sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ainda sobre o mesmo assunto...

Recebi uns comentários bem interessantes na última mensagem, do Marcelo Veiga e do Robson Marchesi, e ao responder me veio a idéia de que os argumentos que usei na resposta merecem uma nova postagem. Então aqui está ela.

Analisando um pouco mais à fundo o que me incomoda na AT, percebi que praticamente todas as ferramentas de análise que eu conheço são baseadas em unicamente um elemento - os preços. Que por sua vez são baseados no comportamento dos traders, então no final das contas temos vários tipos de registro, organização e combinação, mas todos embasados em apenas uma coisa só.

E é aí que acho que a coisa fura. Eu conheço a teoria dos mercados eficientes, ou a proposição de que os preços já embutem tudo, verdadeiro mantra dos analistas técnicos mais xiitas. Conheço e não concordo, devo dizer. Pois embora seja verdade para o passado (os preços ali demonstrados efetivamente embutem tudo), não diz nada adiante.

E aí vem outra questão - o que pode dizer adiante? Se qualquer um sabe que prever o futuro é impossível, como querer saber adiante?

Acho essa pergunta mal colocada. Já fui empresário, e hoje trabalho em uma grande empresa multinacional. Os negócios, os investimentos, o lançamento de produtos, tudo é pensado anos à frente. Não se propõe a duplicação de uma planta de celulose, por exemplo, sem ter uma noção razoavelmente clara da demanda por celulose daqui a 5 anos, quando a planta estará operante. Não se joga milhões de dólares em aluguel de sonda e equipamento de perfuração de poços sem ter uma boa noção de rentabilidade para quando o óleo estiver sendo produzido, seja quando for. Investimentos são feitos não pelo cenário atual, ou pelo comportamento passado, mas única e exclusivamente pelo cenário futuro. E precisam ser feitos agora, não apenas quando as tendências se consolidarem. Quando isso acontecer já é tarde.

Então, percebo cada vez mais que, à medida que o prazo dos meus investimentos aumenta, também aumenta minha necessidade de fundamentos para decisão de investimentos. Se para fazer um swing-trade de poucos dias basta identificar um bom momento no gráfico, com um canal amplo o suficiente e indicadores favoráveis, para colocar grana num papel por vários meses é importante ter maior noção do que está acontecendo com a empresa em questão, com o mercado dela, com os concorrentes, e com a economia toda. Quais as tendências, não dos preços apenas, mas econômicas, culturais, tecnológicas, demográficas e outras que podem afetar o ambiente de negócios daquela empresa.

Isso aí eu ainda não sei fazer, não estou sequer perto de saber. Mas esse é o espírito da análise fundamentalista. Descobrir um papel que tem bons fundamentos e boas perspectivas, mas que se encontra precificado abaixo do que vale.

Ah, essa análise não tira o risco do investimento, nem talvez o diminua. Permanece o futuro sendo tão incerto quanto antes. Apenas permite pensar com mais bases que unicamente o comportamento passado dos investidores.

14 comentários:

  1. Rodrigo,

    Vou comentar um trecho do seu post :

    "E é aí que acho que a coisa fura. Eu conheço a teoria dos mercados eficientes, ou a proposição de que os preços já embutem tudo, verdadeiro mantra dos analistas técnicos mais xiitas. Conheço e não concordo, devo dizer. Pois embora seja verdade para o passado (os preços ali demonstrados efetivamente embutem tudo), não diz nada adiante."

    É exatamente aí que a teoria dos mercados eficientes(TME) e a AT se separam. Como o 'preço desconta tudo', a TME considera que apenas informação nova movimenta os preços ; como informação nova por definição não pode ser prevista, os preços seguem um movimento aleatório, o que contradiz a AT que acredita que o movimento passado influencia o movimento futuro dos preços.

    A principal crítica da TME a AT é que qualquer gráfico pode ser gerado por dados aleatórios, o que demonstra que a AT é pura ilusão.

    Será ?

    Os testes estatísticos demonstram que as estratégias da AT, quando levam em conta os custos de transação, não são superiores a mais simples das estratégias, a de comprar e manter, ou seja, não geram retornos extras.

