sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Férias!

Estou em férias desde o dia 19, em viagem pelo sul do país, lugar onde nasci e para onde volto todos os anos. Cheguei a pensar que durante essas férias teria mais tempo para estudar melhor meus investimentos e tal, mas a verdade é que quanto menos coisas se faz, menos coisas se quer fazer. Estou verdadeiramente aproveitando as férias como elas devem ser aproveitadas, com doses maciças de ócio nem um pouco criativo.

Volto à baila depois do dia 8/janeiro.

Até lá, boas festas a todos os que acompanham esse blog, e meus votos de um 2010 ainda melhor que 2009, se é que 80% de valorização em apenas um ano pode se repetir! Mas na real, bons negócios a todos, e que tenhamos serenidade e competência para tomar as melhores decisões em nossos investimentos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Novo estudo de pechinchas

Por conta de um pedido do meu amigo e trader Robson, fiz hoje nova aplicação da Magic Formula para identificar pechinchas. Utilizei como filtros desta vez:

- Preço/Valor patrimonial entre 0.00 e 3.00 - Depois de um ano de forte alta, não adianta mais querer encontrar empresas sendo vendidas abaixo do seu valor patrimonial. Mas também não me parece adequado deixar esse indicador livre, pois pode retornar empresas que estariam muito sobrevalorizadas;

- Preço/Lucro entre 1.00 e 10.00 - procurei empresas com payback abaixo de 10 anos, mas que não estejam no prejuízo;

- EV/EBIT e ROIC maiores que 0.01 - Novamente, apliquei esse filtro para evitar empresas com retorno negativo na lista;

- Evitar repetições de ações - Retirei dos resultados as ações repetidas de uma mesma empresa;

- Evitar micos absolutos - Retirei da lista todas as ações com volume médio negociado menor que 1 milhão nos últimos 2 meses.

Classifiquei a lista de acordo com os critérios:

- Classificação crescente para EV/EBIT;

- Classificação decrescente para ROIC;

Somei os pontos desses dois ranqueamentos, e deu na lista a seguir, já na ordem de melhor para pior. Clique na figura para abrir maior e poder ler.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Padrão de comparação para as pechinchas da Magic Formula

Seguindo dica do Renato nos comentários da postagem anterior, segue o gráfico do IBOV para o mesmo período analisado nas pechinchas, de 29/maio a 18/dezembro.

A valorização da Bovespa foi de 25,56% no período, inferior à maior parte das smalls selecionadas pelas Magic Formula. Com exceção da Celesc, Petenatti e Tupy, todas as outras tiveram performances bem maiores, na ordem dos 40%.

Por um lado, isso demonstra que a fórmula funciona para escolha apropriada de papéis com boas bases e perspectivas. Por outro lado, o fato de 1/3 dos papéis selecionados terem performance inferior é sinal de alerta, avisando que o risco sempre permanece próximo. Não há método de análise infalível.


sábado, 19 de dezembro de 2009

Como andam as pechinchas de 30 de maio?

Em 30 de maio eu fiz um estudo com a Magic Formula de Greenblatt, levemente adaptada para meus interesses e preferências, para identificar papéis com bons fundamentos e em bom momento de compra. Foi o estudo que deu base para a compra da FESA4.

Hoje me deu curiosidade de ver como aqueles 10 papéis evoluíram nesse tempo, de junho até agora. Quais subiram, quanto subiram, quais ficaram no lugar... será que algum deles caiu? Vamos ver como andam as pechinchas!


E vejam só, as duas vencedoras são PFRM3 e EZTC3. Lindas valorizações de praticamente 80%. Ê delícia!

As minhas duas small não ficaram mal na foto, com o 3o e 4o lugar na lista. ROMI3, que andei cogitando comprar ficou pior colocada, veja só...

O interessante é ver a TUPY3. Foi a única que caiu. E é impressionante que um papel tenha perdido valor nesse ano de tão forte valorização geral e otimismo com o futuro!

Vamos ver os gráficos de todas elas, para saber mais de como passaram esse tempo todo, e pensar em perspectivas para o futuro. Ah, todos os gráficos foram customizados para apresentar o período entre 29/05/09 e 18/12/09.

Essa aí abaixo é a Profarma, a grande vencedora. Uma bela trajetória de alta, mas meio que em degraus. Recentemente deu uma rompida de resistências e retornou, provavelmente ferrando vários que acreditaram na conquista de mais um degrau, he he he.




EZ TEC, a que me parece ter o melhor gráfico. Lembro que não entrei nela porque naquela época já somava mais de 100% de valorização desde o fundão. Uma bela prova que não tem limites para altas, 100% pode ser muito, mas pode ser muito pouco também. Se olhar desde fevereiro ou março, o valor deste papel quase quadruplicou. Nada mau, huh?




Sanepar, a minha caçulinha. Tenho uns trocados insignificantes aplicados nela. Lembro que por muito tempo depois de comprar fiquei achando que tinha feito bobagem. É outro papel que se move em degraus, e o único nessa lista que engatou rally de alta recentemente. Deu uma coisa aí nela em dezembro e os preços voaram dos 2,40 para os 2,70. Claro que pintou arrependimento de não ter comprado mais, mas por outro lado é papel de liquidez muito baixa, e nesse sentido um pouco perigoso.




Ferbasa, a minha predileta! Teve uma alta estupenda até outubro, quando cheguei a ter mais de 70% de valorização. Mas de lá para cá o papel engatou uma triste e consistente tendência de baixa, diretamente relacionada a resultados trimestrais bem fraquinhos. Se eu fosse mais dado a jogadas ágeis, já deveria ter saído dela. Mas como confio nos seus fundamentos e nas perspectivas de futuro, vou ficando. Ando pensando até em comprar mais, mas aí é melhor esperar confirmar um fundo, pelo menos. Comprar no meio da baixa é bobagem.




Indústrias Romi, a vice-campeã nas minhas preferências de junho. Foi difícil decidir entre essa e a FESA4, e olhando este gráfico e os números, dá para ver que teria sido praticamente a mesma coisa. As duas tiveram uma alta forte, e agora vem em tendência de queda. Mas me parece que FESA4 está um pouco pior configurada no gráfico, pois ROMI3 ainda não perdeu os suportes mais significativos.




Bematech. É interessante ver como os gráficos dessas smalls se parecem. Essa está no time de  FESA4 e ROMI3. Teve uma boa alta até novembro, e agora mostra uma tendência de baixa significativa. Só que BEMA3 me parece ter feito um fundo duplo ali nos 8 reais recentemente, e talvez seja a melhor configurada para uma retomada entre essas três.



Mas que fria essa Petenatti, hein? Dá uns saltos inesperados, e depois faz um longo retorno à mediocridade. Além disso, liquidez minúscula, o que a torna muito vulnerável a especuladores mais agressivos, que podem manipular os preços. Estou completamente fora de uma aposta dessas.




Celesc vinha em uma trajetória de leve alta, praticamente lateral, até dar uma empinada muito esquisita já em dezembro. Mas tão rápido quanto subiu, desceu. Não é meu tipo de papel, muita volatilidade, muita incerteza. E afora esse salto estranho, o ritmo de valorização é muito tênue.



E agora com vocês, a mais fria de todas, a única que conseguiu perder valor em um ano de valorização geral. Tupy. Papel de pouca liquidez, e altíssima volatilidade. Se move aos saltos, tanto acima quanto abaixo. Definitivamente não faz meu tipo.



A Tupy serve bem como mostra de que não bastam bons fundamentos para um papel ter boa performance, ou melhor dizendo, a análise do passado não garante um dia à frente, seja por meio de fundamentos ou de gráficos. Seja lá a ferramenta ou método de análise e escolha, tem que ter sempre na mente que pode dar errado.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mais uma semana em baixa - Registro semanal 18dez


Uma perda bem desagradável de 3,21% em uma única semana. Parece que já começou a realização de fim de ano, com a garotada embolsando os bons lucros do ano.

Bom, bons lucros para os que souberam brincar, porque agora eu já estou de volta ao prejuízo, considerando o total das aplicações, e tomando como referência ao início dessa coisa toda de investir em ações.

Se bem que considerando cada aplicação isoladamente até que os resultados não são ruins, como se pode ver aí acima. Só que aí seria brincar com números, porque operações isoladas não significam nada, o que importa é o bottom line!

Derretendo de novo?

Mas cadê o tal otimismo de dezembro? Tô perdendo em todas as frentes. E sem saber se saio ou se fico.

Chega uma hora que nem dá mais vontade de sair mais, porque fica aquela imagem da cotação que já se teve martelando a mente. Vendo as FESA perto dos 11 pila, se já vi ela quase nos 14? Será que não seria precipitação? O cenário dela de futuro não me parece ruim assim, as condições que me fizeram comprar ela ainda estão aí. Se eram válidas antes, porque achar que deixaram de ser agora?

Ando pensando em nadar contra a corrente, só para ver no que dá. Ao invés de fazer o que a emoção me manda, que seria sair das FESA4, que tal comprar mais? Poderia aproveitar essa queda toda para comprar valor em liquidação!

