sábado, 19 de janeiro de 2008

Terceira tentativa

Depois da crise do subprime, resolvi voltar às aplicações. As cotações estavam lá embaixo, e davam impressão de que retomariam seus valores históricos.

Escolado pelas aplicações anteriores, decidi aplicar 10 mil em renda fixa (até então o total das minhas aplicações era em fundos de ações), e 14 mil em fundos de ações. Escolhi 4 fundos, e dividi a aplicação e partes iguais, 3,5 mil em cada fundo. Petrobras, Vale, Bovespa e PIBB, todos do Banco Real.

Entrei em setembro. Peguei toda a subida, e tive uma valorização fenomenal, que chegou a ser de 28% depois do salto das ações da Petrobras com a descoberta do campo de Tupi.

Pensei em sair, realizar o lucro. Mas fiquei numa tremenda dúvida, saindo, onde colocaria o dinheiro? Que outra aplicação me daria as perspectivas de ganho destas em que estava? Não vi nenhuma alternativa interessante no horizonte e deixei o dinheiro aplicado.

Aí veio 2008, e nova crise americana. Só em janeiro, a Bovespa acumula quedas, até agora, de 12%. Muito do meu ganho evaporou, desapareceu. Meus investimentos ainda estão superavitários, mas longe da exuberância que tinham no início de dezembro.

Escolado pelo erro anterior, decidi atravessar a crise toda comprado. Não retirei nada dos fundos, apesar de ter me passado pela cabeça, como estratégia de redução de danos. Estou, neste momento, esperando que as coisas aconteçam como no ano passado, e uma retomada forte sobrevenha após estas quedas.

Aprendizados.

- Não é preciso ficar todo o tempo comprado. Não há mal algum em realizar um bom lucro e ficar de fora, esperando melhor momento para entrar de novo. Era o que eu devia ter feito. E o pior é que eu cheguei a pensar em fazer, e não fiz.

- Ainda tomo decisões emocionais demais, não estabeleço estratégias ou metas consistentes. Fiquei sem saber o que fazer quando estava por cima, não consegui tomar decisão na hora certa. A cada vez que a cotação da Petrobras ou da Vale perdiam um pouco do valor, eu ficava esparando que elas retomassem no dia seguinte. Esperança demais, dados técnicos de menos. Preciso aprender a ser mais frio, especialmente nas saídas.

- Preciso aprender a operar diretamente o quanto antes. A regra D+1 ajudava a impedir que eu tomasse a decisão de sair, pois nunca sabia o momento certo para isso.

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