    Isso são apenas considerações para lhe mostrar que, conforme havia dito antes, vc nunca esteve sozinho nas suas dúvidas.

    abs,
    Marcelo Veiga

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  2. Não resisti e vou comentar a segunda parte de seu post : E o que fazer adiante ?

    Pelo lado das finanças, como é absolutamente impossível lidar com todas as informações e variáveis que afetam todas as empresas ( pois, na verdade, nem de sua mulher vc sabe tudo)aí vai a recomendação : montar uma carteira diversificada, sem riscos específicos, somente com risco de mercado e torcer pra ser feliz.No limite, esta carteira é o próprio mercado, no nosso caso o que mais se aproxima é o Ibovespa.

    Pelo lado da AT, viver o dia a dia tentando colocar a cabeça de fora nesta atividade cheia de altos e baixos por definição.

    Qual o melhor caminho ? A escolha é de cada um.

    abs
    Marcelo

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  3. Marcelo, agradeço demais seus comentários!! Instigantes, levam o assunto adiante, fazem pensar.

    Veja, seguindo o raciocínio do seu último comentário, por que diabos tanta gente se diverte a comprar e vender papéis, quando o mais sensato seria colocar e deixar uma parcela de sua grana em um fundo Bovespa?

    É uma boa questão, eu penso, e não tenho uma boa resposta geral. Poderia pensar uma resposta pessoal, e voltando aos primórdios do blog encontraria lá em fevereiro de 2008 as razões que me levaram a tirar o dinheiro dos fundos e entrar nessa trajetória autônoma. seria algo relacionado com ter o controle imediato, e a possibilidade de interromper quedas. Tudo na ilusão de que com isso ganharia mais que o que ganhava como aplicador passivo de fundos. Não foi o que aconteceu, olhando agora para trás.

    Por outro lado, há que se lembrar de Warren Buffet, que sempre foi contrário a tese da diversificação. Segundo o grande investidor, a questão não é se preservar do risco pela diversificação, mas diminuir o risco pela escolha bem embasada. Benjamim Graham também colocaria as coisas por aí.

    Só que são tão poucos os Buffets e Grahams por aí... e são tão poucos os que verdadeiramente batem o IBOV com suas estratégias, seja lá quais forem elas... o que move então todos os outros? O que os faz gastar tempo, estudo, dedicação e mais que isso tudo, dinheiro, nessa tentativa estatisticamente vã de ganhar mais que a média?

    Eu que estou no meio desses não sei. Mas me questiono a respeito.

    Acho que essa questão toda dá um belo tema para uma pesquisa de mestrado. O que atrai os investidores para os home brokers, será o clima de cassino, com suas chances aleatórias de grandes fortunas? Será uma bela e azeitada máquina de marketing das corretoras e dos analistas de mercado, que seduz os incautos para tirar-lhes seu dinheiro? Uma bela combinação das duas hipóteses, já que não são excludentes? Outra coisa mais?

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  4. Marcelo, antes de ler seus últimos comentários eu 'achava' que conhecia a teoria dos mercados eficientes. A partir deles percebi claramente que não, pois na minha idéia anterior a AT era filhote desta, e não é. Estou precisando estudar mais.

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  5. Eu concordo com o que Rodrigo disse aqui:
    "O que atrai os investidores para os home brokers pode ser o clima de cassino, com suas chances ilusórias de grandes fortunas. O sonho de ficar rico fácil e em pouco tempo. Ilusão claro. As corretoras seduzem seus clientes fazendo-os operar diversas vezes, pois é aí que as corretoras ganham."
    Eu opero Home Broker porque tenho tempo e gosto um pouquinho do "jogo"... hehe... Mas é verdade que opero bem pouco, poucos papéis. Tempos atrás eu operava mais, fazia daytrades, e é claro que perdi muito dinheiro assim. Depois que me disciplinei, quase não faço daytrade, opero pouco, os "negócios" melhoraram...