Essa idéia faz muito sentido quando relatada em livros bem depois do fato, mas na hora de fazer dá um receio danado de estar pulando para dentro de um barco que está afundando. Aquele mantra de "compra na baixa, vende na alta" é fácil de dizer e escrever, mas na hora de fazer é que se percebe o quanto é contra-intuitivo. É muito mais fácil e confortável pensar em comprar algum papel aí no meio da tendência de alta!

Bom, no meio das minhas habituais dúvidas, não tenho feito nada. Essa semana passei toda mergulhado em tanto trabalho que nem tive tempo de pensar a sério nessas coisas todas, mal dava tempo de olhar as cotações. Mas agora entrei de férias, vou dar uma pensada nessas coisas todas com mais carinho e cuidado.

Porque eu não sou um bom investidor

Por alguns motivos bem simples:

- Demoro demais para decidir, perdendo sistematicamente tanto pontos de entrada quanto de saída;

- Deixo que as minhas emoções interfiram nas decisões de investimento;

- Não mantenho a estratégia traçada no princípio, e deixo as razões flutuarem ao sabor do momento;

- Me incomodo demais com os erros, fico apegado ao passado, não consigo "deixar para lá" facilmente.

Bom, taí uma boa lista. E esses são apenas os motivos que consigo pensar agora, entre os que vêm me atrapalhando. Deve ter ainda uma porção de outros.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Andando de lado - registro semanal 11dez

Essa foi uma semana em que minhas ações tiveram uma pequena queda. Umas subiram (VALE e SAPR), outras caíram (PETR e FESA), e no final quase tudo ficou na mesma. Contando pela valorização total da carteira, já tive dias melhores.



quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tempos de blog parado

Nestas últimas semanas o trabalho está me exigindo maior atenção e envolvimento, então não tenho postado quase nada por aqui. Tampouco tenho tido tempo de estudar ou sequer ver melhor o que está acontecendo. Vejo apenas o gadget dessa página indicando como andam meus papéis, e por meio dele me parece que a FESA está numa rota muito desagradável de queda. As outras também andaram caindo um pouco, mas bem menos.

Andei pensando em vender as FESA e comprar outra coisa, mas como não tive tempo de estudar melhor a operação, não a fiz. Fico pensando também que essa queda pode ser é uma oportunidade de comprar mais FESAs, e não de vender as que tenho, compradas a um preço muito bom.

Só que tenho medo da história das minhas ARCZ6 se repetir. Assisti o papel empinar acima uns 100%, depois vi cair de volta tudo que tinha subido, sem fazer nadinha. Aí depois de outro movimento vendi com 20% de valorização. Um ganho expressivo, mas comparado com o que poderia ter tido, quase nada.

Quem aí está mais atento, o que está rolando aí que justifique essa queda, essa paradeira? Dezembro não era para ser mês de euforia, de alta?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Registro semanal 05dez


Semana de perdas em quase todos os papéis. FESA4 tinha dado um fundo duplo dias atrás, mas com essa nova queda está muito mal configurada, pivot de baixa escancarado. Está em situação de extrema atenção, pois se aproxima dos suportes mais importantes. Talvez valha a pena largá-la por uns tempos, caso não retome os melhores momentos. Mas será uma retirada temporária, se vier, pois eu continuo acreditando na empresa.

Registro mensal nov09

Depois de um outubro muito fraco, novembro trouxe números melhores. Nada comparável a abril, julho, agosto ou setembro, mas um bom número. Valorização da carteira no mês de 5,35%, resultando em valorização no ano de 60,85%.



Outros dados interessantes e que não constam da planilha: Neste mês meu patrimônio teve evolução de 1,84%, e no ano já chega a 38,58% contando desde janeiro. Nada mau, não é mesmo?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Alta irrisória - registro semanal 27nov

Bom, pelo menos não caiu, mesmo com o tombão do dia de ontem. Como foi uma semana absurdamente corrida no trabalho, nem acompanhei o mercado mais de perto. Só deixei rolar.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Semana muito corrida

Correria total nessa semana está me mantendo afastado do blog e dos investimentos. Vi hoje que a Bolsa caiu desesperadamente hoje, mas não estou pensando em fazer nada. Só me preocupa a FESA4, que engatou queda pra valer, e eu já me pergunto quando e se vou sair dela.

sábado, 21 de novembro de 2009

Postagens interessantes pela blogosfera

Passeando os olhos pelos meus blogs favoritos, encontrei algumas postagens muito interessantes no Seagull Trading. Em especial, me chamaram a atenção estas aqui: Entre as ações do Ibovespa e Mais um ponto de inflexão

Outro que postou boa coisa foi o Robson Marchesi, em seu Diário de Trader. A pedido, ele analisou as ações FHER3, EZTC3 e BEMA3 utilizando o ferramental da análise técnica, mas com ênfase em longo prazo. Ficou bem interessante.

Eu ando pensando em fazer um swap entre os papéis que tenho em carteira, em busca de outra ação que mostre mais potencial. Ainda não decidi se venderia uma parte das posições de FESA4, que parece estar cansada de subir já faz uns tempos e foi impactada por resultados trimestrais desfavoráveis. Porém também penso que essa queda pode ser um ponto de entrada. Boas compras são feitas nas baixas, quando todos pensam em vender.

Por outro lado, poderia fazer um swap de uma parte de VALE5 e PETR4, sendo que essas duas seria pelo motivo oposto - já subiram um bom tanto, pode ser uma boa hora de realizar lucros. Mas aí, será que a hora é essa mesma, ou elas ainda estão no meio da rampa acima?

Um pensamento que me deixa receoso de fazer essa operação é aquele paradoxo da fila, que se vê nos supermercados e pedágios. A fila ao lado anda mais rápido, mas somente até o momento que você sai da sua e vai para ela. Aí, como que por encanto, é aquela que você estava que começa a andar rápido.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Registro semanal 19nov

Semana teve boa valorização em VALE5 e PETR4, mas a queda na FESA4 deixou o resultado final muito próximo do zero. 

Ao que parece a Ferbasa caiu devido aos fracos resultados trimestrais, publicados nesta semana. Na verdade já vinha fraquejando faz algum tempo, na expectativa do que veio agora. Mas eu li o ITR inteiro, e não vi motivos para me apavorar. A situação realmente não foi das melhores, mas a mim pareceu transitória, resultado ainda da crise. Se pensar bem pode até dar novas oportunidades de entrada para quem estiver pensando em prazos mais extensos. Não é demais lembrar que é na queda das boas empresas que estão as boas entradas.





terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pensando em PIBB11

Nos debates que seguiram o meu post "Ainda sobre o mesmo assunto..." Robson sugeriu que eu operasse em PIBB11, na estratégia de compras rotineiras. Não é bem meu estilo operar compras rotineiras, até porque não tenho sobras de grana rotineiras para fazer aportes.

Mas fiquei pensando na hipótese de investir em PIBB11 em vez de comprar uma ação específica. Não para a totalidade do capital, mas quem sabe para uma parte, como uma compra defensiva. Ao invés de comprar uma porção de papéis tentando diversificar e reduzir risco, compra-se um que em si já é uma cesta diversificada. Parece como entrar num fundo de investimentos sem os inconvenientes dos mesmos - sem taxa de administração e nem D+1 na saída.

Só que fui olhar a cotação do PIBB11, e me assustei - 94,49 reais no fechamento de hoje! Com um valor tão alto fica difícil operar, pois cada lote sai por mais de 9 mil reais. Claro que dá para comprar no fracionário, mas eu não gosto muito de operar frações, me parece que os custos de transação ficam mais altos. Na hora de vender, você tem 150 ações, tem que vender 100 de um jeito e 50 de outro, paga duas corretagens (pelo menos assim me explicou quem atendeu o 0800 da Ativa).

Me agradaria bem mais se a cotação deste papel fosse mais baixa, possibilitando a idéia de comprar uns lotezinhos aqui e ali, para guardar. Aí seria uma alternativa a considerar nas estratégias.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Registro semanal 13nov


Ainda sobre o mesmo assunto...

Recebi uns comentários bem interessantes na última mensagem, do Marcelo Veiga e do Robson Marchesi, e ao responder me veio a idéia de que os argumentos que usei na resposta merecem uma nova postagem. Então aqui está ela.

Analisando um pouco mais à fundo o que me incomoda na AT, percebi que praticamente todas as ferramentas de análise que eu conheço são baseadas em unicamente um elemento - os preços. Que por sua vez são baseados no comportamento dos traders, então no final das contas temos vários tipos de registro, organização e combinação, mas todos embasados em apenas uma coisa só.

E é aí que acho que a coisa fura. Eu conheço a teoria dos mercados eficientes, ou a proposição de que os preços já embutem tudo, verdadeiro mantra dos analistas técnicos mais xiitas. Conheço e não concordo, devo dizer. Pois embora seja verdade para o passado (os preços ali demonstrados efetivamente embutem tudo), não diz nada adiante.

E aí vem outra questão - o que pode dizer adiante? Se qualquer um sabe que prever o futuro é impossível, como querer saber adiante?

