises técnicas do Bovespa que a corretora faz todos os dias após o pregão realmente servem de indicador para uma boa decisão.

Para começar, a análise do dia 28/07, um dia de quedas:

O Ibovespa soltou mais um candle de dúvida no gráfico diário, mas que deixa os indicadores do mesmo jeito que estavam: vendidos. A tendência de venda continua e as Bandas de Bollinger sinalizam que estamos no meio de um movimento de venda. Abaixo de 56400, o mercado perde a linha de tendência de alta do gráfico semanal e busca os 56000 e 55600, mas só tem suporte forte em 53000.
Do outro lado, temos a linha de tendência de alta do gráfico semanal ainda resistindo e o Trix do gráfico de 60 minutos comprado. Acima de 57700, o mercado perde a tendência no intraday e só começa a mostrar alguma força acima de 58400. Outras resistências em 59500 e 60000, linha de tendência de baixa do gráfico de 60 minutos.


Como sempre, mostram os dois lados, indicadores apontando baixa, e outros indicando alta. Mas a tendência identificada é venda, inclusive falam que "estamos no meio de um movimento de venda". Bom, no meu dicionário estar no meio significa que outra metade do caminho, na mesma direção está por vir. Não foi o que aconteceu.

Análise do dia 29/07, primeiro dia de alta:

O Ibovespa soltou um candle positivo, mas ainda dentro dos limites do dia anterior. O Movimento Direcional ainda mostra tendência de venda, temos o Trix vendido e as médias móveis apontando para a venda no gráfico diário. Abaixo de 56800, o mercado testa o suporte de curto em 56400, aonde o Ibovespa perde a linha de tendência de alta do gráfico semanal e fica liberado para buscar os 56000 e 55600. Suporte forte só na faixa de 53000.
Do outro lado, temos as Bandas de Bollinger ameaçando fechar para sinalizar o fim do rali de baixa no gráfico diário e o gráfico de 60 minutos sem tendência, mas com os indicadores comprados. Acima de 58400, o índice rompe a linha de tendência de baixa do gráfico de 60 minutos e repica para 59000 e 59600, linha de tendência de baixa do gráfico diário. Outras resistências em 60000 e 61300.


O que era meio do movimento já não parece tão certo, mas a corretora ainda parece apostar na baixa. Nada no texto permitia antever o movimentão de alta que haveria no dia seguinte, não é mesmo?

Aí veio o dia de ontem, e mudou o panorama, ao menos por enquanto... (vai saber o que hoje nos reserva!). Análise do dia 30/07:

O Ibovespa soltou “Marubozo” no gráfico diário, candle que mostra força de alta e fecha as Bandas de Bollinger, sinalizando o fim do rali de venda. O ADX do Movimento Direcional passou a cair, o que também sinaliza um fundo e faz o mercado perder a tendência de venda. O dia terminou com todos os indicadores comprados no gráfico de 60 minutos e com a linha de tendência de baixa rompida, dando o primeiro ponto de compra. Acima de 60200, o mercado segue para 60800 e 61300, resistência da banda superior do Bollinger do gráfico diário e próximo ponto a ser rompido. Outras resistências em 62100 e 62600, principal resistência do gráfico diário.
Do outro lado, ainda temos tendência de venda no gráfico semanal e um “Eight to ten new price high” no gráfico de 60 minutos, padrão de reversão, mas que ainda precisa de um candle negativo na primeira hora do dia para confirmar. Abaixo de 59200, o mercado fica perdido também no intraday com pontos em 58200, 57500, 56900 e o atual suporte em 56400/56000.


Agora a corretora viu fim do rali de baixa, fundo confirmado e fim da tendência de venda. Indicadores comprados e ponto de compra sinalizado. Mas ainda é possível encontrar indicadores apontando o contrário, com um padrão de reversão no gráfico de 60 minutos esperando por confirmação na abertura de hoje.

Conclusões:

Se as notícias vem depois do fato, também dá para dizer que a análise técnica tampouco serve de preditor acurado do comportamento do IBOV. As explicações aparecem com clareza depois do acontecido, mas antes, pouco há indicando o que vai acontecer.

Consequências para a tomada de decisão - não dá para confiar em indicador algum, nem em um tipo apenas de análise. Há um conjunto de fatores que influenciam o mercado, todos ao mesmo tempo, e frequentemente em sentido contrário. Qual deles vai ganhar nunca se sabe. Todo o estudo e atenção às notícias servem para tentar diminuir um pouco a incerteza nas apostas, mas no final das contas, o risco sistêmico, aquele que não dá para mitigar, ainda é enorme.