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  6. hehehe. bom debate. tb vou replicar...
    vamos lá...
    1) concordo com vc. AT em essencia se baseada nos preços E volume (pesquise sobre divergencias de IFR/Volume). Como exemplo digo que nem sempre, uma ação que está subindo dá sinal de compra, pois em alguns momento temos Divergencia de volume (preço sobe e volume desce) indicando que aquele movimento é falso ou inconsistente.

    2)Se por um lado a AT se basea nos dados passados, a Fundamentalista entao é pior pois os relatorios mostrados ao mercado via de regra são do TRIMESTRE PASSADO.

    3)Se investimento fosse garantia de lucro para uma empresa, não haveriam empresas falidas.(tá. forcei a barra, mas deu pra entender né?)

    4)Papel aceita tudo. Quem nos garante que os dados passados ao mercado pela empresa são verdadeiros? Corrupção existe e no Brasil então parece que é normal dar uma "mascarada" nos resultados.

    5)Já ouviu o jargão "O mercado se antecipa".

    Vou dar um exemplo claro e recente.

    A algumas semanas atrás a GVT valia 36 reais/ação.

    De repente surge uma noticia de que a Vivendi ofertou 42 reais/ação pela empresa.

    Veja, houve uma oferta apenas. nada concreto, mas o mercado já se antecipou e no mesmo dia da noticia as ações fecharam valendo 42 reais e ontem fechou a 53.

    Algum dado fundamentalista previu isso?

    Na melhor hipotese havia uma perspectiva de ganho para 12 meses de x% que provavelmente foi superada somente pela alta daquele dia.

    A AT por sua vez fez um cruzamento de médias (8,13,21) no grafico semanal em 24/4/09 indicando compra aos 28 reais e nao deu sinal de venda até hoje. Outros indicadores como candlestick por exemplo, deram sinal de compra aos 23/24 reais.

    Outro exemplo muito forte foi a queda desde o topo historico no ano passado.

    As empresas eram as mesmas com todos os fundamentos e planos de investimentos no topo do ano passado.

    O que aconteceu com quem comprou pensando em Buy and Hold, VALE a 50 reais ou qualquer outra ação naquele momento?

    A AT por sua vez, mesmo através de graficos mais lentos (semanal), para os que são mais conservadores (eu incluso), através da media movel de 9 periodos já apontavam venda em JUNHO entre 48 e 44 reais, pouco depois do início da queda, em MAIO desde 52 reais.

    Infelizmente naquele momento eu sabia nada de AT e menos ainda de BTC ou "operar vendido" mas isso é apenas um desabafo...

    Onde quero chegar com tudo isso?

    Não sou fanático por AT e menos ainda pela Fundamentalista.

    A A. Fundamentalista é excelente, para te mostrar QUAL ação comprar - desde que os relatórios/balanços sejam confiaveis/verdadeiros e não mascarados.

    A A. Técnica te mostra QUANDO comprar.
    Por que eu vou comprar/manter uma ação de empresa, por melhor que ela seja, em tendencia de baixa se posso esperar uma reversão de tendencia, sinal de compra/recompra, baseado nos graficos e com isso possivelmente comprar/recomprar mais barato economizando uns bons trocados?

    Enfim, temos que tirar o que cada uma tem de melhor a oferecer.

    Da AF a escolha do que comprar e da AT quando comprar.

    Não vamos esquecer de estratégias e controle de risco.

    E como dizem por ai, "a longo prazo estaremos todos mortos" - vide GM ;).

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  7. Ah, esqueci de comentar sobre fundos de investimentos.
    Já tentei e não gostei. Por que?
    É injusto. Explico:

    Primeiro pelas altas taxas de administração.

    Segundo tem a tal taxa de performance. Se o fundo vai bem e vc ganha tem que pagar um extra ao fundo, se vai mal o prejuizo é todo seu.

    Terceiro tem a cota de saida em D+1. Se quero sacar minha grana hoje, só me pagam o preço de amanhã.

    Ou seja, se pedi resgate hoje que o fundo estava em alta e amanhã estoura uma bomba e as ações do fundo despencam, me ferrei.