Acho essa pergunta mal colocada. Já fui empresário, e hoje trabalho em uma grande empresa multinacional. Os negócios, os investimentos, o lançamento de produtos, tudo é pensado anos à frente. Não se propõe a duplicação de uma planta de celulose, por exemplo, sem ter uma noção razoavelmente clara da demanda por celulose daqui a 5 anos, quando a planta estará operante. Não se joga milhões de dólares em aluguel de sonda e equipamento de perfuração de poços sem ter uma boa noção de rentabilidade para quando o óleo estiver sendo produzido, seja quando for. Investimentos são feitos não pelo cenário atual, ou pelo comportamento passado, mas única e exclusivamente pelo cenário futuro. E precisam ser feitos agora, não apenas quando as tendências se consolidarem. Quando isso acontecer já é tarde.

Então, percebo cada vez mais que, à medida que o prazo dos meus investimentos aumenta, também aumenta minha necessidade de fundamentos para decisão de investimentos. Se para fazer um swing-trade de poucos dias basta identificar um bom momento no gráfico, com um canal amplo o suficiente e indicadores favoráveis, para colocar grana num papel por vários meses é importante ter maior noção do que está acontecendo com a empresa em questão, com o mercado dela, com os concorrentes, e com a economia toda. Quais as tendências, não dos preços apenas, mas econômicas, culturais, tecnológicas, demográficas e outras que podem afetar o ambiente de negócios daquela empresa.

Isso aí eu ainda não sei fazer, não estou sequer perto de saber. Mas esse é o espírito da análise fundamentalista. Descobrir um papel que tem bons fundamentos e boas perspectivas, mas que se encontra precificado abaixo do que vale.

Ah, essa análise não tira o risco do investimento, nem talvez o diminua. Permanece o futuro sendo tão incerto quanto antes. Apenas permite pensar com mais bases que unicamente o comportamento passado dos investidores.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não dá para pensar um pouco mais longe?

Todos os dias eu recebo e leio o reltório de análise técnica da minha corretora. Uma coisa que sempre me incomoda é o horizonte de tempo da análise. Mesmo que praticamente nunca seja mencionado claramente, se percebe pelas afirmativas que é extremamente curto, de um a três ou cinco dias, no máximo.

Para quê serve essa visão tão curta? Só day-traders podem se beneficar de uma análise técnica? Ou a AT está se aparentando a metereologia, que só consegue ter alguma confiabilidade das previsões em prazos super curtos?

Eu gostaria muito de receber ou encontrar análises técnicas de horizontes mais longos, embasadas em gráficos semanais, pensando meses à frente, se possível. Não me interessa saber se amanhã a VALE5 vai cair ou se PETR4 está na beira de uma reversão baixista. A questão é mais adiante - caso caia a VALE5, ou reverta a PETR4, até onde irão? Será apenas uma realização temporária, um tomar forças para ir mais adiante, ou o cenário está realmente mudando?

Talvez eu esteja exigindo demais da AT. Para falar a verdade tenho estado incomodado com ela, com o jeito algo 'astrológico' de algumas análises de prever o futuro próximo. Eu não tenho nada contra identificar suportes e resistências, linhas de canal, LTAs e LTBs, ou até Bandas de Bollinger. É fácil encontrar o embasamento desses estudos todos. Suportes e resistências marcam momentos psicológicos dos investidores, barreiras mentais ou emocionais dos compradores e vendedores. Canais, linhas de alta e de baixa são padrões de comportamento, e como tais não garantem o futuro, mas permitem suposições. E as Bandas de Bollinger são uma ferramenta embasada na estatística para a análise dos dados, uma espécie de canal com fronteiras dependentes do comportamento recente dos investidores. Se aumenta o desvio padrão abrem-se as bandas, se diminui, fecham-se. Tudo muito lógico. Nada conclusivo, mas ainda assim lógico e interessante.

O que eu realmente queria seriam análises embasadas nessas ferramentas mas que combinassem dados de cenário, atual e futuro, para embasar suas propostas. Não acho adequado prever o futuro tendo apenas o comportamento passado dos investidores como base. É preciso algo mais, algo de outra fonte que não os próprios compradores e vendedores. Algo que vem dos outros atores envolvidos nessa coisa toda: administradores das empresas, diretores, governo, sociedade em geral.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Investidor tem dúvida o tempo todo

A única certeza que se tem é do passado. do que aconteceu e do que se fez. Do presente e do futuro, só se tem dúvidas.

No momento atual, me alegro de ver que ao permanecer comprado durante a quedinha que teve no final de outubro não cometi grandes bobagens. As perdas foram virtuais, e o total da carteira já está praticamente recomposto. A queda parou, retomamos a alta e tudo parece se encaminhar para mais acima.

Mas é sempre uma incógnita. No momento, "parece" ir para cima. Mas será que vai? Pode ser que daqui a dias, semanas ou meses seja óbvio que tudo subiria, mas no momento não. Tanto pode subir quanto descer, sem maiores avisos. Não há uma hora em que se tenha segurança da decisão tomada.

Fico às vezes lembrando dos momentos em que alguns papéis que me interessam estiveram em preços muito interessantes. GGBBR a 10,70, USIM5 a 21 reais, por aí. Por que diabos não vendi a mãe e comprei montes delas naquela hora? Simples responder - primeiro porque já não tenho mãe para vender, mas principalmente porque não parecia nem um pouco óbvio ou certo que esses papéis iriam subir o tanto que subiram depois, naquela hora. Lembro de passar um tempão comprado em Gerdau, sem ela sair do lugar de verdade. Vendi a 16 reais na impressão de que poderia cair de novo aos 10 ou 12. Olhando agora parece grande bobagem, mas era a preocupação daquele momento.

Digo tudo isso porque não são poucas as vezes que leio opiniões ou "dicas" de experts, sempre falando do passado, comentando decisões de compra que teriam sido fáceis. São fáceis só depois de darem certo, na hora ninguém sabe. É sempre uma aposta de risco.

domingo, 8 de novembro de 2009

Para quem gosta de Análise Técnica

Nesta semana tive a felicidade de descobrir que um grande amigo é também um excelente analista gráfico. Apesar de afastados por um bom tempo e um tanto de quilômetros geográficos, nos reencontramos por meio do twitter, e nele descobrimos essa nova afinidade - investimentos em bolsa! Outra afinidade é que ele também mantém um blog, que já fica de dica para os que gostam de análises técnicas: Diário de Trader

Fiquei pensando no quão pouco a gente conhece as pessoas de verdade. Robson faz parte de meu círculo de amigos ligado a motociclismo, e nunca conversamos sobre investimentos, ao que eu lembre. Provavelmente nunca chegaríamos a saber que estamos ligados neste mesmo mundo de bolsa de valores se não fosse pela internet e suas redes de relacionamento.

sábado, 7 de novembro de 2009

Registro semanal 06nov



Semana positiva, depois das quedas da anterior. Um bom tanto de alta na VALE5, que engatou uma força compradora de dar gosto. Petrobras me parece ir a reboque, já que a outra subiu, o Bovespa subiu, o povo acaba comprando PETR4 na idéia que vai subir também e aí acaba por subir mesmo. Mas não demonstra muita força.

Estou pensando muito é no caso das minhas FESA4. Andam paradinhas ao redor dos 12 reais. Bom, pelo menos pararam de cair. Se voltarem a subir com alguma força vai configurar um pivot de alta bem legal no gráfico. Mas se não subirem, podem começar a devolver tudo o que ganharam desde junho.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Leandro Stormer e outras histórias

Primeiro lugar, por que não chamam de Leandro E Stormer? São duas pessoas diferentes! Pelo nome eu pensava que era um cara só. Bom, isso é detalhe.

Ontem assisti um vídeo do site deles, comentando o fechamento. Que baita aula de análise técnica! Foram mais de 30 minutos com Leandro mostrando diretamente sobre vários gráficos os suportes, resistências, pivots, sombras de candle, setups de alta e outros conceitos fundamentais para este tipo de análise. Muito instrutivo.

Mas vale uns comentários, coisas que fiquei pensando. Ele opera com objetivos bem pequenos, ao que me pareceu, coisa de 3 a 6% em cada operação. Stops estão apertados por força da conjuntura, o que me pareceu bem apropriado, cada momento tem suas necessidades. Mas fiquei mesmo pensando foi sobre os 3%. Achei muito pouco, muito pouco mesmo. Está certo que qualquer aplicação está rendendo pouco mais de 1/5 disso ao mês, mas acho que outros cálculos são necessários.

Por exemplo, qual o volume de grana envolvido na operação para que apenas 3% de ganho já valha a pena? Outra - nem só de operações lucrativas é feita a vida do trader, então esses 3% também tem que remunerar as operações que falharam. Mais uma vez, que volume seria necessário para dar conta disso tudo?

Está certo que não é uma operação que o cara faz no mês inteiro, deve fazer dúzias. Eu gostaria mesmo é de saber qual a rentabilidade mensal dessa estratégia toda. Porque no final esse é o critério que acho realmente importante. Uma operação vitoriosa aqui e ali todo mundo tem, mas rentabilidade mensal consistente é que é o desafio. Crescimento do patrimônio, enfim.

