O que eu verdadeiramente ando pensando é por que não fiz um balanceamento de carteira lá no início do ano. Era uma coisa tão óbvia de fazer... e eu certamente pensei nisso. Li muito sobre allocation, acho a idéia bem apropriada, mas não fiz.
Sabem por quê? Emoções atrapalhando, de novo. Não quis tirar grana do time que estava ganhando (CDB) e enterrar no que estava perdendo (Ações), apesar de saber muito bem que no longo prazo era o mais certo a fazer. Foi como se eu desafiasse as minhas ações, algo como "enquanto vocês não voltarem ao que eram, não ganham nem um trocado". Minhas meninas más ficaram de castigo.
Convenhamos, mais uma bobagem para o meu catálogo de erros. E mais um exemplo de como as emoções entram insidiosamente nas decisões a serem feitas. Por isso eu não gosto de simulações. Não há impacto de emoções em simuladores. Tudo é possível, nada custa um real que seja, fica muito irreal.
Rodrigo,
ResponderExcluirE mais um scrap para finalizar... (risos).
Eu, particularmente, não acredito na ausência total de emoções. Eu acredito que as emoções devem ter equilíbrio e serem proporcionais aos fatos. Afinal, sem emoções não seríamos humanos.
(Pode não parecer, mas eu penso bem antes de dar a minhas "tacadas", talvez, por isso elas saiam "bem dadas"... hehehe).
E como eu disse anteriormente, tranquilidade é o meu lema.
Um grande abraço,
Marcela:)
Pessoal fixo no seu Blog eim, Rodrigo. Eu, Arnaldo e Marcela. É legal esse canal para compartilhamos os acertos e erros.
ResponderExcluirAbraço. Bom fds.
Eu gosto da história do Rodrigo na bolsa... Eu perdi mais do que ele na crise, e recuperei menos... (Não tive a sacada de uma fesa4...) É bom, de alguma maneira, compartilhar nossas angústias e alegrias na Bolsa...
ResponderExcluirComecei com "pouco" no negócio. Eu comecei com 13000 antes da crise, meu dinheiro chegou a impressionantes 6000 em novembro e esse ano com muito trabalho, swap com algumas ações, cheguei a 14500, tá certo que estamos em alta, mas se tivesse deixado meu dinheiro parado, não teria recuperado nada, tinha majoritariamente ações da Vale, Itaú e Petrobras. Elas se recuperaram muito pouco em relação ao preço que as comprei, ainda bem que apostei em outras coisas. Bom, aí está um pouco da minha história. Agora é ver se faço o porquinho engordar mais um pouco antes do fim do ano.
ResponderExcluirAbraços!
Eu passei a ganhar mais (e perder menos) quando parei de fazer daytrades, e passei a ficar mais tempo com o papel. Também melhorei muito os trades quando comecei a respeitar mais os gráficos, principalmente as médias móveis. Se está afastado da média, não compro. Se está muito próximo, compro... Se está acima da média, opero na compra, e se está abaixo, opero na venda. De fato passei a acertar mais, e isso tem pouco tempo... demorei muito pra aprender...
ResponderExcluirAh, sim... Eu também perdi mais da metade do capital na crise... como pode, hein... Recuperei uns 50% do total da perda... Caramba, fiz muita besteira ano passado.
ResponderExcluirEu nem cheguei a contabilizar qual foi meu mínimo. A dor da perda era tão intensa que eu preferia não saber exatamente quanto, naquelas horas. Só fui voltar a contabilizar os resultados depois que a alta estava configurada. Mas tenho a impressão de que meu capital de 38k deve ter chegado a ser apenas uns 19 ou 20k no auge do desastre, mas só calculando direito para saber.
ResponderExcluirUma coisa que eu tentei fazer no meio da queda no ano passado foi a de desinvestir em meio às perdas para comprar mais abaixo. Fiz isso com todos os papéis que tive, na esperança de acelerar a retomada, quando ela viesse. No final das contas isso deve ter ajudado um pouco, mas o que realmente fez diferença foi a aposta na FESA4.
E a aposta na FESA4 é consequência de uma mudança de estratégia - parar de operar com swingtrades baseados em gráficos e apostar de verdade em fundamentos e longo prazo. Foi a partir do levantamento da Magic Formula que encontrei a FESA4 e decidi atuar dessa outra forma. Deu certo, como se vê... e teria dado ainda mais certo se eu tivesse investido de forma mais rigorosa neste modelo. Se ao invés de comprar PETR4 eu tivesse investido em ROMI3, que era a alternativa considerada pela Magic Formula, estaria ainda melhor agora.
Parece que você encontrou a melhor fórmula de todas... Isso depende do perfil do investidor também. Tem gente que gosta de comprar e segurar, e tem gente que gosta de ficar operando... Mas certamente você teve a melhor performance nesta recuperação das bolsas...
ResponderExcluirAcho que não, Arnaldo. Veja que Gabriel já superou o capital investido, e eu ainda não. Cometi montes de erros bobos que atrapalharam demais, como vender USIM5 a pouco mais de 22 reais pensando que estava me protegendo. Ou vender ARCZ6 a 2 reais na beirinha de um movimentão de alta que levou ela até os 4. Se eu não tivesse errado tanto, já teria recuperado tudo e um pouco mais.