    No Home Broker pelo menos eu nao tenho que dividir meus ganhos com ninguem e quando quero sair do jogo, sei exatamente por quanto.

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  8. A questão não é estabelecer uma dicotomia entre os dois tipos de análise, mas muito mais perceber melhor o embasamento de cada uma, suas aplicações e limitações. Está claro que qualquer das duas tem problemas e limitações, e mais precisamente, nenhuma das duas prevê futuro.

    A Análise fundamentalista não preveria uma oferta de compra por outra empresa, mas nada poderia prever isso, afora insider information, ou mãe Dinah e futurólogos de plantão.

    Mas dá para dizer que a o que fez a Vivendi oferecer um valor acima do que a GVT estava cotada no momento certamente não foram os gráficos.

    Então, de certo modo a questão seria pensar como fizeram os caras da Vivendi. O que eles viram que os autorizou a pensar que não apenas 42 é um preço adequado, mas que a este preço vale a pena comprar o negócio todo? É certamente algo não visto pelos demais players até então, pois o consenso era nos 36, segundo seus dados. Mas é algo que já estava ali, era dado disponível. E deviam ser projeções de futuro, não apenas dados dos trimestres passados.

    E aí vem uma outra questão - são falhas as análises fundamentalistas apenas baseadas nos balanços e relatórios passados. E mais ainda aquelas que só se baseiam nas informações da própria empresa. É preciso analisar o setor e suas perspectivas. Talvez mais que tudo as perspectivas. E isso não são muitos que fazem. Eu mesmo não estou nem perto de saber fazer.

    Tem um post meu mais atrás aí sobre as perguntas básicas que um investidor deveria conseguir responder. Qual papel comprar é uma delas. Quanto comprar, quanto tempo manter e quando vender eram as outras.

    O importante na minha opinião não é se filiar a esta ou aquela escola, mas ter boas respostas para estas questões. Eu cada vez mais tenho sentido as limitações da AT nessas questões, e por isso venho procurando algo mais.

    Talvez seja uma busca inútil, ao final das contas. Tenho um colega no mestrado que trabalha no mercado financeiro que é claro sobre a impossibilidade de antecipar as tendências. As informações não estão todas igualmente disponíveis, rola um tanto de insider information aqui e ali, o investidor pequeno é como marido traído, o último a saber.

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  9. rObsOn
    Muito boa tua análise.
    Sobre a AT acho que é fundamental pra quem opera curto prazo. Se é longo prazo, é buyandhold. E para o curto prazo, se não for AT, é puro jogo, aposta.

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  10. Rodrigo, acho que vc ainda não captou a "grande sacada" da análise técnica.

    Realmente, prever o futuro não dá. No dia que isto for possível, investimento em bolsa deixa de ser renda variável e passa a ser renda fixa. Mas não é isso que interessa.

    Como eu disse num outro comentário, o importante é "seguir o movimento".

    Se estou numa tendência de alta, vou comprar. Se estou numa tendência de baixa, vou vender.

    A análise técnica te ajuda a identificar o início da tendência. Seja ela de alta ou de baixa. E quanto antes você estiver operando "a favor" da tendência, maiores as chances de você extrair grana do mercado.

    É simples assim. Pra alguém ganhar, outro alguém tem que perder. E via de regra, perde aquele que está operando "contra" a tendencia.

    Pense nisso.

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  11. Arnaldo, obrigado pelo comentário e me permita fazer um a você também.
    Muito cuidado com esse pensamento.
    "Se é longo prazo, buy and hold".

    Vou citar um exemplo:
    Antes de PETRO e VALE serem as Blue que mandam no indice bovespa, umas das que faziam este papel era NET Serviços.

    Imagine que você tivesse comprado NETC4 em 2000 para longo prazo, ou seja Buy and Hold.
    Afinal naquela época NET era BlueChip. Tecnologia emergente, TV a cabo com alto potencial de expansão (brasileiro adora TV), lucro certo visto modelo americano (a maioria dos lares lá tem TV a cabo), e de quebra controlada pela Globo, uma gigante. Enfim, tudo pra dar certo.