Outra coisinha que me chamou a atenção, ainda nesse assunto. Para operar como ele descreve, é preciso uma atenção dedicada bem grande, todos os dias, para encontrar os pontos de entrada, definir em quais apostar, quanto, ficar monitorando quando sair e tal e coisa. Esse tempo todo entra na conta da remuneração? Ou o tempo do trader é de graça? Tudo bem, pode ser divertido fazer tudo isso, mas vamos lá, estamos falando é de dinheiro, então tudo deve ser contabilizado para se saber o que vale a pena e o que não.

Fiquei aqui pensando no charme que tem a análise técnica. Todos aqueles gráficos, todas aquelas linhas plotadas, nomes interessantíssimos como "Bandas de Bollinger" e outros que-tais. Tudo muito impressionante, mas seria realmente efetivo onde interessa, na evolução do patrimônio? Esse dado eu nunca encontro nos blogs que acompanho dos adeptos da análise técnica.

Bom, finalizando, eu não quero com tudo isso dizer que AT não funciona ou que há qualquer coisa de errado nas estratégias de Leandro e Stormer. Quem sou eu para criticar os caras, que são feras nesse negócio! Mas acho interessante pensar sobre tudo isso, colocar as questões na mesa.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ainda não é hora de vender

Pelo menos para mim, claro. Vou manter os papéis que tenho em mãos. O cenário ainda não me parece claro para onde vai. Tanto pode subir quanto descer. Enquanto eu não tiver alguma clareza do caminho à frente, acho que me cabe é ter paciência e manter a estratégia.

FESA4 e outras "aparentadas" estão dando bons pontos de compra, se reverterem. Retornaram a médias móveis longas. VALE5 está demonstrando força, bem mais que PETR4, que para meu gosto anda patinando.

Penso em vender algumas PETR4 para comprar outra small. Não defini qual seria, mas provavelmente uma das selecionadas pela Magic Formula do estudo de quando comprei Ferbasa. Na época fiquei entre FESA4 e ROMI3, quem sabe agora daria uma bicada nessa última?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Que semana desagradável! - Registro semanal 30out




Que desastre, perdi 5,12% em uma única semana. Resultado que trouxe a valorização sobre o capital investido de volta ao negativo. Apenas -0,50%, mas vermelha de novo. Logo agora que eu já estava acostumando a valores positivos, he he he. Vale para lembrar que renda variável é... variável! Não tem dinheiro ganho até que se realize a venda!

Outubro em leve queda - Registro mensal

Ops, os últimos dias me deixaram no vermelho em outubro. Coisa pequena, apenas 0,19% abaixo, mas desagradável mesmo assim.

Continuo pensando se é hora de tirar meu time de campo por uns tempos. Apesar da queda, todas as posições estão positivas e a FESA4 com ótimos ganhos ainda. A questão é se essa loucura toda aí vai acabar em alta ou se vai detonar uma queda geral mais prolongada.

O relatório de análise técnica da Ativa indica o suporte nos 58k como destino mais provável dessa queda, mas sem grandes apostas nisso. Eles sempre são inespecíficos o bastante para não se comprometer com lado algum. Vários outros analistas colocam  70k como objetivo para até o final deste ano, apostando em alta. Arnaldo nos comentários de um post recente também me pareceu apostar em um pouco mais de alta.

Eu não sei. E meu temor não está em cair até 58k, se bater aí e voltar tá mais que ótimo. Meu temor é o famoso "W", a possibilidade de cair de verdade, muito mesmo, anulando os ganhos que tivemos até agora. Não sei se tem fundamentos por aí para isso, mas tampouco vi grandes motivos para essa volatilidade toda dos últimos 3 ou 4 pregões. Não sei se temos fundamentos no mundo todo para toda essa alta que já houve...

Bom, cenário atual marcado por otimismo um tanto exagerado, investidores ariscos, decisões emocionais e no ambiente econômico mundial, grandes incertezas. O desafio de quem investe em valor é manter a cabeça fria e ver bem mais à frente que uns dias apenas. O pregão da semana que vem é irrelevante, o importante é  que virá nos meses à frente.




quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ih, tempos loucos de novo!

Ano passado, no auge da crise, teve dias de cair mais de 10%, acionar circuit break e tudo mais, para no dia seguinte subir uns 7%. Depois caía de novo, numa maluquice total. Era amplitude extremada combinada com comportamento aleatório.

Hoje o que se viu foi o mercado subir feito uma flecha. Vale a mais de 8% acima! Petrobras a mais de 5% acima! Que é isso, pelamordedeus? Acharam que a queda de ontem foi exagerada e quiseram compensar tudo de uma vez só?

Só sei dizer que esses movimentos muito amplos não me parecem boa coisa, seja para cima ou para baixo. Ao meu ver são reflexo de decisões em manada, emocionais, de pouca lógica. E tempos de decisões pouco lógicas não são tempos confiáveis. Posso estar virando paranóico, querendo ver baixa e crise em tudo, mas essas coisas todas não estão me cheirando muito bem.

Pensando em voz alta

Se eu vender tudo agora aproveitando que abriu em forte alta, e o mercado continuar a subir, o que eu vou fazer? Entro de novo mais acima ou vou ficar só me recriminando por ter saído antes da hora?

Se eu não vender nada agora e continuar caindo, vou ficar me recriminando por não ter feito nada quando poderia? Vou ficar lembrando que cheguei a estar "com o dedo no gatilho" e amarelei na hora decisiva?

Se eu vender só uma parte (digamos metade) vou ficar me recriminando se qualquer das duas opções acontecerem (subir ou descer) por não ter entrado de cabeça em nenhuma delas?

Para complicar, se resolver mesmo vender tudo, passo do limite de isenção mensal de 20k em vendas do IR. Devo ter toneladas de créditos de IR por prejuízos em operações anteriores, mas só o fato de ter que calcular essas coisas todas me dá certo temor e preguiça. IR é um saco, nunca me sinto totalmente seguro com os cálculos feitos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Gosto de blogs críticos, especialmente os pessimistas

Desde que comecei a escrever este blog, já saíram do ar dois outros excelentes blogs que eu acompanhava - o "Giuoco Piano", que fazia sensacionais análises e backtestes da Bovespa, e o "Cinco pesos de dois quilos", que apresentava análises ferinas da conjuntura geral, em especial da crise americana.

São perdas muito sentidas, e que ainda não consegui suprir adequadamente. Só me restou no estilo o "Trading in blog". Mas um é pouco nessas questões, corre-se o risco de se impressionar demais com uma opinião apenas. É preciso mais, é preciso diversificar as fontes.

Os demais blogs que tenho na lista de favoritos seguem mais a linha da análise técnica pura. São interessantes e me agradam em muitos momentos, mas sinto falta de boas opiniões independentes. Não quero análises frias, totalmente racionais, isentas. Quero posicionamentos sem nenhuma isenção, absolutamente pessoais, carregados dos pensamentos e sentimentos de alguém. Idéias com dono, por assim dizer. Idéias com as quais eu posso não concordar em nada, mas que acho fundamental conhecê-las para ter outras visões do mundo em volta.

Quem aí conhecer blogs desses para indicar, be my guest!

Começou a liquidação?

Que nada, 10% é desconto de praxe em qualquer negociação. Liquidação mesmo é para lá dos 30% de desconto. Então, nada de entusiasmos de sair comprando agora só porque caiu. Não caiu tanto assim. Dá para cair bem mais.

Mas olhando por outro lado, cai 3% em um dia, no outro engata 4,5% a mais para baixo... onde vamos chegar? Qual é a deste movimento tão intenso de queda? Li em sites e jornais que era movimento de realização. Mas vou dizer, já nem sei porque leio essas coisas, as explicações são piores que horóscopo. Aliás, se dissessem que caiu porque a Lua está em Leão, enquanto Saturno passeia pela casa de Aquário, daria no mesmo. É informação inútil.

Deve haver uma explicação melhor que essa por aí. Uma que só se vai saber bem depois. Como foi no ano passado. Para quem lembra, passamos meses e meses caindo (desde maio), e a imprensa especializada só dizendo que  era realização. Só quando foi se aproximando setembro e as quebras todas dos bancos é que as explicações foram mudando para o que realmente era - a agora famosa crise americana.

Eu ainda não decidi o que fazer com minhas posições. Desfazer e comprar de novo mais abaixo? Esperar mais? Permanecer comprado seja lá o que vier? Não sei ainda, mas ando pensando nisso. Só não posso passar tanto tempo pensando que anule as vantagens da primeira alternativa.

Uma coisa tenho como certa - vou comprar mais quando a queda chegar a um fundo interessante. Quero equiparar os investimentos em renda fixa e em variável, 50/50 em cada. Não estava nada confortável com a idéia de comprar mais nessa alta toda, então uma boa baixa é muito bem vinda para dar entradas realmente interessantes.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Qual o limite a dar para as perdas?

Fazia tempo que não via todos os meus papéis em queda ao mesmo tempo. Hoje tudo está caindo, uns mais outros menos, mas todos em grande estilo, a mais de 2% (e a Vale a mais de 4%!). Segundo vejo no gadget aí do lado, perda de quase 1200 reais em um único dia. Que horror, hein?