ResponderExcluirMas faz parte do aprendizado, não é mesmo? O grande desafio é desenvolver uma estratégia que seja confortável e adequada aos propósitos de cada um. Eu me sinto melhor com essa de agora do que com qualquer outra que tenha utilizado antes, mas não vou dizer que seja assim para sempre. Me incomoda a manutenção de VALE5 e PETR4 com valorizações baixas, por exemplo. Fico pensando se não estou perdendo chances de apostar em outros papéis com melhores chances de subir rápido.
A gente não pode se culpar muito, afinal as bolsas, desde a crise, enganaram muita, mas muita gente mesmo!! Muita gente boa errou feio as previsões!
ResponderExcluirE eu que comprei ggbr4 a 12,00, vendi a 13,00. No dia seguinte que vendi ela abriu a 14,00 e eu fiquei esperando ela voltar aos 13,00 pra eu comprar de novo! Eu também comprei USIM5 lá pelos 20,00 e vendi por lá mesmo...
O imporante é a gente aprender e ir melhorando... Sobre Vale e Petro, além do que já te falei, você sabe que às vezes os interesses mudam. Por exemplo, agora as midi, small caps e construtoras estão "bombando". Mas vai que daqui alguns dias os grandes players resolvem que era hora de ir pra Vale e Petro porque estão atrasadas? É importante tentarmos identificar essas direções.
Veja este exemplo: Um amigo meu, fã do longo prazo... Tem BBDC4 em carteira, e por bastante tempo o papel ficou parado enquanto só ITAU evoluía. Muita gente vivia dizendo: "BBDC está atrasada, uma hora vai." Então, demorou, mas acabou evoluindo, e subiu uns 20% em pouco tempo... Agora, esses papéis que subiram 100, 150% !!! Francamente, quem poderia imaginar!...
ResponderExcluirSabe, eu pensei esses dias numa estratégia um pouco louca, mas que pode ser poderosa em médio prazo. Como o Arnaldo disse, as blues chips ainda não recuperaram nada (VALE5 eu comprei a 58,00 em maio/2008). E como boa parte da bolsa vai com o embalo do Ibovespa que tem sua maior parte calculada nas blues, podemos talvez identificar uma situação: alguns setores podem não ter subido tanto como o setor da construção e tal e podem subir muito devido a subidas nem tão significativas das Blues. Não tive tempo de pesquisar a fundo, mas pode ser algo bem consistente se verificados com cuidado os parâmetros fundamentalistas e as razões das ações não estarem apresentando um valor "justo". Bom, desculpem-me se o texto não ficou bom, mas na minha cabeça a estratégia está bem traçada e pode funcionar bem se tivermos essas subidinhas discretas de vale, petr, bancos em geral...
ResponderExcluirAbraço.
Gabriel, esse seria um estudo interessante. Mas há alguns contrapontos possíveis. Vale e Petrobras respondem por quase metade do IBOV (não sei o número certo, mas é muito). Então, imagine o cenário em que essas duas recuperam suas cotações de topos anteriores. A quantas subiria o IBOV com isso? Capaz de ultrapassar os 73 mil pontos, topo histórico. Não sei se isso não despertaria em muita gente a sensação de que subiu demais, e despertaria uma onda de vendas, ou medo de bolha.
ResponderExcluirUma outra questão relacionada é que Vale e Petro podem não ter recuperado tudo que perderam, mas recuperaram muito... Vi Petro ser vendida a pouco mais de 17, está a 34, é 100%. O mesmo para Vale, ou perto disso. Ou para USIM5. O lance é que eu não comprei esses papéis no fundão, ou melhor, comprei um pouco para melhorar preço médio.
O raciocínio de identificar setores "atrasados" na valorização tem uma lógica semelhante a allocation, só que considerando apenas diferentes ações. Creio que pode ser algo interessante de estudar e até de fazer em alguns contextos, mas sempre com cuidado. Porque se a Bovespa resolver cair, caem os adiantados e os atrasados juntos.
Tem uma questão importante dessa alta da Bovespa que é o seguinte: A economia mundial está melhorando, mas não tanto quanto subiu a Bolsa, e ainda há muitas dúvidas sobre essa recuperação. As bolsa subiram porque há muita liquidez no mundo, e não porque a economia melhorou tudo isso. Ou seja, essas altas são "especulativas", não baseadas na economia real. E especulação, sabem como é, sobe e cai fácil e rápido. Também é fato que os estrangeiros continuam comprando muito aqui.
ResponderExcluirConcordo plenamente com as contrapontos apresentados, visto sobre a ótica do aumento percentual, as blues subiram muito mesmo. Também concordo que a bolsa teve uma recuperação um tanto quando abrupta em relação a economia. Mas se vale/petr começarem a subir pra recuperar preços anteriores, algumas jogadas com os setores atrasados podem ser boas, é questão de analisar com cuidado.
ResponderExcluirGostei muito dos comentários!
Abraço!
É Gabriel, como aparentemente não está entrando dinheiro novo nas bolsas, pode muito bem o dinheiro ir de um setor já bastante valorizado, para outro mais atrasado. Se você analisar e descobrir esses setores, nos avise... hehe... Vou ficar de olho por aí também.
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