    Pra ser bonzinho com você digamos que tenha comprado no fundo em 17/nov/2000. As ações valiam naquele dia 195 reais.

    Hoje valem 24 reais.

    E ai? Funcionou o Buy and Hold?
    Existem outras grandes empresas daquela época que se enquadram neste exemplo.
    Outra que posso citar, no mercado americano, é a GM...

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  12. Robson, creio que Net nunca foi bluechip na Bovespa. Pode ter sido um papel promissor, mas bluechip acho que não. As bluechips são consideradas assim por seu peso no índice Bovespa, que por sua vez é decorrente do volume transacionado diariamente. Quem já foi bluechip e hoje não vale nada é a Telebras e a Varig. Se aplicariam perfeitamente ao seu exemplo.

    Um outro exemplo, ainda dentro da sua proposta, seria qualquer papel comprado em 1971. Veio uma baixa tão consistente que demorou 14 anos para recuperar!

    Mas vale dizer que "Buy & hold" não é "Buy & forget". E, assim como dá para citar casos de buy & hold que deram errado, é possível citar milhares de análises técnicas inconclusivas. E o que me parece ainda pior que isso é o fato de que a imensa maioria dos analistas técnicos não conseguirem bater o índice Bovespa com suas elaboradas técnicas.

    A estratégia "seguir a tendência", por exemplo, perde sistematicamente em ganhos para um simples investimento escalonado em fundo Bovespa ou PIBB11. Compre 500 reais de fundo todo mês e já vai ganhar mais que com todas as entradas e saídas pró-tendência.

    Isso ocorre porque a identificação da tendência não se dá no topo, e nem no fundo. Então, a amplitude de canal realmente aproveitada é bem menor, reduzindo os ganhos. E ainda tem a questão de qual o intervalo temporal a considerar na ação - diário, semanal, etc. Se for semanal, já que estamos operando longo prazo, até identificar que o jogo virou para baixo já se foi grande parte do lucro... e o mesmo valerá na retomada.

    Na teoria o acompanhamento de tendências sempre funciona bem. Melhor ainda quando se utilizam dados passados para identificar entradas e saídas que não foram feitas. Mas quando se trata da parte em branco à direita do gráfico, não funciona do mesmo modo.

    Mas volto a dizer que não quero propor uma dicotomia entre técnicas. Não há porque ficar com uma só, nem elas são excludentes. E nem se ganha nada ao se filiar a um destes "partidos".

    A minha busca pessoal não é de identificar um tipo ou ferramenta de análise melhor ou pior. É de encontrar uma estratégia que maximize meus ganhos com uma boa equação de riscos, e que me seja confotável. Pode ser que seja essa de fazer aportes rotineiros em fundos de ações, por exemplo, que é bem diferente do que eu venho fazendo. Não me agradam fundos, mas não descarto nada por princípio. O importante é sempre ter o olhar onde realmente importa - o crescimento do patrimônio.

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  13. Pronto Rodrigo,
    Voce acabou de responder ao seu próprio questionamento.
    "Compre açoes PIBB11 rotineiramente".
    O desempenho delas é como o de um fundo atrelado ao Ibov, sem o inconveniente de ter que pagar taxas de administração nem performance a terceiros.

    Se o desempenho do Ibov se enquadra na sua meta de ganhos na bolsa, acredito ser sua melhor opçao.

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  14. É uma boa opção, mas não sei se é o que quero. Se eu soubesse bem o que quero e como, esse blog não existia, ha ha ha!

    Essa estratégia de compras rotineiras não me agrada porque eu não tenho superávits rotineiros, de modo a gerar recursos para as aplicações. Tenho momentos em que sobra uns bons trocos, aqui e ali durante o ano.

    Tem outras estratégias que também podem ser mencionadas - allocation, por exemplo. Já andei lendo a respeito, gosto da idéia, mas na hora de operacionalizar de verdade não faço o que deveria. Na lógica essa estratégia é facílima e quase óbvia, mas na hora de fazer é bem difícil tomar as decisões, são todas contra as emoções do momento (talvez por isso mesmo eficientes).

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