Mas nada de desespero. Estávamos com todos os indicadores muito esticados mesmo, tudo já tinha subido muito. Realizar um bom tanto me parece perfeitamente normal. Dá até uns pontos de entrada para quem queira arriscar mais uns trocados, o que ainda não é meu caso.

Fico aqui pensando qual deveria ser o meu limite de perda. Sei que é um absurdo que eu ainda não o tenha bem definido, mas a verdade é que não tenho mesmo. E não seria bem um stop-loss automático, mas muito mais uma conjunção de fatores que se aparecerem, me fariam desmontar as posições e aguardar novo momento de entrada. Quanto precisa cair? Qual a conjuntura externa? Quais os outros indicadores, além dos do mercado de renda variável, que deveria considerar? São coisas a pensar muito seriamente.

sábado, 24 de outubro de 2009

Registro semanal 23out

Fiquei toda a semana sem postar nada por aqui. Tempos mais apertados no trabalho, somado à falta de notícias ou novidades realmente impactantes.



Mas vamos nós. Semaninha parada essa, valorização de apenas 0,13 na carteira, quase nada. Teve o início da taxação do capital estrangeiro, que movimentou a Bovespa para baixo na quarta-feira, mas já na 5a deu uma recuperada em alguns papéis. Aliás, nessa 5a o IBOV passou quase o dia todo em alta forte, mas fechou quase no empate. Não cheguei a ler quais os motivos, mas fiquei curioso.

Uma outra questão interessante. Conversando com um colega de mestrado que trabalha no mercado financeiro, ouvi considerações intrigantes sobre o estado atual das coisas. Ele demonstrou preocupação com alguns sinais incoerentes do mercado atual. Mercados que normalmente apresentam relação inversamente proporcional estão subindo juntos, o que é estranho. Chama especialmente a atenção a alta persistente do ouro junto com a da Bolsa. Um mercado marcadamente defensivo subindo junto com um extremamente agressivo. Não é o que se espera, e pode indicar que alguma coisa está vindo. Depois que chegar vai ser óbvio o que é, mas no momento ainda não se sabe. Só se tem a impressão que coisa boa não é.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Registro semanal 16out



Taí, mais uns trocadinhos na conta virtual. Valorização de 1,53% na semana. Só a FESA4 perdeu um farelinho, descansando depois de uma baita subida. A semana foi marcada por uma bela subida da VALE5, que ao que parece levou a PETR4 no reboque.

Estou apenas surfando a alta. Não sei até onde ela vai, mas não vou vender nada até que ela acabe. Nada de medo de ganhar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Preciso largar essa fixação por PETR4

Fui dar uma olhada no gráfico da GGBR4 agora, que tristeza. Larguei o papel justamente antes dele disparar. Vendi lá abaixo de 20 por conta de bobeira com stop. Mas poderia ter comprado de novo, e não comprei. Preferi a PETR4, que apesar de ter valorizado, não chega nem aos pés dos percentuais da Gerdau no mesmo período.

É a segunda vez que eu perco um belo bonde na Gerdau. A outra foi lá no ano passado, antes da crise. E não é a primeira vez que eu embarco em Petrobras e fico marcando passo. Seria muito interessante se eu parasse de comprar Petrobras por default, e utilizasse melhor critério nas próximas escolhas.

O pior da história é que eu fico com temor daquele lance da fila do supermercado - é só sair da fila lenta que ela começa a andar mais rápido que todas as outras. Só o que falta é eu vender as PETR4 e logo depois elas dispararem.

Vale em disparada!

Mas o que é isso, mais de 4% em um único pregão! Depois de meses se arrastando a Vale entra em um rally de alta incrível e em poucos dias supera os 40 reais! Que beleza, hein?

Não sei se ainda é por conta das tentativas de Eike Batista de comprar o controle da empresa, mas se for, porque diabos o mercado se anima todo com essa possibilidade? Em que critérios Eike será tão melhor que Agnelli?

De qualquer modo, Vale estava um tanto atrasada nesse mega-movimento de recuperação da Bovespa. Se pensarmos que o TH dela é lá nos 58, ainda falta um bom tanto para chegar lá. Muitas outras já chegaram nos seus patamares anteriores à crise.

Um outro assunto: começa a me incomodar as manchetes de "recorde na Bovespa no ano". Não que eu não goste de recordes de valorização, claro que gosto. Mas tem notícia mais óbvia que essa? Em um movimento de alta, toda cotação acima será um recorde. Fica dando a impressão de exagero, que já subiu demais, que não dá para ir além.

domingo, 11 de outubro de 2009

V ou W?

Vejo já muita gente falando em bolha, entusiasmo exagerado, ou lembrando velhos tempos, exuberância irracional. Será que já subimos muito? Até onde vai esse movimentão de recuperação?

Alguns analistas falam em possibilidade de dar um W no gráfico, ou seja, uma bela subida como essa atual ser seguida de outra mega queda. Dizem que em 1929 foi assim, caiu, subiu um bom bocado, caiu de novo, e aí subiu mais lentamente. Se olhar a Bovespa histórica no Poster Enfoque dá para ver que em 86 houve uma mega-queda, seguida por uma recuperação fantástica em 90. Mas aí cai de novo ainda mais fundo até o final de 91, para só então entrar em um movimento consistente e de longo prazo de retomada que vai até 97. E outra sequência semelhante em W há entre 1997, 2000 e 2002. Cai, sobe, cai, e aí sobe com força.

Claro que a história não se repete igual, e se for ver, a queda de 2008 nem foi tão forte quanto as outras duas citadas nessa mensagem. Mas que pode acontecer algo assim, pode. Eu só não sei sobre que base se daria isso. Crise americana? Bolha dos cartões de créditos dos americanos? Não vejo nuvens negras no horizonte. Seria tudo isso apenas medo de perder o que já se recuperou?

sábado, 10 de outubro de 2009

Registro semanal 09out



Taí, primeira vez que essa tabelinha tem um número positivo na última célula. Estou com 3,34% de valorização na carteira, que não é quase nada, já que a grana foi investida lá no início de 2008. Mas é positivo, pelo menos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Recuperação total das perdas de 2008!

Descobri hoje que o meu capital investido não era de 38 mil, mas sim de apenas 35 mil. Isso me coloca de volta em um ponto para lá de delicioso, que é... NO LUCRO!!!! Ahhhhh!!! Esperei tanto tempo por isso!!

A má notícia é que é uma vergonha que eu não tenha registros apropriados de quanto investi. Precisei entrar em contato com a corretora e pedir um extrato super detalhado de depósitos e retiradas. Inaceitável. Vou dar jeito nisso agora mesmo.

Dia desses vasculhando nesse blog encontrei uma postagem em que falava que o total investido era de 35 mil, e fiquei encanado com isso, na dúvida se estaria certo agora contando por 38 mil, ou antes, contando por 35. Descobri agora que era antes mesmo.

Na verdade a confusão entre 38 ou 35 mil se deu porque em determinado momento do ano passado eu depositei 3800 na corretora, mas dias depois me arrependi e tirei. Só que esqueci dos detalhes dessa operação, não tinha nem fiapo de memória dessa retirada.

Fica aí a lição de manter registros mais acurados, e mais importante, a alegria de ver a carteira de volta aos números positivos! Recuperação total!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Comentário solto

Que alta a VALE5 tá mostrando, hein? Uma bela empinada, depois de tanto tempo patinando. Outra que resolveu se mexer um pouco foi a SAPR4, o que deixou todas as minhas posições em lucro. Esse é um panorama que me agrada muito psicologicamente.

sábado, 3 de outubro de 2009

Registro mensal set09

Criei uma nova planilhinha para dar uma idéia do desempenho mensal das minhas aplicações em ações:



Com esse quadro dá para ver a evolução mês a mês da minha carteira. É um registro que até então eu não tinha consolidado, e que me surpreendeu.

Primeiro, perceber que obtive 52% de valorização neste ano foi algo bem legal, até mesmo entusiasmante! Se bem que acho que a Bovespa ganhou mais que isso, não estou muito certo, não pesquisei... mas tá valendo, melhor ver o lado bom da coisa, esse ganho todo não é pouca coisa.

Também foi legal ver a valorização da carteira nos 3 últimos meses. Quem rally impressionante, hein? Vai crescendo, sete, oito, nove por cento ao mês! Sensacional! Por outro lado começa a dar até medo da queda que uma hora dessas deve vir. Não é possível continuar numa trajetória dessas. Bom, a questão é o quanto cai, mas isso não dá para saber antes. Espero que seja só realização. Não vejo motivos para mais que isso.

Outro dado que me impressionou foi a valorização de abril, quando obtive incríveis 22% em um único mês! É em grande parte resultado das apostas em ARCZ6 daquela época, que renderam quase 20%. Apesar de não ter ganho o que esperava ganhar na aposta, guardei uns bons trocos vendendo minhas Aracruz com uma boa alta. No geral valeu a pena mesmo com o erro cometido.

Agora vamos para a planilha de sempre de registro:


Estou cada vez mais perto dos 38 mil iniciais. Depois que os atingir é que estarei contabilizando valorização de verdade. Aí vai começar outra contagem, até recuperar o custo de oportunidade. O benchmarking é o CDB do período.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quatro perguntas decisivas para o investidor

Creio que se um investidor conseguir responder apropriadamente a apenas quatro perguntas,  consegue se dar bem no mercado de renda variável. São elas:

1 - O que comprar?
A questão é definir qual ação, ou quais ações comprar para compor a carteira. Não pode ser uma decisão aleatória, do tipo qualquer uma. Qualquer uma não serve. Tampouco é sempre a melhor decisão comprar a mais vendida, ou a de maior volume. Muitas vezes um negócio de muito mais chance de ganho está em ações pouco divulgadas, das quais pouco se ouve falar. Um exemplo típico é a minha aposta em FESA4, que está levantando minha carteira do pântano em que caiu no ano passado. Na mesma data comprei PETR4, maior bluechip da Bovespa, maior empresa da América Latina, etc e tal, que não rendeu nem 10% da valorização da outra!

No meu começo como investidor eu comprava ações de empresas que conhecia. Foi assim que comprei Petrobras, Vale, Natura, Gerdau. Em nenhuma eu diria que a escolha foi errada, já que são empresas sólidas e de bom desempenho, mas tampouco foram grandes oportunidades de ganho.

Hoje eu tento comprar com base em uma análise fundamentalista um pouco mais elaborada. Não chega a ser uma verdadeira análise de fundamentos, uma vez que não sei calcular o fluxo de caixa descontado, por exemplo, e nem entendo direito alguns dos indicadores deste tipo de análise. Mas é uma escolha que leva em conta alguns fatores típicos dessa linha, como P/L, P/VP, DY, endividamento, margem líquida e retorno sobre capital investido. Procuro empresas lucrativas, bem geridas, que não estejam sendo vendidas com múltiplos muito inflacionados. A Magic Formula me assiste nessa empreitada.

2 - Quando comprar?
Nos preceitos estritos da análise fundamentalista, esse é um quesito de menor importância. Mas como eu não sou tão ortodoxo assim, é nessa hora que eu uso a análise gráfica. Depois de ter decidido por um conjunto de papéis de bons fundamentos, vou ver nos gráficos aquele que me parece no melhor ponto de entrada.

Só que a decisão não é nada simples, a esse ponto. Por um lado seria muito interessante comprar um papel que estivesse momentaneamente abaixo (ou próximo) de suas médias móveis, sendo que as de mais longo prazo deveriam ser ascendentes. Também seria interessante ver um belo pivot de alta configurado. Mas este é um momento ideal um tanto difícil de encontrar em mercado de alta. Então, apenas evito comprar papéis com indicadores muito esticados, sobrecomprados no IFR. Melhor esperar outro momento ou procurar dentro dos papéis selecionados aquele que estiver em melhor momento.

3 - Por quanto tempo manter?
Agora começa a ficar difícil. Sei que é importante estabelecer de princípio os objetivos para cada operação, mas ainda não consigo fazer isso com clareza. Algumas possibilidades dentro dessa questão seriam manter até que o papel atinja o preço justo. Mas qual é o preço justo? Tem analistas e corretores que calculam, usando valuation. Eu não sei fazer isso e não confio inteiramente em análises alheias, então fico sempre inseguro.

Como tenho agido a respeito? Depois de muitos erros por vendas precipitadas, estou tentando manter os papéis em carteira por períodos mais longos. Não me agradam valorizações de apenas 10 ou 20%, acho pouco. Se isso é tudo que se poderia obter no papel, então a escolha do papel foi errada. Posso estar sendo por demais ambicioso, mas meus objetivos são bem maiores em cada aposta. Quero 50 ou até 100% de valorização em cada aposta. Pelo menos nesse cenário atual de forte valorização.

4 - Quando vender?
A resposta dessa questão está intimamente ligada à da anterior, mas também me remete às duas primeiras. A venda deveria ocorrer quando os objetivos forem atingidos, mas creio que não se deve ser xiita a respeito. Uma análise do contexto, do cenário amplo deve ser feita para decidir se os objetivos inicialmente traçados ainda são válidos, tanto para cima quanto para baixo. Será que ainda poderia ir mais adiante? Talvez sim, se o mercado como um todo estiver em período de alta. Será que é hora de esquecer os 100% e garantir uns 50% imediatamente? Novamente vai depender do cenário, o que torna a resposta demasiado imprecisa.

Em termos técnicos, o momento da venda poderia ser quando os indicadores fundamentalistas ficarem esticados demais (P/L acima de 10, P/VP acima de 3, por aí), o que indicaria uma empresa sobrevalorizada. Mas não estou certo destes números.

Se for basear pelos gráficos, a venda poderia ser feita na perda de um suporte importante, em cenário de queda (não tem porque vender em alta, não é mesmo?). O problema no uso da análise gráfica para venda é a esperança de que a queda seja revertida no dia seguinte. Tanto já me dei mal esperando demais por reversões que não vieram, quanto tentando me proteger de quedas que não continuaram, de modo que essa questão está longe de ter boa resposta para mim.

Conclusão
Talvez eu possa deixar de me considerar um "novato na bolsa" quando tiver respostas apropriadas e consolidadas para essas quatro perguntas. Quando eu operar com base em uma estratégia consistente e bem definida, em que todas estas questões estão bem equacionadas desde o princípio. Como creio que isso ainda está um tanto longe de acontecer, devo ser "novato" por um bom tempo ainda.

sábado, 26 de setembro de 2009

Registro semanal 25set

Mais uma semana se foi. Vamos ver como andam as minhas posições.


Nesta semana obtive uma valorização de apenas 0,14%. Ínfima mesmo. Mas é isso aí, sometimes we're up, sometimes we're down. Faz parte dessa brincadeira. Acho até que nessa próxima semana deve dar uma caída geral, está precisando de uma aliviada nos indicadores depois de tanta alta. Faz bem para o mercado realizar de vez em quando.

O que eu verdadeiramente ando pensando é por que não fiz um balanceamento de carteira lá no início do ano. Era uma coisa tão óbvia de fazer... e eu certamente pensei nisso. Li muito sobre allocation, acho a idéia bem apropriada, mas não fiz.

Sabem por quê? Emoções atrapalhando, de novo. Não quis tirar grana do time que estava ganhando (CDB) e enterrar no que estava perdendo (Ações), apesar de saber muito bem que no longo prazo era o mais certo a fazer. Foi como se eu desafiasse as minhas ações, algo como "enquanto vocês não voltarem ao que eram, não ganham nem um trocado". Minhas meninas más ficaram de castigo.

Convenhamos, mais uma bobagem para o meu catálogo de erros. E mais um exemplo de como as emoções entram insidiosamente nas decisões a serem feitas. Por isso eu não gosto de simulações. Não há impacto de emoções em simuladores. Tudo é possível, nada custa um real que seja, fica muito irreal.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Investment Grade by Moody's

Lembro bem do primeiro Investment Grade que o Brasil recebeu, da Standard & Poors. Maio de 2008. Que pulo deu a Bolsa! Eu estava totalmente líquido na época e fiquei fulo da vida por perder a boiada daquele dia. Interessante que naquele momento eu pensava que se aproximava uma bela queda, e o que aconteceu foi o contrário. Não que eu pensasse que o IG ia provocar queda, eu achava era que tudo já tinha subido demais.

Aí, pouco tempo depois, veio o segundo Investment Grade, da Fitch. O trouxa aqui, que tinha perdido o trem anterior, pensou que poderia se repetir o efeito... mas que nada! Filme repetido não provoca as mesmas gargalhadas! E foi bem na beirinha de começar o longo movimento de queda, se não estou enganado. Tomei uma decisão estúpida de seguir a manada e apostei em mais alta. Nem preciso dizer que me dei mal.

Ouvi na rádio CBN, no caminho de casa, que hoje saiu um terceiro Investment Grade, agora da Moody's. Fiquei pensando, que efeito será que vai provocar? Já estamos em uma tendência forte de alta, será que esse elemento a mais muda alguma coisa?

Um lado interessante desse terceiro grau de investimento é o momento que acontece, ao sair de uma enorme crise, e o detalhe do Brasil ser o primeiro a receber nesse contexto. Mostra que o Lula não estava tão errado assim com aquela infeliz frase da "marolinha".

Momento histórico!

Depois de muito, muito tempo, finalmente minha posição em VALE5 voltou a ficar positiva! Pode ser que hoje caia de volta um tanto, sabe-se lá o que vem pela frente, mas fazia tanto tempo que eu queria ver esses numeros positivos!

sábado, 19 de setembro de 2009

Registro semanal 18set



Uma semana de boa alta na Bovespa,  e a barreira dos 60 mil pontos foi ultrapassada! Que recuperação, hein? Vários analistas apostavam em 50 mil pontos ou até 55 mil pontos em dezembro! Já ultrapassamos a marca ainda em setembro.

Bom, nada impede que venha uma bela queda aí nos meses à frente... eu não vejo nuvens pretas, mas tem gente já falando em bolha.

Considerações baixistas à parte, na minha carteira as notícias também são boas. Comparando os resultados desta semana com os da anterior, a carteira valorizou 5,27%. FESA4 já acumula 63,45%, é uma delícia até de olhar. E VALE5 finalmente, depois de muito, mas muito tempo, se aproxima dos valores positivos. No total, ainda estou 10% abaixo do capital investido, mas chegando cada vez mais perto.

Uma questão interessante - não verifiquei números exatos, mas tenho a impressão de que Vale e Petrobras estão para trás nessa corrida de recuperação. Penso isso porque vamos nos aproximando do topo anterior do Bovespa (73 mil pontos) e esses dois papéis ainda estão muito longe dos seus topos daquela época. Não sei se esses 13 mil pontos seriam suficientes para colocar as duas nos patamares anteriores, mas acho que não.

Em todo caso, nessas horas de recuperações e altas expressivas, a gente começa a fazer devaneios, sonhando com o momento em que aqueles topos antigos voltem. Num cenário hipotético desses, minha carteira apresentaria valorização de mais de 40%. Ê... sonhar é de graça, não é mesmo?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

60 mil pontos!

Que recuperação estamos assistindo, hein? Quem diria lá no início do ano que seria desse jeito? Naquela época, as grandes dúvidas eram se o movimento do Bovespa seria um L ou um V. Acho que não está configurando nenhum dos dois especificamente, já que o ângulo de subida nem é tão pronunciado como no V, e nem tão horizontal como seria no L. Mesmo assim é um belo movimento de recuperação.

De qualquer modo, vamos convir, é uma delícia assistir um movimento de alta como esse. Lembro do segundo semestre de 2007, quando eu ainda operava com fundos. Tinha aplicações em 4 fundos diferentes, e todos eles operavam bem positivos. Foi a época áurea da valorização da Petrobras, quando obtive 50% de valorização nela contra 14 ou 15% da Bovespa no período. Lembro que acompanhava com menos frequência que hoje, algo como a cada semana ou menos, mas cada vez que olhava o saldo ele era maior que na vez anterior. Uma beleza.

Hoje eu sei bem que não tem mercado que suba sempre, e se tem esses dias fantásticos de alta, também tem os tristes de baixa. Não cabe se iludir com o saldo que o novo gadgetzinho mostra a cada minuto, pois aquilo não é real, é só uma posição momentânea. Só se torna real na saída, na venda, o que não pretendo fazer por hora. Mas mesmo sabendo disso tudo, tendo plena consciência da fugacidade daqueles números, devo dizer que eles me encantam quando são tão positivos... vejo ali que só hoje a carteira valorizou mais de 800 reais! Não tem como não se alegrar com uma notícia dessas!

sábado, 12 de setembro de 2009

Novos gadgets no blog

Como é possível ver, há novidades no lado direito do blog. Troquei os pequenos gráficos intraday de cada ação por um novo gadget que mostra a variação e as cotações de todos papéis que tenho em carteira, e ainda calcula os meus ganhos.

Coloquei também um pequeno gráfico intraday do IBOV para mostrar o humor do mercado. E lááá no fundo da página, tem um outro gadget novo que me pareceu interessante, que mostra detalhes de cada papel e tem gráficos intraday e históricos. Ficou lá no fundo porque o tamanho dele é demasiado grande e não cabe na borda direita.

Passei horas configurando essas coisinhas, até que ficassem de um jeito que me agradasse minimamente. Ainda gostaria de retirar aqueles botões "+Google" que para meu gosto só ocupam espaço, mas não consegui. Não gosto de propagandas aqui no blog, mesmo as mais discretas. Me agrada o look clean, sem muita poluição visual.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Registro semanal 11set

Nine-eleven, huh? 9/11, data marcante para o mundo todo, depois do mega atentado terrorista às torres do World Trade Center e ao Pentágono, em 2001.

Mas, em termos da minha carteira de ações, um dia bem comum. Vale e Petrobras subiram um tantinho nessa semana, enquanto Ferbasa ficou estabilizada como Marcela disse que estaria.

Vamos ver como andam as coisas. Duas posições no lucro, uma rigorosamente empatada, e uma ainda em prejuízo. No geral, 14,50% abaixo do investido ainda, mas cada vez mais perto.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Qual será a da PETR4?

Com esse salseiro todo em torno de pré-sal, novo marco regulatório, aumento de capital e tal e coisa, como ficarão os papéis da Petrobras nos próximos 12 meses? Será que sobem, impulsionados pelos 30% de participação em todos os campos e perspectivas de ganhos turbinados, ou descem, por causa das incertezas relativas ao aumento do capital?

Eu quando penso em prazo bem longo não consigo ver nada de ruim no horizonte da Petrobras. Só pode crescer, só pode lucrar ainda mais. Tem tudo para isso. Mas nos próximos 12 meses não consigo ver nada com clareza. Tanto pode subir, tem motivos para isso, quanto cair, e também terá motivos.

Andei pensando até em fazer um swap de um ou outro lote de PETR4 por outro papel nesse período de incerteza. Mas quando olho os gráficos, vejo tudo que a PETR4 ainda tem só de recuperação (fora valorização mesmo) e perco a vontade de sair.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Abrindo em alta

Semana nova, esperanças novas. Será que a temporadinha de baixa já se foi? Descemos até a metade do canal, nem foi muito. Mas em tendências fortes de alta as realizações não vão muito abaixo desse patamar mesmo.


Hoje o mercado abriu em alta. Vamos ver se fica por aí, ou se alguma notícia desagradável ao longo do dia arrefece os ânimos dos compradores.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Registro semanal 4set


Taí, para lembrar depois. Nenhum comentário específico a respeito.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Controle da rentabilidade

Tem uma questão que Alexander Elder enfatiza em seus livros que embora eu sempre tenha concordado, só há poucos meses coloquei em prática. Ele diz que os bons investidores sempre mantém controles precisos da evolução de seu patrimônio, além dos registros de trades. E mais, ele prega que o principal controle de rentabilidade seja exatamente a evolução do patrimônio (por patrimônio entende-se todo o conjunto de investimentos e mais o dinheiro em conta).

Criei uma planilha simples para fazer este acompanhamento, a partir de dados que coleto dos extratos bancários mensais e desses meus registros das posições das minhas ações que faço aqui no blog. A partir deste controle descobri dados bem interessantes:

Neste ano meu patrimônio já cresceu 32,67%. Mas a maior parte deste belo resultado não é resultante da alta das ações, mas sim de rendimentos do trabalho (extra-salário).

Especificamente nos investimentos em ações a minha carteira valorizou 38,43% neste ano. Bem menos que a Bovespa, vejam só... se o dinheiro tivesse aplicado em um fundo Bovespa qualquer teria dado mais grana. Bom para perceber que o que se ganha investindo por conta própria nem sempre é mais dinheiro. Para ter uma performance superior ao Bovespa o investidor tem que ser MUITO bom, o que ainda não é o meu caso.

Os investimentos em renda fixa valorizaram apenas 5,69%. Ridículo, não é mesmo? Mas é o preço da segurança. Quantas vezes no ano passado olhei o saldo da renda fixa com aquele pensamento de "ah se toda a grana estivesse na renda fixa...". Então não cabe agora ter o pensamento inverso. A alocação foi definida há muito tempo, 50-50 fora saldo em conta. Já é um perfil para lá de arrojado, segundo qualquer autor. (vale lembrar que a carteira de ações ainda está com rentabilidade negativa sobre o total investido...)

E para terminar, neste último mês meu patrimônio teve uma valorização de 2,15%. Considero boa nesses tempos de juros em queda. E aí o resultado é devido quase totalmente às ações (valorização de 8,19%), porque a renda fixa continua na sua miserinha (0,70%), e neste mês não teve nenhuma renda extra de trabalho, pelo contrário, gastei mais que ganhei.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Registro mensal ago09


O resultado já esteve melhor, mas estamos melhorando aos poucos. Não é uma linha constante para cima. Flutuações fazem parte.

domingo, 30 de agosto de 2009

Novo link para os fundamentalistas

Adicionei mais um link para minha lista de preferidos aí do lado - Análise de Ações (Sfera Stock Analysis). O site apresenta uma interessante ferramenta de análise fundamentalista das ações do Bovespa. Traz dados de valuation e de análise de risco que complementam os dados que já olho no Fundamentus e nos gráficos.

Por exemplo, para essas duas empresas destacadas na análise dos posts anteriores, o Stock Analysis diz o seguinte:

(vou citar só os dados que me interessam entre os disponibilizados no site)

SAPR4
Valor atual - 2,27
Valor justo - 3,87
Potencial - 70,5%
Beta - 0,63
Dois índices de risco (Sharpe e Treynor) estão positivos, mas outros dois estão negativos (Jensen e Appraisal Ratio). A análise do mês do site indica "acima". Segundo os critérios do site não seria momento de entrada, em que pese o potencial de crescimento.

SBSP3
Valor atual - 33,60
Valor justo - 52,68
Potencial - 56,80%
Beta - 0,60
Nessa todos os quatro indicadores são positivos, mas a análise do mês também dá "acima". Para o site não seria momento de entrada.

O Stock Analysis sugere aos leitores que evitem ações com o Índice de Sharpe, o Índice de Treynor, o Índice de Jensen ou o Apprasial Ratio negativos; evitem ações com a Análise do Mês "Acima"; evitem ações com Potencial do Valuation inferior a -30%; e por último, evitem ações que não tenham o Potencial do Valuation calculado.

Não pretendo tomar esses dados como verdade absoluta e seguir religiosamente, mas é mais um dado a considerar. Me agradaram os potenciais de crescimento indicados, por exemplo. E como não faço a menor idéia de como se calculam os índices de Sharpe, Jensen, Treynor e Appraisal Ratio, não vou me incomodar com eles.

Síntese da nova análise Magic Formula

Juntando tudo que escrevi nos dois posts anteriores, para mim sobram apenas dois papéis interessantes para novas jogadas: SAPR4 e SBSP3.

Fico aqui pensando se seria uma boa idéia fazer duas apostas pequenas - um swap de 100 VALE5 por 100 SBSP3, e outro de 100 PETR4 por 1400 SAPR4. Parece uma aposta interessante para quem quer acelerar a retomada, já que Vale e Petrobras andam se arrastando há meses, e essas small caps tem tido uma performance bem mais significativa.

Comentando as pechinchas

Vou fazer alguns comentários soltos sobre as empresas dessa nova lista de pechinchas.

Feita a busca pelos fundamentos, vale sempre dar uma olhada no gráfico da ação, especialmente os de longo prazo. Gosto de ver o gráfico semanal de 2 anos, para ter uma boa visão da história recente da empresa. Não pretendo fazer uma análise técnica muito precisa, até porque nesse tipo de investimento essa não é a principal ferramenta.

SGAS3 - Baixíssima liquidez. Até no gráfico semanal tem períodos sem negócios. Não me agrada entrar em ações com poucos negócios, pode complicar na hora de sair. Além disso, o papel já recuperou toda a queda do ano passado. Isso não impede de dar uma disparada, mas aí a aposta é diferente... eu ainda estou com a mente ligada em retomadas, não tanto em crescimento.

CPLE6 - Um papel que gosta de fazer topos em julho. Fez seu maior topo em 2007 a 36 reais, depois em 2008 bateu 34,6 reais, e agora anda nos 29 reais. Pouco espaço a retomar até bater nestes topos, não é jogada que me encante.

TUPY4 - Mesma situação de SGAS3, baixíssima liquidez. Não me interessa. Dá umas subidas e descidas bruscas, coisa de subir ou cair 2 reais no dia de repente. Está nos 12 reais, topo anterior em 20, tem bom espaço para recuperar, mas não é meu tipo por conta da liquidez e do comportamento.

CTSA4 - Essa vem numa linda trajetória de alta nesse ano, mas já recuperou tudo que tinha perdido. Agora é aposta em crescimento, como a CPLE6. Só digo que quem apostou nessa ação lá em novembro deve estar rindo de orelha a orelha... foi de pouco mais de 1 real para mais de 3,30.

BALM4 - Liquidez nula, praticamente. Pior até que SGAS3 e TUPY4. Não é para mim. Aliás, parece ser para ninguém de tão poucos negócios que tem.

SAPR4 - Olha aí uma das que tenho em carteira na lista! Interessante, huh? Que tal colocar mais uns trocados nesse papel que eu mesmo já considerei um erro ter entrado? Motivos seriam a linda trajetória de alta que vem mantendo desde o fundo da crise de 2008, o espaço que tem até seus topos, que estão na faixa dos 3 reais. E um último detalhe, me parece ter uma bela bandeira no gráfico semanal, que para os grafistas deve indicar uma bela alta vindo. Um outro motivo para entrar com mais grana nessa seria diluir os custos de transação da primeira operação, que estão proporcionamente muito altos.

CSMG3 - Fantástica trajetória de alta nesse ano, mas me parece já ter recuperado tudo que podia. Agora é aposta em crescimento. Nada impede de dar certo, mas não é o tipo de jogada que estou pensando em fazer.

SBSP3 - Taí uma aposta que eu gostei. Bela trajetória de alta desde outubro, e bom espaço a recuperar ainda (dos 33 aos 46 reais). Dá para acreditar que com a recuperação geral do mercado a Sabesp volte a flutuar entre os 40 e 45 reais, sem contar possibilidades de crescimento.

CEDO4 - Baixíssima liquidez e pior, forte queda recente. Totalmente fora de cogitação.

DXTG4 - Papel em queda constante há dois anos!!! Voltou a patamares de 2007, e não foi pela crise geral do ano passado. Aposta de altíssimo risco, eu estou fora.

PTNT4 - Troquei da PTNT3 para a PTNT4, por conta de liquidez. Foi um erro meu deixar a ON em vez da PN na planilha, então conserto o erro agora na análise. Bom esse papel ficou parado na faixa entre 6,50 e 7,00 reais por vários meses, aí subitamente deu um pulo aos 10 reais! Fechou em 9,13, no que parece ser uma realizadinha. Para onde será que vai agora? Topos anteriores lá nos 15 reais. Um detalhe me chama atenção - o papel começou a cair antes da crise do ano passado, ainda em janeiro. Algum motivo deve haver.

ELET6 - Essa eu já tive em carteira, só que era a ON e não a PN. Mas é a mesma empresa, não faz muita diferença. Fiquei com ela em carteira um bom tempo durante a crise, e vendi com perda numa troca por Vale ou Petro, nem lembro. Olhando o gráfico semanal de 3 anos fica claro que esse papel já voltou completamente a sua faixa de negociação. Não vejo grande potencial de crescimento, fica oscilando numa faixa larga que vai dos 24 aos 28 reais, com picos em 30. Detalhe interessante - fez topo neste ano, e depois caiu aos 24. Do lado bom da coisa, está no momento no fundo do canal, oportunidade boa para uma jogada especulativa. Compra aos 24, vende nos 28 reais..

Nova busca de pechinchas

Domingão fazendo nada na internet, que tal repetir aquele estudo que me rendeu a aposta em FESA4? Não estou com grana para investir mais, mas nada impede fazer um swap, trocar um pouco das VALE5 e/ou PETR4 por outro papel, em busca de uma aceleração da retomada.

Bueno, então repeti os passos do post "busca avançada de pechinchas" com os mesmos critérios para ver no que dava. Busquei empresas com P/VP entre 0.01 e 1.00, ROIC positivo, EV/EBIT postivo, PL entre 0.01 e 10.0 e por aí afora (melhor ver os critérios exatos no post mencionado, clicando no hiperlink do texto).

Retirei da lista todas as com DY igual a 0,00%, deixando só as que distribuíram dividendos. Veja aí uma planilha com alguns dados fundamentalistas das selecionadas. A lista está classificada de acordo com a Magic Formula.

Um detalhe interessante nesses tempos de juros bem baixos - tem empresa aí na lista que além do potencial de crescimento do preço da ação, ainda paga dividendos melhor que a poupança!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Registro semanal

Nada de novo sob o sol, exceto minha crescente satisfação com a aposta em FESA4. Que bela trajetória de alta! Hoje caiu um pouco, mas continua em um nível excelente, e com potencial para ir mais além!

Uma nota positiva é o fato de 3 das 4 posições estarem no lucro!

VALE5 (35,92) - 300 x 33,52 = 10.056,00 (-6,68%)
PETR4 (32,46) - 300 X 32,59 = 9.777,00 (+0,40%)
FESA4 (7,88) - 1000 X 11,87 = 11,870,00 (+50,63%)
SAPR4 (2,25) - 100 X 2,27 = 227,00 (+0,89%)
Disponível = 68,48
Total (38.000,00) = 31.998,48 (-15,79%)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sinal da baixa

Acho que já falei disso antes por aqui, em outro momento. Um dos sinais de que a hora de entrar na Bolsa já passou faz tempo, e que uma baixa de avezinha é quando revistas de negócios começam a manchetar os ganhos da Bolsa. Claro que não é nada científico, mas tem lá sua lógica. Alexander Elder fala disso nos livros dele que eu li.

E aí, qual a manchete da Exame desta quinzena??


Ops, então vem queda por aí... só espero que seja apenas mais um pivot de alta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tendência de alta é tão gostoso!

Que delícia que é assistir um papel em carteira em forte tendência de alta! Ahhhh! Cada vez que olho a FESA4 ela está alcançando um novo patamar, um tantinho mais alto que o anterior! Que beleza! Vale também mencionar que a alta da Petrobras finalmente me colocou no positivo com esse papel! Agora só falta a Vale sair desse pântano dos 33 reais!

Depois de um ano tenebroso como 2008, é muito bom voltar aos tempos de alta. É só escolher bem o papel, analisar com algum cuidado e critério, e ter paciência para esperar.

VALE5 (35,92) - 300 x 33,10 = 9.930,00 (-7,85%)
PETR4 (32,46) - 300 X 33,70 = 10.110,00 (+3,82%)
FESA4 (7,88) - 1000 X 11,50 = 11,500,00 (+45,94%)
SAPR4 (2,25) - 100 X 2,14 = 214,00 (-4,89%)
Disponível = 68,48
Total (38.000,00) = 31.822,48 (-16,26%)